Capítulo 9

108 8 6
                                    

Melinda

A paz havia voltado a reinar nessa casa, enfim, depois de tantos anos em meio a uma verdadeira turbulência, misturada com um catastrófico furacão.
Meus filhos deram uma trégua as constantes e cansativas brigas. Maya estava se dando muito bem com o tal namorado, que até agora não sabíamos o nome, e Pedro estava contente com o filho que crescia na barriga de Thais, acho que agora ele entendeu o real valor da vida e descobriu que não tinha nada a ver com o tipo de vida que ele levava.
Ontem a noite, deitei aninhada nos braços de meu marido e pudemos ter um momento só para nós, nada sexual, apenas se curtir juntinhos e mesmo sem dizer nenhuma palavra, nossos abraços, suspiros e o palpitar de nossos corações já falavam muito por nós. Nem percebi o exato momento em que adormeci, só sei que pela primeira vez depois de muito tempo, dormi calma e o melhor sem pesadelos... Na verdade tive um sonho bem estimulante.

Sonho de Melinda
"Aqui estava eu, de volta aos meus 25 anos. Deitada vendada e amarrada sob a enorme cama da casa da ilha. Podia ouvir claramente, os passos que Henrique dava ao redor da cama e a expectativa, só me deixava ainda mais excitada.
Ele nem havia me tocado ainda e eu já soltava breves gemidos, misturados com suspiros de ansiedade. Estava a ponto de implorar, quando senti a cama baixar e o peso do corpo dele sob o meu, causando aquela eletricidade com esse pequeno contato.
Senti seus lábios, em meu rosto, estavam molhados e quentes, tornando aquele beijo, algo realmente erótico.

Puxava as mãos, com a intenção de agarrá-lo pelos cabelos e trazer sua boca a minha, pois intensa era minha necessidade dele

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Puxava as mãos, com a intenção de agarrá-lo pelos cabelos e trazer sua boca a minha, pois intensa era minha necessidade dele. Porém, apenas uma mão minha estava livre, a outra estava presa numa algema junto a cabeceira da cama.
Mas antes mesmo que eu pudesse lhe tocar, Henrique deixou a cama e a frustração se fez presente ali.
- Onde vai? Volta - Minha voz já saía de forma chorosa e de maneira que soou como se estivesse implorando, e eu realmente estava.
Pude ouvir seu riso baixo e um estampido, acompanhado de um borbulhar. Champangne? Sério que ele quer beber logo agora?
Mais nunca estive tão enganada, aquela taça borbulhante, não era para ele e sim para mim. Rapidamente ele voltou a cama, se acomodando entre minhas pernas e delicadamente derramou um pouco do champagne, em minha barriga, me causando um arrepio, já que o mesmo estava gelado e minha pele quente. Não pude me conter e estremeci, fazendo com que a bebida escorresse até minha intimidade, onde prontamente Henrique largou a taça de lado e se abaixou bebendo o líquido que descia por meu sexo.
- Dizem que esse vinho é ótimo acompanhado com aspargos - Henrique falava e eu inebriada pelo clima altamente sexual, mal dei atenção - Eu discordo! Em você, ele se torna perfeito! - E mais uma vez desceu os lábios a minha intimidade, mas dessa vez com mais intensidade, mostrando seu desejo por mim.

Um Anoitecer (Livro lll - TRILOGIA FASES DO DIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora