Capítulo 14: À Dois

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- Podes diminuir a velocidade, por favor! Tenho filhos, esqueceste! Preciso cria-los!

A voz de Cristiano era cheia de pânico, enquanto eu pisava a toda velocidade no carro esportivo, aproveitando as maravilhas daquele Lamborghini, nunca tinha dirigido um, então pedi para ele que após meu olhar de cachorro pidão, não resistiu e deu. Eu acho que já se arrependeu de ter feito isso.

- Mas você dirigi rápido assim, oras!

- Mas eu tenho experiência. – Ele falou quase em desespero e eu ri.

- Eu deveria filmar este momento, para mostrar que o robozão não é tão robozão assim.

- Não ouse tirar as duas mãos do volante! – Ele me ameaça com aquele toque de preocupação ainda presente.

- Mesmo que seja para fazer isso?

Coloquei minha mão na perna dele, subindo até a virilha em uma caricia. Ele tirou a minha mão, com uma certa relutância, e colocou ela de volta no volante.

- Prefiro ficar vivo para fazer outras coisas com você.

***

- Uau! Isso foi maravilhoso!

Cai na cama, toda suada, as ondas do orgasmo ainda percorriam meu corpo completamente, estava ofegante, e depois de tantas rodadas como aquela, eu poderia dizer que em outra coisa ele poderia disputar o título de Melhor do Mundo, seguramente ia levar o prêmio. E seu sorriso cheio de orgulho ao deitar do meu lado, me olhando, demonstrava isso, a ponta do dedo dele percorria minha barriga, enquanto falava com a voz sedutora.

- Tu és maravilhosa!

- Aposto que diz isso a todas.

Fiz um gracejo e ele riu, na verdade gargalhou, peguei o lençol e joguei na cara dele, enquanto falava com falsa indignação.

- Poderias pelo menos fingir que não, falar o clássico: "Não, apenas falei isso para você". Eu ia fingir que tinha acreditado e seriamos muito felizes.

- Eu posso ter falado isso algumas vezes. – Ele fala com um certo tom desconsertado. – Mas apenas com você adquiriu a dimensão correta da palavra. Percebi que não era experiente suficiente e que conhecer você elevou meu padrão de exigência.

- Hummmm...Bem mais satisfatória essa resposta.

- Gostou? – Perguntou com uma sobrancelha arqueada. – Que bom. Mas descobri que aquelas suas roupas de menino raivoso esconde uma mulher surpreendente. Em parte isso é ótimo.

- Por que? – Estava cheia de curiosidade agora, ainda mais diante do sorriso dele que ficou mais largo.

- Eu sinto que a mulher é só minha, um lado que só pertence a mim.

- És muito bobo, sabia?

Me aproximo e o beijo lentamente, mas logo o beijo se intensificou e eu soube que mais um orgasmo seria providenciado para mim, e isso era muito bom.

***

O oceano azul nos rodeava enquanto tomávamos banho no final da tarde na praia particular, trocávamos alguns beijos, as vezes olhávamos um nos olhos do outro, eu acariciava o rosto dele, um sorriso tímido surgiu em seu rosto, estávamos ali, ao sabor do mar calmo, um nos braços do outro, em um momento de pura intimidade.

- As mulheres sempre babavam por você a minha volta. Eu olhava e falava...pfff...Ele não é não bonito assim, ele é gostoso, mas não é bonito. – Cris deu uma gargalhada gostosa. – Eu sempre dizia que tinham caras mais bonitos e gostosos que você. Eu o odiava...Não...Essa é uma palavra muito forte...Eu o desprezava...Por justamente ser arrogante, se achar o máximo, ter aquele jeitão de eu posso, ficar se olhando para os telões, pegar modelos para apenas exibir, providenciar os próprios filhos. – Ele fechou a cara quando falei dos filhos, eu sabia que era um assunto delicado. Mas tinha que falar, mesmo depois de sentir a tensão nos músculos dele. – Eu achava aquilo tão arrogante, era brincar de Deus, de todo poderoso, era como se os comprasse. Então quando o vi no hotel, eu fiquei nervosa por que não o esperava ali, eu não tinha que estar ali com você, era algo que tinha fugido da minha rotina tão planejada. E eu o desprezei por que percebi que não me acrescentava em nada ter conhecido você.

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