Capítulo 13: O Paraíso

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O carro esportivo deslizava pela pequena estrada que margeava os grandes paredões de pedra, onde o mar se chocava aos pés deles. Se estendia aquele mar azul, ao longo do horizonte, ao lado tinha um homem que segurava a minha mão, aproveitando as vantagens do carro, com o polegar deslizando em uma caricia, e as vezes pequenos beijos eram depositados ali. Ele carregava um sorriso imenso, nunca havia visto aquele sorriso nele, e o tornava mais bonito, simples. Talvez aquele sorriso estivesse refletido no meu rosto, que as vezes corava sob o olhar dele.

Não trocamos palavra nenhuma no caminho, apenas olhares, sorrisos, palavras não precisavam ser ditas, nós dois tínhamos aquela conversa muda, usando outros elementos para se expressar. Eu só falei quando entrei na casa onde ele estava hospedando, olhando tudo em volta, parecia uma locação de um filme, era ridiculamente bonito e perfeito.

- Quando eu pensei que estava vindo para o paraíso, não tinha isso em mente, achava que era o paraíso por que você estava aqui, neste lugar. Mas isso aqui vai além das minhas expectativas. – Olho em volta, ainda chocada. – Eu nem sei como me sentir em um lugar assim.

Ele se aproximou sorrindo, me puxou pela cintura, olhou nos meus olhos e disse carinhosamente.

- Apenas sinta, não tente pensar como deve se sentir. Apenas aproveite. É para isso que servirão estes dias, para aproveitarmos um ao outro. A minha família só chega daqui a dois dias, até lá serão só você e eu, para nos conhecermos melhor. Vamos dar um passo de cada vez, sem pensar no que virá depois. Certo? – Ele me olha nos olhos esperançoso.

- Certo. Está certíssimo. – Baixo a cabeça um pouco tímida. – Só não sei como agir. A muito tempo não estou nesta posição, algo como uns 5 a 6 anos. Se duvidar, acho que minha vida toda não estive nesta posição, então me sinto como uma adolescente boba, o que é muito idiota. Estou tornando o que eu mais temia.

Cristiano deu uma risada, colocou o dedo sob meu queixo, levantou meu rosto para encara-lo.

- Se isso deixa-te mais calma, eu também me sinto assim. As raparigas sempre chegaram se jogando sobre mim. Nunca tive que conquistar ninguém.

Olho para ele surpresa e então falo como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Você já me conquistou. Olhe onde estou.

- Eu sinto como se tivesse que conquista-la todos os minutos, horas, dias. Só para ter certeza que não vais fugir.

Não resisto, dou uma risada.

- Tu és um bobo, sabia?

Desta vez foi a vez dele rir, para então perguntar surpreso, com um toque de descrença:

- Bobo?

- E eu estou gostando disso.

Me aproximo e beijo os lábios dele com delicadeza, e sou recebida por ele com carinho, as mãos acariciam as minhas costas com cuidado, enquanto as minhas vão até a nuca dele. Ele agora era um homem livre e desimpedido, e parecia ser muito mais gostoso beija-lo, por que eu não carregava a culpa, me sentia errada, pois naquele momento, parecia a coisa mais certa a se fazer.

Ele me carregou no colo, eu enlacei a perna por sua cintura. Devíamos um ao outro um momento só nosso, sem culpa, sem dúvidas. E seguimos nos beijando pelo longo corredor, até que ele me colocou no chão do grande quarto. Olhou-me nos olhos e perguntou com um pouco de insegurança:

- Queres isso?

- Sim. Eu estou aqui.

O homem virou a chave na porta, trancando-a, sem tirar os olhos de mim. Então se aproximou, sem tirar os olhos dos meus, colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, acariciou meu rosto, então pergunta sem jeito, muito tímido.

It's a man's world || CR7Onde histórias criam vida. Descubra agora