Agora Pedro, não era mais uma criança que vivia debaixo das asas protetoras dos pais. Ele havia completado 24 anos de idade e bad boy era quase seu sobrenome.
Universitário e um verdadeiro conquistador, Pedro tem mais mulheres em sua cama do que cue...
Os primeiros raios de sol ainda nem haviam adentrado pela grande janela de vidro, que ia do chão ao teto, de meu apartamento na cobertura de um luxuoso conjunto de condomínio residencial. Meu celular deixado próximo a cabeceira da cama, vibrava enlouquecidamente. Despertei, pousando meu olhar sob o relógio que indicavam 04h00 da manhã. Quem diabos tem a audácia de me ligar numa hora dessa? Só pode estar pedindo para levar uma surra e um belo "Vá pra puta que pariu!". Me desvencilhei do braço da bela morena, que estava nua e adormecida ao meu lado. Peguei o celular e vi que se tratava de uma ligação da minha mãe, revirei os olhos e respirei fundo antes de atender. - Mãe? - Atendi me levantando e indo até a janela, observando toda a cidade abaixo de mim. - Feliz aniversário meu amor! - Ela disse com a sua voz amorosa e por um segundo, me peguei sorrindo e chinguei-me mentalmente por ter ficado irado por ela ter me acordado. - Obrigado mãe! Mas a senhora não podia esperar ao menos que o dia amanhecesse? - Ri e era como se a pudesse ver, erguendo uma sobrancelha e colocando a mão na cintura. Coisa que ela faz sempre antes de me chamar pelo nome todo, me repreendendo. - Pedro Camargo Bragança! - Não disse!? Logo pude ouvir ela suspirar e rir - Desculpe, te acordei novamente né? - Eu já havia acostumado, em todos meus aniversários minha mãe fazia questão de ser a primeira a me parabenizar, mesmo que isso significasse me ligar em plena madrugada. E isso ainda se tornou mais rotineiro, quando resolvi me mudar para meu próprio apartamento, que ficava próximo a faculdade e somente por esse motivo, eu havia conseguido que ela me deixasse sair pela porta da frente. As vezes acho que minha mãe se esqueceu que eu cresci e hoje tenho 24 anos. É, literalmente hoje! Meu subconsciente ergueu uma dose de bourbon comemorando meu aniversário e eu ri de minha própria piada interna. - Sem problemas, mãe! - Resolvo tranquilizá-la antes que ela comece a sessão de pedir desculpas e sei que isso vai durar horas. - Ótimo! - Ela responde já mais animada do que antes. Como é possível alguém ter tanta disposição ás 04h00 da madrugada? Eu nunca vou saber, não sou bem uma pessoa que curte acordar assim tão cedo - Filho, tá me ouvindo? - Minha mãe chamava minha atenção de volta a ligação. - O que disse? - Perguntei me virando e olhando a morena deliciosa que ocupava metade da minha cama. Melhor mandar ela embora, antes que queira ficar mais e comece a achar que faz parte da sua vida! Novamente meu subconsciente tinha toda razão e eu estremeci só de pensar em relacionamento. Não é a minha praia. - Perguntei que horas vem para sua festa? - Minha mãe havia organizado contra minha vontade uma festa para comemorar meu aniversário e eu de todo jeito tentei fazer com que ela cancelasse, mais infelizmente não obtive sucesso algum e agora ela estava me obrigando a sentar com a família inteira por longas horas. Mas aceitei, afinal eu fazia de tudo para ver minha rainha feliz. - Provavelmente quando o sol se por! - Voltei a janela dessa vez encostando meu antebraço na mesma e admirando mais meu reflexo do que a vista - Hoje pretendo pegar umas ondas antes de ir até aí! - Surfar virou um hobbie para mim, depois das mulheres claro. Quase deixo o celular cair quando a tal morena, chega por trás e me abraça pela cintura, meus olhos baixam até seu braço envolvido em mim e vejo que ela está com a minha camisa. Que merda é essa? Me viro imediatamente com o cenho franzido e a fuzilou com o olhar. - Volta pra cama! - Eu tampo sua boca com minha mão, mais já é tarde, minha mãe a ouviu do outro lado da linha. - Quem é a da vez? - Ela me pergunta suspirando. - Ninguém mãe! Eu tô vendo televisão! - Tentei driblar aquele assunto. - Você me lembra muito seu pai quando era mais novo! - Sei que isso é uma crítica mais ignoro, afinal eu tenho um dom com as mulheres e disso não abro mão - Você precisa se firmar com uma mulher só meu filho.. Precisa casar! - De novo essa história mãe? Eu já disse, estou novo pra isso de casamento! - ao ouvir essa última palavra a morena me olha com um brilho no olhar e eu retribuo fechando a cara pra ela e apontando pra minha camisa, gesticulando pra ela tirá-la. - Certo! Vamos mudar de assunto - Minha mãe finge se dar por vencida, mais sei que ela não vai sossegar enquanto não me ver casado, coisa que jamais irá acontecer - Pode fazer um favor para mim? - Ela me pede com sua voz gentil e calma, impossível dessa forma lhe negar algo. - Claro! Faço o que quiser! - Posso não ser o melhor filho do mundo, mas me esforço para deixar minha mãe feliz. - Maya está chegando de viagem, poderia buscá-la no aeroporto antes de vir para cá? - Retiro o que eu disse! - Bufei ao mesmo tempo que levei a mão a cabeça e percorri os cabelos com os dedos - Mãe