Despertar (parte 2)

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     Seung estava na cama, a perna enfaixada, sem camisa, conversava com Yuga, tentando entender tudo o que tinha ouvido sobre sua mãe.

As concubinas tinham saído, estavam muito agitadas e Seung precisava descansar.

Seung se sentia em câmera lenta, as coisas estavam indo muito depressa naquela noite, e sentia sua mente girar. Precisava de um tempo sozinho, pra entender tudo aquilo.

Bon-Hwa aparece na porta do quarto, o rosto cansado. Seung se vira, cruzando olhares com o príncipe, podia sentir a preocupação dele, e seu coração doía em saber que Bon-Hwa estava tão preocupado.

_ Eu posso... posso conversar com Seung por um minuto? - Bon Hwa pergunta, sem querer interromper aquele momento íntimo dos dois.

Yuga sai do quarto, precisava colocar a cabeça em ordem, e foi em direção a cozinha, se encontrar com as moças.




        Sun-Hee sela o envelope com o seu anel real e o entrega a Kwang-Sun, que cuidadosamente amarra o pedaço de papel na coruja alaranjada. A rainha precisava avisar Woong imediatamente, a queria  no palácio o mais rápido possível, mesmo que não gostasse muito da presença da mulher, e de sua aura desconhecida e pesada.

A queimadura que o Espírito da noite causara podia piorar a qualquer instante, e somente Woong seria capaz de curar Seung, impedindo a ferida de piorar, e evitando que ele perdesse ambos o braço e a perna.

  Kwang abriu a janela e a coruja saiu voando, veloz, um ponto alaranjado na escuridão da noite. Já se passavam das duas da manhã, e ventava bastante.

Sun Hee estava agitada, as tranças desfeitas, o rosto suado e o vestido sujo. Andava de um lado para o outro, murmurando coisas para si mesma, sem prestar atenção no que Kwang Sun dizia.

O general já tinha tomado as providências necessárias, mas os guardas diziam a mesma coisa; O palácio estava vazio. Quem quer que fosse que tinha invadido o palácio, já tinha saído. Mas Kwang conhecia magia o suficiente para saber que, segundo os relatos de Bon Hwa, o Espírito que atacou Seung tinha sido conjurado, e a pessoa que o tinha enviado podia estar em qualquer lugar do continente.

  O homem tentava acalmar a rainha, mas ela parecia estar muito distante para prestar atenção nele.

Se colocou em sua frente e segurou seus ombros delicados, a encarando.

Sun Hee levantou o rosto, saindo do transe e fitando os olhos castanhos de Kwang Sun. Seu rosto tinha uma feição séria e preocupada, e Sun Hee se acalmou de imediato, se dando conta do estado em que se encontrava. Tinha que se arrumar, não podia esperar a rainha de Nam daquele jeito.

Chamou uma das servas e pediu um banho quente, se soltando dos braços largos de Kwang, o agradecendo por cuidar dela naquele momento tenso. Seu coração não aguentaria mais surpresas como aquela, primeiro uma bruxa desconhecida obriga seu marido a sair para guerra, e então um Espírito da noite ataca um dos seus no palácio, e agora Seung possuía magia!

Sun Hee saiu do aposento real, deixando Kwang sozinho. Ambos tinham muito o que fazer, e o general tinha que avisar os guardas para que se preparassem para a convidada que estaria para chegar. E claro, que ficassem atentos a um novo ataque. 




       Bon-Hwa se aproxima da cama de Seung, tinha o aroma de canela das velas aromáticas, as janelas abertas deixavam o ar fresco entrar, uma brisa suave da noite. O príncipe não sabia como agir.

The Loyal Husband (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora