Sangue frio

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Um soco!

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Um soco!

Foi o primeiro golpe que recebi e logo beijei o chão. Eu já havia desviado de vários outros, usando a tática de cansar o adversário. Tinha que ter sangue frio quando se percebe um concorrente forte, muito alto e estilo brutamontes, o ideal é cansa-lo primeiro.

Mas em um momento em que falhei, fui ao chão, e ele estava prestes a se jogar em mim quando impulsinei meu corpo pro lado e senti o chão tremer quando Bola se jogou para me atacar. Nesse momento aproveitei meu porte físico favorável e levantei-me rápido para dar uma bela gravata na "bola gigante" que ainda estava no chão. Ele não esperava, mas mesmo assim levantou comigo nas costas. Já eu intercalava entre asfixia-lo com o braço direito e esmurra-lo com o esquerdo.

Bola se lançou no chão de costas para me atingir e aquilo doeu minhas costelas.

A torcida urrava horrores uns contra, outros a favor. E então eu percebi que eu tinha que engolir aquela dor nas costelas e manter firme a pressão naquele pescoço, pois se ele se libertasse, seria meu fim.

A tática de cansar ele no início funcionou pois a cada murro, cabeçada ou aperto na garganta o percebia mais fraco, até sentir seu peso mole e sem resistência sobre mim.

Eu estava com as pernas traçada em sua cintura, os braços em seu pescoço e uma fome grande de viver.

- Pare agora, ou vai mata-lo! _ Ouvi uma voz a mim chamar mas não parei.

- Pare seu marica ou vai se manter aqui por mais uns anos. _ Reconheci a voz de Rato e a voz de minha consciência chamando por, MÃE !

Eu o soltei!

****

Não consegui pregar o olho na madrugada, não sei se era ansiedade, as dores das costelas quebradas ou o medo de ser alvo de vingança de Bola se talvez ele já estivesse fora da enfermaria.

Minha passagem foi rápida na enfermaria, apenas para confirmar duas costelas quebradas e um olho roxo. Mas mesmo assim estava feliz.

Quando o dia amanhecesse eu estava livre. E o feito não demorou muito, pois alguns instantes depois ouvi os chamados e pancadas nas grades que o carcereiro fazia. Penso que cochilei um pouco, mas estava vivo.

Antes de qualquer manifestação de higiene, me esbarrei com o Rato e não me contive em abraca-lo uma última e derradeira vez dentro daquela cela.

- Até logo amigo! Você sabe meu endereço. _ Reafirmei dando o famoso tapa no topo da cabeça dele.

- Vai seu marica, entra logo nesse banheiro antes que saía com a boca podre.

Não me segurei e gargalhei em ver como o Rato lidava com as emoções, ele apenas fugia do assunto para se
manter durão .

Mas não pensei duas vezes, escovei os dentes, lavei o rosto e fiquei na espera do carcereiro, o mesmo não demorou a se aproximar da fechadura da sela e eu já estava de pé, pronto para sair.

Olhei para trás e foquei nos olhos do meu amigo, em uma segunda despedida silenciosa e segui o homem a minha frente que me conduzia a um caminho novo, um caminho que me levaria a liberdade.

Depois da minha saída da sela as coisas que aconteceram pareciam inrreais, um borrão ou minha imaginação.

Recebi meus pertences, troquei de roupa, encontrei o advogado que acompanhava meu caso e saí daquele presídio de segurança máxima.

Eu estava livre!

Era a hora do meu recomeço.

Era a hora de reencontrar minha mãe.

****
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