Hugo
Horas mais tarde, eu já estava em casa. Saí do banho e me joguei na cama. Estava na hora de ligar para Joana e saber dos seus planos com seu amiguinho, já que obviamente ela vai negar meu pedido falso de sair com ela.
Enquanto eu esperava que a ligação fosse atendida, fechei os olhos e recordei momentos da minha pequena aventura com Thais. Aquela mulher realmente é um furacão!
- Alô? - Joana atendeu muito animada e saber quem ela imaginava que seria, fez meu sangue ferver de ódio.
- Oi joaninha! - Falei tentando esconder minha irritação.
- Hugo? - A decepção em sua voz era notória, mas resolvi ignorar, afinal era questão de tempo até que meu adversário estivesse fora da jogada e ela seria somente minha - Tudo bem? - Ela prosseguiu, também tentando disfarçar.
- Eu estou.... Bem! - Dei essa pausa dramática de propósito, sabendo que ela perceberia e talvez, só talvez se preocupasse, como antes.
- Não me parece bem! - Bingo! Ela mordeu a isca! - O que houve?
Respirei fundo e por um momento, notei o quanto eu estava me tornando um ótimo ator. As novelas e filmes indicados ao oscar, estavam me perdendo.
- Sinto falta da sua companhia! - Admiti com um tom de voz mais baixo.
- Hugo, eu... - Ela começou, mas a interrompi.
- Eu sei! - Falei - Respeito sua decisão de querer um tempo, mas isso significa que não podemos nem sair.... Como amigos?
Ouve um breve silêncio e cheguei a pensar que ela tivesse desligado na minha cara, mas claro que eu estava absurdamente errado, Joana era uma mulher muito bem educada e tem um coraçao maior que ela mesma.
- Claro, podemos sim! - Ela respondeu um tanto quanto desconfortável, mas isso era bom, afinal assim o plano daria certo.
- Então... É melhor eu nem seguir com meu convite para almoçar amanhã, já que... - Nem tive tempo de terminar minha frase.
- Eu vou amar! Nos encontramos onde? - Joana me pegou desprevenido e portanto fiquei sem ter o que responder, já que eu não esperava que ela fosse aceitar sair comigo, estando com aquele babaca - Hugo? Está aí ainda?
- Estou sim, desculpe... Meu pai falou algo comigo e eu me distraí - Arrumei uma desculpa - Hã.. Posso te buscar amanhã...umas 12h00?
- Combinado, estarei esperando! - Ela respondeu docemente e nos despedimos, encerrando a ligação.
Permaneci olhando o teto sem entender bem o que tinha acabado de acontecer. Era certeza que ela recusaria meu convite, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário.
- É, talvez o universo esteja a meu favor! - Falei comigo mesmo, me sentindo vitorioso - Melhor eu avisar a Thais que o plano não deu certo, mas ao menos terei a oportunidade de sair com a Joana! - Peguei o celular e mandei uma mensagem a ela, contando com detalhes tudo que rolou agora.***NO DIA SEGUINTE***
Joana
Como combinado, hoje eu almoçaria com Hugo. Já tinha tomado um banho e me trocado, estava terminando de secar meu cabelo quando meu celular tocou e ao ver o nome na tela, respirei aliviada.
- Oi Pe - Atendi logo no primeiro toque.
- Oi meu amor! - Ele respondeu e foi o suficiente para me acalmar e me dar a certeza que tudo ficará bem. Ouvir a sua voz me tranquilizava e me dava coragem - Tá tudo bem?
- Sim, estou terminando de me arrumar... - Me sentei na beira da cama - Daqui a pouco, Hugo deve estar por aqui....
- Amor, vai dar tudo certo! - Pedro começara a decifrar o que se passava em meu interior apenas por um olhar ou nesse caso, pelo tom da minha voz. Ele percebeu o quanto eu estava preocupada.
- Eu sei... Só tenho medo que ele saia ferido! - Mesmo depois de tudo, eu ainda o considero muito e sei que ele jamais me machucaria.
- Você é uma pessoa incrível! - Pedro falou - Ninguém vai se ferir tá bom, vai ficar tudo bem!
Mais uma vez, ele me passou segurança e eu pude recuperar um pouco da confiança e certeza que ele tinha razão e que tudo ficaria bem. Nos despedimos e então guardei o celular na bolsa. Poucos minutos após, ouvi o som da buzina diante da minha casa.
Meu pai havia saído com Evellyne, ele dizia que ela estava muito triste pelo ocorrido e que isso misturado a sua personalidade bem difícil, poderia acabar de estragar sua infância, portanto meu pai a levou para dar uma volta e ver se a anima.
Antes de sair pela porta da frente, respirei fundo e pedi proteção à Deus. Tratei de por um sorriso no rosto e deixei a casa, caminhando até o carro, adentrando e me sentando no banco do passageiro. Hugo me olhava sorrindo e eu sorri em resposta, sem conseguir falar nada sem demonstrar o quanto meus batimentos cardíacos estavam acelerados me deixando sem ar, então seguimos em silêncio até um dos restaurantes do centro da cidade.
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Um Anoitecer (Livro lll - TRILOGIA FASES DO DIA)
RomanceAgora Pedro, não era mais uma criança que vivia debaixo das asas protetoras dos pais. Ele havia completado 24 anos de idade e bad boy era quase seu sobrenome. Universitário e um verdadeiro conquistador, Pedro tem mais mulheres em sua cama do que cue...