Capítulo 55

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Dê o play na música no momento certo 🎵

Hugo

Eu já estava a caminho da casa da Joana. Eu tentei, juro que tentei respeitar o tempo que ela me pediu, mas a falta que sinto dela chega a me sufocar, eu precisava vê-la.
Planejei convidar ela para comermos um lanche com um milk shake bem grande, como fazíamos antes, portanto sabendo que ela não gosta de moto, resolvi vir com o carro do meu pai. O som ligado baixo tocava algum louvor que eu reconhecia dos cultos de domingo a noite.
Virei a esquina da rua dela, e conforme fui me aproximando a vi de longe saindo para a varanda, ela estava ainda mais linda. O sorriso que se instalou em meu rosto ia de orelha a orelha, até que vi aquele tal amigo dela do hospital se aproximar da mesma e num segundo, ela se atira em seus braços e o beija, de uma maneira que nunca antes havia me beijado. O seu então "amigo", a envolve pela cintura e retribui intensamente o beijo. Assim que seus lábios se afastam, Joana sorri e acaricia o rosto dele. Meu sangue fervia e minha vontade era descer do carro, socar a cara daquele babaca que é o que eu queria desde quando o vi ao lado da minha namorada naquela maca de hospital, porém me contive, eu sei bem o que fazer para dar uma boa lição nesse cara.
Passei direto por sua casa, sem chamar atenção, já que não queria ser notado. Desliguei o som, sabendo que eu não estava mesmo prestando atenção ao que tocava.
Peguei meu celular e disquei o número da única pessoa que poderia me ajudar agora.
- Alô! - Ouvi a sua voz logo depois do segundo toque.
- Aceito sua proposta! - Fui direto ao ponto e ouvi a pessoa rir do outro lado da linha.
- O que aconteceu que te fez mudar de idéia? - O tom irônico era claramente notado em sua voz.
- Eu vi eles se beijando! - Rosnei repassando aquela cena em minha mente, porém me surpreendi ouvindo uma tosse vindo do outro lado da linha, como se tivesse se engasgado.
- O QUE? - Thais gritou - Aquela vagabunda beijou o meu homem?
- Opa, opa - Acho que ela estava entendendo tudo errado - Joana não tem culpa de nada, foi o SEU HOMEM que a seduziu!
Uns segundos de silêncio pairou e depois ela pigarreou e voltou a falar, já mais calma.
- Claro! Você tem razão - Thais concordava comigo, enfim compreendendo o real problema - Estou em casa, pode vir até aqui?
- Certo! - Respondi afirmativamente e então após receber as instruções para chegar até sua casa, nos despedimos e quando pensei que a ligação seria encerrada, Thais me chamou.
- Ei, Hugo!
- Sim? - Respondi.
- Por que você não liga para sua namoradinha convidando ela para sair amanhã de tarde? - Ela sugeriu e eu simplesmente não conseguia entender onde ela queria chegar com isso.
- Pra que? - Questionei - Pra receber um óbvio NÃO na cara?!
Thais riu novamente. É, hoje ela estava cheia de graça, uma pena que eu não compartilhava desse sentimento.
- Posso saber qual a graça? - Perguntei suspirando pesadamente.
- Você é mesmo muito lerdo né - Ela falou ainda tendo o riso estampado em sua voz e quando pensei em retrucar, ela prosseguiu - Convidando ela, é claro que Joana vai recusar como você mesmo disse... Mas, você saberá quais são os planos dela e do Pedro, que obviamente estarão juntos e sabendo disso, podemos planejar o que fazer, já que saberemos onde encontrá-los! - Thais explicou sua idéia, e então notei o quanto ela era incrivelmente inteligente e isso a tornava muito sexy e atraente, mas rapidamente afastei esses pensamentos, meu foco era Joana, sempre foi e sempre será!
- Certo! Mais tarde, ligo fazendo o convite! - Acatei sua sugestão e então nos despedimos. A ligação foi encerrada e eu joguei o celular no banco do passageiro.
Prossegui pela auto estrada, em direção a casa de Thais.
Enquanto dirigia, algumas lembranças me vieram a mente e eu simplesmente não fui capaz de bloqueá-las, elas me atingiram em cheio.

Lembranças de Hugo
" Era uma tarde de sábado e após um almoço maravilhoso, eu e Joana nos revezávamos na louça. Enquanto eu lavava, ela enxugava e então iniciamos uma conversa.
- Meu pai está pensando em me colocar para liderar jovens - Falei sobre os planos que meu pai tinha sobre mim.
- Sério? Isso é incrível! - Joana respondeu claramente empolgada com isso, como eu sabia que ela ficaria.
- Eu fiquei de dar uma resposta a ele até amanhã - Enquanto falava, eu esfregava os pratos, jogando fora os restos de comida.
- E qual a dúvida? - Ela me olhou quase brava e eu ri - Hugo você sabe o quanto os jovens são mais propensos as ciladas do inimigo e que precisam sim de um líder que os ajude a ir na direção certa!
- Eu sei disso! - Concordei com a cabeça - Mas eu queria saber se... Você aceita a me ajudar nisso?
- Eu? Uma líder de jovens? - Joana pareceu bem surpresa, mas então me olhou e deu um sorriso lindo - Claro, é uma honra poder ajudar e você sabe... Onde você estiver, estarei contigo! - E tendo dito isso, ela se aproximou e beijou docemente minha bochecha".

