Após uma vida infeliz, que começou ainda na infância com a partida do seu pai e o buraco que sua ausência causou, Anastásia se isolou do mundo, encolhendo-se em uma bolha de sofrimento que parecia que iria durar pela eternidade. No auge da dor, cans...
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Estaciono o carro em uma das vagas a qual Christian indicou, suspiro e olho para Henry e Taís no banco de trás, se minha mãe souber disso, ela vai me matar. Eu sequer conheço esse homem, mas graças a insistência das crianças aceitei vir jantar na casa dele.
Mamãe com certeza me mataria, e Mirelle e Katherine também, eu realmente espero que as crianças guardem segredo, já que estamos aqui só por causa deles.
Afasto os pensamentos quando a porta do carro abre, sorrio ao ver Camily ajudando Henry a sair do carro, tomo um pouco de folego e desço vendo o pai dela se aproximar. Ele está usando um jeans claro, camisa branca e tênis também branco.
Sorrio um pouco abobalhada quando ele se aproxima de Camily e tira o boné que está usando para colocar na cabeça dela, ela dá um sorriso pequeno e isso parece deixá-lo tão feliz.
— Vem, eu quero que vocês vejam algo. — Camily diz animada, segurando firmemente a mãos dos meus sobrinhos.
— Srta. Steele, você não vem?
Encaro Christian e suspiro, na verdade, eu não quero ir, mas as crianças parecem tão feliz, tudo bem se eu for morrer por isso, eu faço por eles. Forço um pequeno sorriso para Christian e me aproximo dele, ele me encara por alguns segundos e sorri antes de me indicar o elevador.
As crianças estão bem-falantes enquanto subimos, Camily está falando animada e isso parece impressionar Christian, ele não para de olhar para ela. Ele parece um pai tão bobo.
— Chegamos! — Camily grita dando pulinhos.
As portas do elevador se abrem e eu paro completamente embasbacada, a sala é enorme, mas o tamanho não é o que me impressiona. Há câmeras no centro da sala, luzes, há um cachorro correndo para todos os lados estraçalhando uma boneca.
Atrás das câmeras há duas meninas, e correndo atrás do cachorro está Lizzie. Há vários brinquedos espalhados pelo chão, mas eu não consigo ver Lizzie fazendo toda essa bagunça sozinha, se bem que a energia que ela tem nesse momento me assusta um pouco.
— Papai. — Lizzie grita sorrindo, mas para de sorrir para fazer beicinho. — Ele pegou a minha boneca.
— Meu Deus. — Christian sussurra ao meu lado e eu sorrio.
Fico parada no hall enquanto ele corre até o cachorro tirando a boneca da sua boca, depois corre até Lizzie e a coloca sentada no sofá. Christian vai até as outras duas meninas e começa a desligar todas as câmeras, mas quando elas começam a reclamar Camily pigarreia.
— Ana. — Lizzie grita sorrindo.
— Você é Anastásia? — Uma das garotas mais velhas pergunta.
— Acho que sim. — Sussurro.
— Eles te sequestram? — A outra pergunta e eu acabo rindo. — Tem que ter muita coragem para entrar aqui, mas não se preocupe, nós não vamos assustar você.
