O amor é paciente

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Uma semana depois

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Uma semana depois...

Havia se passado exatamente uma semana desde o acidente, e a minha vida tinha se tornado o mais completo conjunto de tristeza, saudade e medo.

Tristeza por Melissa naquela cama, sem explicações plausíveis para justificar o porquê dela não ter acordado.

Saudade de tê-la ao meu lado, com um sorriso lindo, seu olhar envolvente e seu jeito angelical que tanto me transmitia a paz.

E o medo era simplesmente de perdê-la, medo que ela não acordasse mais ou tivesse qualquer sequela que a fizesse sofrer.

Ela não merecia mais sofrimento.

E como se eu conseguisse amenizar a angústia que ela tanto sentia presa aquela cama de hospital, eu sempre deitava ao seu lado e conversa com ela inúmeras coisas, sobre nossa primeira noite juntos e como tinha sido delicioso e inesquecível , sobre nosso futuro juntos e nossos possíveis filhos, além de entre tantas outras coisas.

Era isso que me dava esperança, a falsa realidade que eu nutria com aquelas conversas.

- Sua conta senhor! _ A garçonete da lanchonete do hospital me despertou dos devaneios.

Sem ânimo para respondê-la busquei minha carteira no bolso e efetuei o pagamento sem olha-la. Afinal de contas, ninguém era obrigado a suportar meu humor.

Caminhei com destino ao quarto que melissa estava, e no percurso me peguei observando aqueles corredores brancos e muito movimentados, eu só imaginava a angústia de todos os familiares que ali se encontravam. Cada um com problemas maiores que outros, sustentados apenas no mínimo de fé e esperança que restava.

Logo que cheguei na porta de seu quarto imaginei não ter mais forças para suportar aquela espera, já não sabia o que fazer de minha vida sem ela. Porém nada além da fé conseguiria me sustentar confiante, assim como todas as outras pessoas que também estavam naquele, ou em outros hospitais.

- Deus, me ajude! Trás ela pra mim! _ Fiz minha prece silenciosa ainda escorado na porta de seu quarto enquanto sentia uma lágrima quente descer pela minha face. Mas logo engolir o choro quando o meu telefone vibrou no bolso.

- Pronto, mamãe. _ Atendi.

- Filho, tem novidades?

Quase desaguei a chorar com aquela pergunta que me consumiam diariamente.

- Não mãe, estamos na mesma. _ Minha voz estava embargada.

- Vem dormir em casa filho, só essa noite. Toma um banho decente, faz a barba e come direito. _ Acho que ela estava quase chorando também.

- Mãe, só saio daqui com ela. Me desculpe!

- Você não tem de que se desculpar filho. Você a ama.

Logan, em busca de um recomeço( LIVRO ÚNICO E COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora