Capítulo 2: As Mensagens

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Tinha acabado de chegar em casa depois de um dia cansativo de trabalho, os últimos dias sempre eram os piores, por que eram cheios de detalhes para administrar, a Paula surtava com o excesso de horas extras, mas tínhamos que entregar antes da alta temporada, pois o grande lançamento ia aproveitar as vantagens da Copa aliada com o verão europeu.

Já tinha se passado uma semana desde que tinha saído com o jogador, aos poucos a lembrança vívida dava lugar a uma memória apagada do passado, algo distante, as vezes achava que era até um sonho de tão maluco e insólito era aquilo.

Entrei no banheiro e tomei aquela ducha, precisava de um bom banho, o silêncio do apartamento era um conforto no bairro extremamente calmo. Ao sair do banheiro, liguei no telejornal, enquanto comia algo que havia acabado de aquecer. Até que a notícia sobre a preparação do time Português para a Copa que começaria em algumas semanas, chamou a minha atenção, ergui os olhos e assisti atentamente, até que a tela ficou preenchida por ele, que falava do quanto estava consciente da capacidade do time, que tinham a meta de passar da fase de grupos.

Ficou analisando a imagem na tela, pensando em quanto era absurdo, uma semana atrás estava sentada em um restaurante com Cristiano, conversando bobagens, e eles estavam de tal forma que parecia que ninguém queria se aproximar, nem que seja para pedir uma foto para o astro da bola. Até os paparazzi pareciam ter tirado folga naquele dia. Só pude rir sozinha no meu apartamento, era tão engraçado parecia algo além do mundo que eu vivia.

Um alerta do meu celular avisou a chegada de uma mensagem. Ao destravar a tela vi que era um número desconhecido, logo a curiosidade venceu qualquer racionalidade. Por isso que Pandora se meteu em furada.

+34 91 785 502 777:
"Vai estar na cidade na próxima sexta-feira, Srta. Engenheira?"

Olhei para a mensagem, estranhando o código internacional, era de fora de Portugal. A foto não aparecia para mim. Quem deveria ser.

Eu:
"???"

+34 91 785 502 777:
"Já esqueceu o seu mais novo amigo?"

Meus olhos se arregalaram, não podia ser, sério aquilo?

Logo comecei a rir, por que era isso que eu fazia quando estava nervosa. Não podia ser, ele estava na minha televisão ainda a pouco, como podia estar ali. Ele era uma alucinação minha.

Eu:
"Você?"

+34 91 785 502 777:
"Depende de quem você acha que sou eu."

Ele colocou vários emojis rindo e isso não ia ficar impune. Agora seria a hora de provocar.

Eu:
"Sim, o jogador mais convencido do mundo, um poço de arrogância, aquele que se acha um máximo, que é um poço de vaidade. Que vive ajeitando aquele cabelo e se olhando no espelho. Aquele que pensa ser o Rei da Porra Toda."

+34 91 785 502 777:
"Ei! Mas eu sou o Rei da Porra Toda, dei muito duro para isso, duro demais, não imagina o quanto. E eu não sou tão vaidoso assim, estas a falar, mas sabes que não sou. Deixas de lado estas ideias tolas."

Eu:
"É um pouco difícil, não consigo ver a humildade daqui, acho que preciso de uma lupa ou seria um microscópio?"

O Rei da Porra Toda:
"Pensei que tinha deixado bem claro que sou bem diferente do que parece, mas vejo que falhei, e tu sabes que não consigo aceitar falhas."

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