15. Marcas

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Pouco tempo se passou após aquele dia. Meu casamento com Jessie foi em uma cidade próxima, onde Rey alugou uma pousada e quase todos os Killian aparecerem (nem preciso dizer quem não pôde participar).

Acreditem, não foi uma grande cerimônia, não me senti a pessoa mais feliz do mundo e muito menos a mais triste. Assinar aqueles papéis não teve grande importância e, quando acabou, soube que ficaria bem. Afinal, Jessie nunca me distratou e jamais me deu motivos para desconfiar dele. De certa forma, me senti seguro o suficiente para confiar que ele me faria bem.

— Como você está, Júnior?

Os braços de Jessie me envolveram, agarrando minha cintura e me colocando para junto dele. Me remexi um pouco, sentindo cócegas quando ele beijou meu pescoço e deslizou a barba pela minha pele.

— Tem que parar de me acordar desse jeito – reclamei, tentando sair, mas sendo agarrado mais forte, de um jeito que senti sua ereção dura como pedra atrás de mim.

Sorri, achando aquilo uma puta sacanagem.

Ele sempre me atiçava daquele jeito.

— Sei que você estava acordado – ele falou, alisando meu braço. – Aconteceu algo? Normalmente as pessoas não ficam preocupadas assim na lua de mel. Pode me falar qualquer coisa.

— Qualquer coisa?

— Claro que sim. Antes de ser seu marido, somos amigos.

Minha mente voltou para o restaurante mais uma vez. Lembrei da tatuagem de dragão, a forma como fiquei surpreso antes de descobrir que na verdade quem estava lá não passava de um garçom qualquer. Naquele momento, me senti um lixo por pensar em TK quando recusei o pedido dele de fugir comigo para ficar com o Jessie.

— São as coisas que eu gosto, né? – Ele perguntou, percebendo que meu silêncio era longo demais. – Você não está à vontade. Eu disse que eu só faço sexo desse jeito, não posso mudar.

Também havia isso. Geralmente Jessie era um príncipe comigo, educado e controlado, mas na cama... Digamos que ele gostava de deixar marcas em mim que se tornavam difíceis de esconder.

— Não é isso – falei, sem jeito. – Estou bem, só estava pensando no que você me disse ontem – menti. – Vamos morar sozinhos agora.

— Está com medo?

— Um pouco – Essa parte era verdade. – Desculpe, mas nunca estive com alguém assim. A gente é casado agora, você já tem tudo o que quer de mim. Pode me largar em um canto qualquer agora que ninguém irá se importar, nem mesmo meu pai.

— Eu nunca faria isso. Gosto de você – ele me beijou de novo, aproximando o rosto do meu. Seu peso caiu por cima de mim e me espremeu um pouco. – Posso ser bruto na cama, mas te respeito. Você é família agora. Mato quem tocar um dedo em você.

— Tudo bem – falei, com um sorriso bobo. – Confio em você.

Ele gostou de ouvir aquilo. Viu como uma oportunidade para me virar de bruços com brutalidade. Senti suas mãos atingirem minha bunda com força e soltei um gemido. Ele molhou os dedos com saliva da boca e os penetrou em mim, sem enrolação.

— Você gosta né, safado? – Falou, sacana.

— Para um pouquinho. – Pedi sentindo um pouco de dor. – Assim me machuca.

— Já está reclamando? Imagina quando eu colocar algo maior?

Ele riu, sacana, e pôs o pênis por cima da minha bunda. Bateu com o pau nela e começou a sarrar com vontade, em um ritmo que me deixava preocupado dele me penetrar de uma só vez. Jessie tinha um pau grosso, um pouco desproporcional, e por conta disso quase desmaiei de dor na nossa primeira vez.

Pacto de Gangues (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora