Eu era apenas um jovem frustrado, com o rosto cheio de espinhas e a fama de nerd feio e desengonçado da escola, o cara que tinha um péssimo desempenho e reputação com as garotas.
Mas as merdas sempre podem ficar piores!
Eu , Logan, não contava em te...
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Um dia após a quermesse, eu estava decidido a encontrar um emprego, mesmo a contra gosto da Dona Linda, ela me queria a todo instante ao seu lado e eu até entendia, mas ela precisava entender que a independência sempre deve mover um homem.
Logo que saí da cozinha afirmando levar meu simples curriculum para as pequenas lojas, em busca de emprego como ajudante, carregador ou qualquer outra coisa, andei até o meu quarto e vesti uma camisa branca com um jeans qualquer, sentei para calçar um tênis e percebi a porta abri. Ainda de cabeça baixa a ouvi falar.
- Toma, aqui tem um endereço de um amigo que precisa de alguém por meio turno. Dê uma olhada!
Dona Linda estava chateada, pois logo que depositou o bilhete com o endereço sobre a cômoda ,se encaminhou para fora do quarto, mas com um rápido movimento, logo a alcancei pela cintura.
- Ei dona Linda, dona do meu coração. Não ouse ficar zangada com seu filho._ A abracei e beijei sua cabeça.
- Ah Logan, não me faça ter saudades de novo, menino. _ A mamãe chorou discretamente, revelando seus pesares na voz embargada.
- Não sairei nunca mais de sua vida. Só arrumarei um emprego e voltarei para casa sempre. Vou à sua procura na loja ou em casa, mas nunca ficarei longe.
- Meio turno apenas. _ Ela quase implorou.
- Mãe, pare de chantagens. _ Segurei seu rosto entre minhas mãos.
- Por favor Logan, quero te ver constantemente, até saciar minha saudade. E você também tem dinheiro de sobra._ Sua lágrima rolou.
- Certo mãe, só meio turno. _ Cedi novamente aos seus sentimentalismo de saudades e a abracei.
- Agora trate de me soltar porque deixei o molho da sua lasanha favorita no fogo. _ Ela enxugou as lágrimas e se retirou ainda angustiada, mas mostrando sua melhor fortaleza possível.
- Te amo dona Linda! _ Falei tão baixo que acredito que só eu tenha ouvido.
**** Horas depois...
Eu tinha certeza que estava na rua errada, aquele número não constava nos prédios a minha frente, mas eu ainda insistia em encontrar algo que evidentemente não estava ali.
Acabei desistindo de procurar a tal oficina do Souza que estava escrito no papel e ergui minha cabeça a procura de outro caminho, quando a vi adiantar os passos, minha Mel, ela estava apressada, demostrando uma possível fulga.
- Nem pensar que você fugirá _ Sussurrerei pra mim mesmo adiantando os passos até acompanha-la.
Poderia ser coisa do destino ou pura coincidência, mas eu estava disposto a agir e buscar um pouco mais de sua companhia abraçando a oportunidade.
- Não adianta fugir, onde você estiver serei atraído por teu cheiro. _ As palavras saíram de forma impensadas, sem imaginar o quanto eu poderia assusta-la ou afasta-la, mas eu estava perdendo meu controle perto dela. A prova maior veio no momento que me aproximei.
