♕ Você e Eu, Queimando ♕

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Subo as escadas correndo, com o rosto já molhado pelas lágrimas

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Subo as escadas correndo, com o rosto já molhado pelas lágrimas. Posso ouvir as vozes dos meus irmãos e sobrinhos. Eu me contive o caminho todo, mas saber que a minha mãe pode ter feito isso, que ela pode ter me traído dessa forma, é demais.

Irrompo pela porta da sala e todas as cabeças se viram na minha direção, todos sorrindo, mas os sorrisos começam a se desfazer quando meu pai para atrás de mim. O olhar de Lucca se enche de ódio e ele cerra os punhos ao se levantar.

— Não fala nada! — Grito levantando a mão, então encaro a minha mãe. — É verdade?

— Ana...

Seu olhar de pavor e as suas lágrimas já esclarecem tudo, e toda a traição que eu não queria sentir toma posse de mim. Ela mentiu. Mentiu todos esses anos para mim, me viu sofrendo e mesmo assim não deixou papai se aproximar.

As lágrimas caem ferozmente pelo meu rosto enquanto a encaro sem conseguir acreditar.

— Você pediu uma medida protetiva para o papai? — Grito, chocando a todos. — Como você pôde?

— Eu sinto muito.

— Mamãe, do que ela está falando? — Mia pergunta começando a chorar.

— Você sabia que eu estava sofrendo pela falta dele! Como você foi capaz?

— Você está louca? — Mirelle grita se levantando. — A mamãe nunca faria isso.

Encaro minha irmã e depois minha mãe. As crianças estão chorando completamente apavoradas e, mesmo que isso me doa, eu preciso ouvir dela. Eu não posso acreditar que ela tenha feito isso comigo. Me traído de forma tão atroz.

— Eu estava magoada. — Mamãe sussurra e logo minhas três irmãs estão chorando.

David e Ethan tentam acalmar Mirelle e Mia, enquanto Lucca e Kate olham com raiva para mamãe e, nem a presença de Mary, a mulher do meu irmão, faz com ele se acalme.

— Como você pôde? — Lucca vocifera. — Você mentiu para nós?

— Ela fez bem mais que isso. — Sussurro enxugando minhas lágrimas. — Eu não confio mais em você.

— Ana... não faz isso. — Mamãe implora com pavor, e meus irmãos me olham chocados.

— Eu estou indo embora.

— Não, você não pode!

— Não só posso, como vou.

— Abelhinha, não faz isso. — Papai murmura segurando meu ombro, viro-me e lhe encaro. — Não aja de cabeça quente.

— Você sempre dizia isso. — Murmuro rindo. — Mas ela te fez ficar longe de nós, por quinze anos! Eu não quero ficar mais um dia aqui.

— Ana, não me deixa. Eu agi errado, me desculpa, mas você não pode ir. — Mamãe grita, completamente desesperada.

Meu Pequeno Ponto SeguroOnde histórias criam vida. Descubra agora