sabe que aquela garota tem um parafuso a menos né? - Ela é sua irmã, Pedro! - Minha mãe me repreendeu firmemente - E seu pai iria buscá-la mais hoje ele tem uma reunião importante na empresa! Por favor! - Ok! Ok! Eu faço esse sacrifício! - Respondo e minha mãe da risada. - Obrigada querido, nos vemos mais tarde! - Ela se despede - Espero conhecer essa moça que está com você! - Nem brinca com uma coisa dessa! - Eu estremeço novamente e minha mãe ri divertida, nos despedimos e a ligação é encerrada. Varro o quarto com o olhar e percebo que a morena não está, ouço barulho de água e vejo que a mesma já entrou na banheira. Daqui a pouco, só falta ela pedir que prepare o café da manhã! Meu subconsciente revirou os olhos e eu larguei o celular sob a cama, andando até o banheiro, me encostando no batente da porta, de braços cruzados. - Vem cá! - A morena me chama e meu membro começa a dar sinal de vida debaixo da cueca box, ao vê-la sentada completamente nua dentro da banheira. Porém eu me controlo, ou do contrário ela jamais vai embora. - Depois que acabar, terá um táxi te esperando pra te levar seja lá pra onde queira ir! - Aproveito e pego minha camisa que ela deixou jogada no chão e volto para o quarto. Me jogo na cama e observo o relógio, 05h30 da manhã. Certo! Consigo dormir mais um pouco. Coloco o antebraço cobrindo meus olhos e assim que começo a relaxar, sinto unhas me arranhando o abdômen. Me coloco sentado prontamente, ao mesmo tempo que pego firme o pulso da morena que agora está parada bem na minha frente, enrolada numa toalha. - Achei que não fosse alguém que acordasse cedo! - Ela sorriu, mordendo levemente o lábio inferior. - E não sou! - Respondi sem paciência - Já está pronta, quero você fora! - Quanto mal humor, nós nem tomamos café da manhã ainda! - Ela pega suas roupas e começa a se vestir. - Tenho certeza que deve ter alguma padaria ótima perto da sua casa... - Começo a dizer e a vejo me olhar esperançosa. Não entendo o motivo! - Achei que fôssemos comer aqui, mas se prefere que seja na minha casa, por mim tá ótimo! - Ela termina de abotoar o sutiã e pega seu vestido. - O que? - Sério que ela tá achando que eu vou passar mais meio segundo que for com ela? - Não, não.. Você entendeu errado! Você vai embora, eu fico! Preciso dormir! - Mais, eu pensei... - Pensou errado! - A interrompi e peguei minha carteira tirando algumas notas que talvez dê pra ela pegar um táxi e me deixar em paz. Entrego pra ela o dinheiro e a pego pelo braço, indo até a porta - Agora bye bye, asta lá vista.. Tchauzinho! - Abro a porta e a coloco pra fora, mas antes que eu possa fechá-la, ela segura. - Espera! O que eu fiz pra ser jogada pra fora assim? - Ela tá fazendo biquinho e eu me seguro para não rir dessa cena infantil. - Passar bem! - Me despeço e tranco a porta. Volto para meu quarto, me atirando em meio aos lençóis e logo adormeço.
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As ondas hoje estavam do jeito que eu gosto. Consegui até aplausos por algumas manobras que fiz sobre a prancha e também um beijo salgado de uma loira irresistível. Mal cheguei em casa e já havia dezenas de ligações perdidas de minha mãe e mais umas milhares de mensagens, me lembrando de ir buscar minha irmãzinha no aeroporto. Se não fosse pela minha mãe, eu largava aquela encrenca lá sozinha, mais sei que a dona Melinda surtaria. Reviro os olhos e vou tomar um banho. Não tenho pressa, afinal tenho tempo até que o vôo dela chegue. Ás 16h30, estou sentado no aeroporto, aguardando Maya que já devia ter chegado.
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Uma morena senta de frente comigo, cruza as pernas e quando meus olhos se encontram com os seus, ela dá um sorriso lindo e eu retribuo igualmente. De fundo ouço anunciarem que o vôo que Maya está chegou e de mau grado me levanto para encontrá-la, mas antes dou uma última olhada na morena, que sorri maliciosa. Me viro e mais alguns passos, já vejo minha irmã vindo. A olho boquiaberto, onde ela pensa que vai com aquele tomara que caia, que está quase caindo mesmo?
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- Aff, você? - Ela diz ao se aproximar de mim, mas logo ri e me abraça - Como você está maninho? - Você tá sem sutiã? - Respondo ao sentir o bico de seus seios contra mim. - Ai cala a boca, garoto! - Ela me larga e me entrega a alça de sua mala de rodinha e sai andando. Vamos em silêncio até meu carro e sofro um pouco para guardar a mala dela no porta malas. O que ela está carregando aqui dentro? Pedras? Após guardar tudo, entro no banco do motorista e a vejo com os pés pra cima. - Ei, Ei Ei - digo batendo levemente em seus pés sobre o painel e ela os retira bufando - O que pensa que está fazendo? - Esqueci que você era assim tão chato! - Ela revira os olhos e liga o som, colocando quase no último volume, nos deixando surdos. Penso em abaixar, mais ao menos assim, não preciso ouvir sua voz irritante me dizendo como foi maravilhosa sua viagem a França. Ligo o carro e saio acelerando, não vejo a hora desse dia chegar ao fim.