O avião pousava na pista de Guarulhos, via as enormes aeronaves, o grande aeroporto, a muito tempo não pisava no Brasil, a muito tempo não voltava a minha terra, talvez agora fosse bem necessário.
Assim que a aeronave parou, peguei minha mala de mão, segui o fluxo de passageiros, deixando por um tempo o calor do verão europeu escaldante, para o frio do inverno brasileiro que agora até parece fraco para mim.
***
- COMO ASSIM VOCÊ NÃO VAI ME DIZER PARA ONDE ELA ESTÁ, PAULA? – Eu gritava no telefone furioso, enquanto passava a mão no cabelo impaciente.
Maria não tinha chegado em casa, estava desaparecida a dois dias, e só agora a amiga dela resolveu me atender o telefone. Era o máximo que eu podia fazer, já que meus treinos haviam começado.
- Simplesmente não dizendo. – A amiga da minha namorada fala simplesmente, com uma calma mais irritante ainda.
- A MARIA NÃO PODE SIMPLESMENTE SUMIR, DO NADA! – Respiro fundo, tentando recuperar a calma. – Mandei pessoas até a morada dela, e falaram-me que ela não está lá desde ontem final da tarde. Final da tarde! O telemóvel dela está desligado pois vai logo para a caixa de mensagens!
- Talvez seja por que ela não queira falar contigo. Talvez seja por causa das mensagens que ficaste a trocar com tua ex-namorada. Então perdeste o direito de exigir algo, oh pah! – Finalmente Paula indigna-se comigo.
Eu sabia que havia feito burrada, mas precisava de um sinal.
- Mas preciso conversar com ela. Me justificar. Aquilo foi uma bela obra de ficção feito pela Georgina e um jornalista amigo dela. Por sinal, já estou a cuidar legalmente disto.
- É Portuga, até explicar que focinho de porco não é tomada, nossa boa e bela Maria está no Brasil.
- NO BRASIL! – Não pude conter a revolta, o espanto, era como levar um tapa na cara. Sentir-me encolher todo, por que era muito além do meu alcance. E os piores pensamentos começaram a me ocorrer.
***
Enquanto o carro deslizava pela pequena estrada que levava a sede da fazenda, eu sentia o cheiro da terra molhada, de infância, lembrava de quando andava a cavalo, corria pelos campos, quando tudo parecia tão simples. E logo estava estacionando o Jeep próximo da escada que dava acesso a varanda da fazenda. Logo uma senhora apareceu com um sorriso no rosto. Era minha tia Maria José, irmã da minha mãe.
- Meu Deus! Eu não acredito! Jo! Pelo amor de Deus!
Ela correu em minha direção e me abraçou carinhosamente. E eu retribui o abraço carinhoso. Era como uma segunda mãe para mim, pois quando meu avô morreu, ele deixou a casa da cidade para a minha mãe, e a fazenda para minha tia. Então sempre passava minhas férias ali, em meio a natureza, no interior de São José do Rio Preto.
- Por que você não deu notícias menina? Sua mãe chegou até pensar o pior.
- Desculpa, tia! Mas é que...
- Eu sei...Eu sei...Aquele infeliz... – Minha tia fala com desgosto.
- Vocês?...Sabem? – Pergunto surpresa.
- É uma longa história, chegue, se assente, vamos matar a saudade e depois nós fala sobre essas coisas. Mas pode ficar tranquila que aquele desgraçado está sumido, nem para o demônio ter tragado ele para baixo da terra.
- Eu sei onde ele está, é uma longa história. Teremos bastante tempo para conversar. – Abro um sorriso, largo a abraçando de novo. – Aonde está o tio Carlos?
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It's a man's world || CR7
FanfictionMaria João Costa é uma Engenheira Civil que vive em um mundo completamente masculino, que acabou a deixando um pouco "diferente" das outras mulheres. E talvez isso tenha atraído Cristiano Ronaldo, ao conhecer essa mulher não se encaixa em nada no pa...