Planos e expectativas

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Um arrastar de cadeira foi o suficiente para dobrar os batimentos cardíacos que eu tanto buscava controlar

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Um arrastar de cadeira foi o suficiente para dobrar os batimentos cardíacos que eu tanto buscava controlar. Minha respiração ficou mais pesada quando o médico de nome Algusto Botelho pediu que eu sentasse.

- Por favor senhor, sente-se.

Num ato de desespero atropelei as palavras precionando a fala do médico com meus interrogatórios.

- Dr. Por Deus o que aconteceu? Me conte tudo, eu sou forte, não me esconda nada.

- Calma jovem, claro que contarei tudo. _ O homem de mais ou menos uns 50 anos alcançou uma pasta com anotações e iniciou sua fala quando ambos estávamos acomodados.

- Não há muitas novidades diferente das que você já sabe, quero apenas informar que as cirurgias foram um sucesso, Melissa agora está em observação, ela também precisou de sangue os quais já utilizamos de nossos bancos, mas gostaríamos que você conseguisse doadores,inclusive você, para repor nossos estoques.

- Sim Dr., claro que conseguirei. Mas quando posso vê-la?

- Calma, ainda não acabei. Você sabe que o braço dela está estável, a coluna imobilizada, e aguardaremos ela acordar para entendermos se há sequelas devido a pancada na cabeça. Mas quero falar quanto à cabeça dela especificamente, foi preciso raspar parte de seus cabelos na região próximo a nuca para limpar o sangue grudado nos fios e facilitar os pontos que a cirurgiã fez. Sabemos que tínhamos que pedir permissão, mas a Dr. Helena não queria mantê -la exposta ao ambiente hospitalar por mais tempo. Ela podia adquirir alguma bactéria.

- Dr. quanto a isso não se preocupe, cabelos crescem. Quero só minha Melissa comigo.

- Ótimo, então amanhã você poderá vê-la. Sugiro que vá pra casa tome um banho e descanse, pois pelo que vejo não há muitos familiares para trocarem de acompanhantes.

- O senhor me garante que ela não corre riscos de vida?

- Meu jovem, só Deus é dono da vida só Ele pode interferir nos fatos, mas como médico experiente que sou, posso garantir que as chances são quase nulas para maiores problemas. Salvo exceção se Deus quiser outra coisa. Vá na paz.

Eu confesso que uma tonelada saiu de minhas costas, eu tinha mesmo era vontade de abraçar o homem por cuidar da vida de minha Mel, mas então quando estava decidido a ir embora minha consciência pesou.

- Dr. e a outra paciente, a Lorrany?

- Ela está em coma induzido para ser medicada, precisamos limpar uns coágulos de sangue no seu cérebro. A cirurgia da coluna também foi um sucesso, esperamos apenas ela acordar para também descobrirmos se a lesão ocasionou outros prejuízos.

- Como assim? _ A dúvida quase pulou de minha boca, e mesmo sabendo que ela estava envolvida no sequestro eu não me contive de curiosidade.

- O caso dela foi mais grave, estamos torcendo para que ela fique bem, mas há uma grande chance de termos um caso de paraplegia, já que foi lesionada uma vértebra.

Caralho, ela podia ficar numa cama ou na melhor das hipóteses em uma cadeira de rodas, isso seria um castigo devastador. Mas definitivamente aquilo não era meu problema, esse poderia ser o destino de Melissa por ações que a própria Lorrany tinha compactuado. Neste caso, ela buscou seu destino.

Agradeci todos os cuidados médicos e atenção recebida pelo Dr. Botelho e segui até a sala principal onde encontrei o advogado Leonardo, e depois de explicar toda situação para ele, segui juntamente com a mamãe para casa.

****

As águas quentes do chuveiro já lavavam meu corpo por longos minutos, eu já podia sentir a ponta dos dedos enrrugando quando mamãe bateu na porta do banheiro.

- Logan, você tem visitas.

- Avise a ele que estou indo. _ Me limitei a responder.

Adiantei o término do banho e segui para o quarto em busca de uma roupa confortável. Depois que me vesti com uma simples calça moletom e uma camisa regata, peguei um casaco e segui para a sala.

- Boa noite Dr. Obrigado por aceitar o meu convite. _ Sentei no sofá a sua frente.

- Eu que agradeço a confiança. Mas Qual o problema?

- Leonardo, posso te chamar assim apenas?

- Com toda certeza. _ Enqunto ele respondia dona Linda nos interrompe.

- Meus filhos, sei que o dia hoje foi difícil e todos estão cansados. Então que tal conversarem tomando um cafezinho lá na cozinha?

Sem muitas delongas nos encaminhamos para a cozinha onde a mesa estava posta e enquanto Leonardo se servia, iniciei minha fala, pois tinha certeza que nada além de líquidos entrariam em meu corpo.

- Doutor.._Fui interrompido.

- Veja bem rapaz, podemos diminuir as formalidades, pode realmente me chamar de Leonardo. Afinal de contas, Melissa é mais que uma cliente, é o cumprimento de honra e agradecimento à tudo que o pai dela dez por mim. E olhe que ele me fez muitas coisas.

- Tipo? _ A minha curiosidade falava sempre mais alto.

- Tipo, descobrir que eu estava sendo passado para trás em uma empresa de advogados a qual eu fazia parte, tipo confiar no meu trabalho quando eu ainda estava iniciando no ramo e entre outras coisas. Ele era um excelente hacker!

- Fico feliz que assim seja, Leonardo. Primeiramente quero agradecer tudo que tem feito por nós. Pelo apoio contra àquela tia horrível que já não existe mais. Pelo apoio no resgate e por me manter em equilíbrio no momento de desespero. Realmente não tenho como agradecer.

- Faria tudo de novo, Logan ! Sou muito grato ao pai dela, além de ser contra injustiças.

- Quero fazer um pedido. _ Leonardo bebericou seu café enqunto eu falava. _ Quero comprar um carro com urgência mas não queria me ausentar do lado dela, ainda hoje irei dormir lá. Você poderia ver isso para mim? Quero tira-la de lá no meu carro e colocá-la em nossa casinha.

E antes que ele me respondesse, direcionei-me para dona Linda.

- Mãe, vou usar minha herança que a senhora tanto desejava, agora precisamos ter um transporte, uma casa acessível e espaçosa e dinheiro para cuidar de Melissa.

- Claro filho, seu dinheiro está todo em conta. Use-o como desejar. _ Ela se aproximou de mim fazendo um cafuné em minha cabeça porém com o semblante triste.

- Obrigado mãe, você sabe que te amo! _ Toquei em sua mão que já estava em meu ombro.

- E quanto a você Leonardo, pode me ajudar?

- Claro, amanhã mesmo darei uma olhada nos carros e casas. Mas você precisará ir ao banco solicitar o saque do valor necessário.

- Logo que você me informar o valor, farei isso.

Depois de mais alguns minutos de conversa, agradecimentos e acertos, me despedi de todos e segui para o hospital já que eu não conseguiria dormir longe dela em hipótese alguma. Porém no meu peito e pensamentos pulsavam algumas dúvidas:

Será que ela sairia bem dessa? Sem sequelas?

Poderíamos seguir para nossa nova casa?

Formaríamos uma família em paz e feliz?

*****
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