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No Big City, Michael aparecia diante de Felipe com um sorriso informando:

_ Felipe, acabaram de ligar de uma emissora de TV querendo marcar uma entrevista para você.

_ Por favor diga que não.

_ Felipe - recriminava-o Michael, fazendo com que Felipe voltasse a atenção a ele _ Sei que prefere um perfil mais discreto, mas a construção da nova loja principal do Big City já começou, se der essa entrevista, não vai só  trazer mais divulgação a loja principal, mas também poderá acrescentar mais popularidade ao Big City. Tenho certeza de que essa entrevista dará o dobro do resultado. 

_Então eu a farei - Felipe esboçava um sorriso.

_ Mesmo?

_ Não há razão para recusar.  É tempo de mudar a mim mesmo pelo bem das coisas com que me preocupo.

Michael concordava: 

_ Quer dizer que eu tenho razão?

_ Absolutamente. 

Felipe lhe dava um selinho:

_ O tipo certo de promoção, certamente é muito importante para a nossa campanha. 

_ Vou retornar agora mesmo a ligação para a emissora. Mas lembre-se de usar óculos escuro hein.

_ Por que?

_ Caso contrario todos ficarão atraídos por você.

Felipe que olhava sério, não resistiu em sorrir. Michael deixou a sala com a imagem de seu sorriso.
***

Aquele mesmo dia André se hospedaria na casa de Michael, a mãe de Michael se encantou pela educação e pela beleza do rapaz, que sempre tímido trazia em seu rosto o habitual sorriso:

_ Seja bem vindo a nossa casa André, meu filho me falou muito a seu respeito mas eu não imaginava que fosse tão bonito. 

_ Mãe, assim deixará o André sem graça, ele é tímido. 

_ Nada de timidez aqui ele está em casa, leve as coisas dele para o quarto do João, ele poderá dormir lá. 

_ Agradeço muito a hospitalidade. 

A mãe de Michael aplicava uma sessão de acupuntura no rapaz, André logo foi convidado a fazer uma sessão também:

_ Isso não doí?

_ Digamos que... só um pouquinho. 

_ Só um pouquinho? - André olhava desconfiado mas acabou concordando.

Eles se divertiram muito juntos, cozinharam, conversaram, riram, se comportaram como dois irmão, Michael se esforçava para proporcionar a André os melhores momentos, que foram todos registrados em fotografias. 
***

A noite Michael foi jantar com Felipe na casa de seus pais, eles haviam dito que tinham algo a dizer ao rapaz. 

Chegaram e a mãe de Felipe os levou para a sala onde ficaram conversando durante algumas horas. Thalia também estava por ali, mas o pai de Felipe tinha um sorriso definitivamente maravilhado no rosto quando foram para a mesa de jantar:

_ Michael eu pedi que viesse hoje por que tenho um presente para te dar?

_ Presente para mim?

O senhor estendia colocando a frente de Michael um estojo contendo um diamante:

_ É muito caro, eu não poderei aceitar.

_ A senhorita da loja me avisou que somente os diamantes são o símbolo de amor eterno, é por isso que eu comprei, é também muito adequado para um anel, então em breve se tornará um anel de diamante já que provavelmente se casará com o Felipe. 

Michael e Felipe se entreolharam:

_ Ele poderá ser usado para fazer o anel do noivados de vocês. 

Thalia reclamou:

_ Pai, eu pensei que você tivesse dito "ler nas entrelinhas", como pode propor isso ao Michael no lugar do mano?

_ Eu só estou sugerindo. Se eu fosse ele já teria dito "quer casar comigo", ops com o Felipe. 

Felipe se ajeitou na cadeira arregalando os olhos. Michael mordia o canto de seus lábios, enquanto a mãe e a irmã de Felipe sorriam: 

_ Agora que estão namorando o Felipe podia propôr agora. A benção de sua mãe e a minha vocês já tem. 

Felipe olhava para Michael com um sorriso. A mãe de Felipe interpôs:

_ Vamos deixar eles aproveitarem o jantar. Eles já sabem que nós os apoiaremos. 

Na despedida Michael dizia aos pais de Felipe.

_ Muito obrigado pelo jantar, foi tudo muito agradável, e novamente obrigado pelo presente. 

Já no carro Felipe não se aguentava e começava a rir:

_ Eu deveria ter filmado esse momento, meus pais nos deixaram em uma saia justa. 

_ É...

Felipe beijava Michael, tateando com os dedos a sua nuca. 
***

Kennedy acompanhava Vanessa em mais uma consulta pré-natal sob protesto da moça:

_ Você disse que agendou as consultas pré-natal para mim, o que está planejando... Essa criança não tem nada a ver com você. É o meu bebê.

Kennedy achava justo essa observação da moça, dada as circunstância do que ele havia lhe dito antes:


_ Sei disso, sei que não tem nada a ver comigo, eu também não posso ser responsável pelo futuro dele, seu futuro está em suas mãos, é só que...é minha responsabilidade ficar com você, até que essa criança nasça. 

_ Não entendo. Por que está fazendo isso?

_ Assim como também não entendo o porque quer manter essa gravidez.

_ Não importa o que... continua sendo uma vida. Eu não posso negar o direito de viver, e também tenho confiança de poder cuidar dele sozinha. 

_ Já que decidiu ter esse filho, você não precisa arcar com a responsabilidade de estar sozinha, eu estarei com você, por favor dê ao nosso filho um corpo saudável. 

Emocionada Vanessa fazia a primeira ultrassonografia, enquanto Kennedy era mais prático, anotava tudo o que o médico dizia:

_ Eu te enviarei as recomendações do doutor assim que arquivar elas em documentos. 

_ Você está fazendo isso por que deseja voltar a The Peak?

_ Está certa, eu quero voltar ao The Peak, mas eu também sei que fazer isso não me levará de volta para lá. 

_ Então porque está fazendo isso?

_ Eu só sinto que é algo que eu deva fazer. 

Confusa Vanessa o olhava, essa atitude de Kennedy fugia totalmente ao seu entendimento, sabia que ele não queria aquela criança, então por qual razão ele havia marcado as consultas e até a levado  para ver um médico para saber como estava o desenvolvimento da criança, havia hora que parecia que ele realmente se importava com essa gravidez embora suas palavras falassem ao contrário:

_ Vamos eu a levarei de volta ao seu escritório, lembre-se de se alimentar na hora certa, assim que eu arquivar as recomendações do médico lhe passarei por email. 

Nessa contrariedade de pensamento Vanessa seguia no táxi junto a Kennedy de volta ao escritório. 


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