Já me encontrava parado na portaria do residencial de luxo, onde Thais morava e o porteiro me olhava esperando uma resposta, demonstrando que já havia falado comigo e eu nem o tinha ouvido.
- Perdão...? - Me virei para ele.
- Perguntei seu nome e se há alguém te esperando? - O porteiro repetiu sua pergunta de modo bem educado, mesmo sua feição estando claro que sua paciência estava próxima do fim.
- Ah, sim... Eu sou o Hugo! - Respondi me endireitando detrás do volante - Estou aqui a pedido de Thais... Thais Valença Monteiro... Eu acho! - A última frase falei mais para mim mesmo, já que não tinha certeza de que seu sobrenome era esse. Ela tinha me falado, mas minha memória nunca foi das melhores.
- Um minuto! - O porteiro estendeu o dedo para mim, pegando o telefone e discando alguns números. Falou algo e depois desligou, se voltando para mim - Muito bem, Hugo.. A srta. Monteiro está a sua espera! É só seguir direto, última mansão! - E então ele abriu o grande portão, por onde passei boquiaberto ainda tendo a palavra MANSÃO ecoando em minha mente.
Segui as orientações do porteiro e estacionei diante de uma bela e enorme mansão, onde Thais saía pela porta da frente e me olhava sorrindo. Ela estava com um shorts jeans bem curto e um top, mostrando sua barriga.
- Oi! - Falei assim que desci do carro e caminhei até a mesma.
- Oi! - Ela respondeu me olhando de cima a baixo, mordendo levemente o lábio inferior - Vem comigo!
Adentramos sua bela casa e fomos em direção a uma enorme escadaria. Após subirmos, entramos em uma das portas e então estávamos em seu quarto, que era bem maior que toda minha casa.
Thais por sua vez, deitou em sua cama e bateu ao seu lado. Me aproximei lentamente e me sentei na beirada, porém logo ela me puxou fazendo com que eu caísse deitado ao seu lado.
- Relaxa, eu não mordo! - Ela falou sorrindo e confesso estar assim tão perto dela, fez com que meu membro despertasse.
- Então... - Comecei a falar querendo disfarçar - O que faremos em relação ao nosso problema?
Pelo meu olhar periférico, pude vê-la revirar os olhos.
- Que foi? - Perguntei a olhando.
- Gato, você é mesmo muito lerdo! - E então ela se virou, subindo em cima de mim e eu paralisei imediatamente.
( Dê play na música acima)
- Você ainda não entendeu o motivo de eu ter te chamado aqui? - Ela mordia o lábio e minha mente começou a imaginar o quão macio ele devia ser e o quanto eu também queria mordê-lo.
- Mas, eu pensei que...você gostasse do Pedro! - Respondi sem desviar os olhos do seu e sem perceber minhas mãos foram para sua cintura.
- Eu o amo! - Thais respondeu - Mas nada impede que a gente se divirta! Afinal o que acontece aqui, permanece aqui! - E tendo dito isso, ela começou a rebolar e meu membro ficou completamente ereto por dentro da calça, sem ter como esconder agora o tesão que eu estava sentindo - E bom... - Ela falou, se abaixando, deixando sua boca muito próxima da minha - Está óbvio o quanto você também quer isso... Então, fica tranquilo! Sua amada jamais saberá disso!
E então, eu não me segurei mais e ataquei seus lábios num beijo quente. A rodei, deitando-a na cama e ficando por cima.
Minha boca ainda estava grudada na sua, e minha mãos apertava levemente seu seio escondido debaixo do seu top, que eu o arranquei num único puxão. Logo desci beijos por seu pescoço, até chegar no bico de seu peito e quando mordi de leve a ouvi gemer e isso me incentivou a continuar nas preliminares.
Me ajoelhei entre suas pernas e a livrei de seu shorts e sua calcinha de uma só vez, e permaneci ali admirando-a completamente nua diante de mim.
- Vai ficar só olhando? - Thais sorria com uma cara de safada e eu sorri em resposta, me abaixando e colocando minha língua para trabalhar em sua intimidade.
E assim foi toda nossa tarde. Sim, eu estava me guardando para Joana, mas como Thais disse, ela jamais saberia disso e até então, era óbvio que enquanto transávamos, ela pensava em Pedro e claro, eu imaginava Joana. Simples assim, sem regras, sem ressentimento e sem compromisso, só o prazeroso e perfeito sexo.

Um Anoitecer (Livro lll - TRILOGIA FASES DO DIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora