O mundo de Aimée Bowen já não era o mesmo, após a perca do único homem que amou em sua vida. Desde então passou a viver apenas pelo trabalho, lutando contra a si mesma. Para muitos Aimée era uma mulher fria, que fazia tudo pra o sucesso de seus caso...
Ah os sentimentos. Sentimentos são tão traiçoeiros. Se me permite perguntar, você se lembra o momento exato quando deixou de amar alguém e passou a odiá-la? Ou quando começou a gostar daquela pessoa detestável? Provavelmente não. Sentimentos podem mudar por meio de uma longa transição, ou apenas deixar de ser o que era num instante. Assim estava eu me questionando sobre esses sentimentos, enquanto me encarava no espelho do banheiro do Dr. Reid. Porque aceitei subir até seu apartamento? Se eu tivesse recusado, ou apenas o mandado embora quando me abordou no parque eu não estaria agora no banheiro de um de meus agentes vestindo sua camiseta enorme. Tentei vestir o short, mas ficou ridiculamente grande que mal parava em meu quadril. Eu não vou sair desse banheiro. Só posso estar ficando louca.
Mas quando Reid apareceu ali em minha frente no parque e perguntou como eu estava e falando como louco, eu não quis que ele fosse embora. Pela primeira vez eu fiquei feliz por alguém me tirar de meus pensamentos odiosos. Contudo em minha defesa eu estava mal, por isso me encontro nessa situação.
Quando Reid me pegou pelo braço me puxando pela ruas só conseguia pensar em como aquele situação era engraçada, e o porque dele ter feito aquilo,primeiro ficou me encarando por segundos enquanto a chuva aumentava e parecia nem perceber e logo depois sai correndo. Não me importava com a chuva, não sei porque as pessoas corriam dela como se fosse algo horrível. É somente água que desce do céu para terra afim limpar todo sujeira do mundo.
Já fazia minutos que estava no banheiro sentada sobre a tampa da privada segurando minhas roupas molhadas, se eu continuar aqui elas vão secar nas minha mãos mesmo. Chega, hora de sair. Procuro por Reid na sala o chamando ele não estava. Escuto vozes próximo e sigo até onde era a cozinha. Ele estava em chamada de vídeo com alguém.
- Reid? – chamo fazendo se virar subindo seu olhar pelas minhas pernas até meu rosto, me sinto queimar com seu olhar, escuto um "Oh meu deus" do aparelho dele. Ele volta a olhar para a pessoa que começa a gritar. Só entendo um " é sua namorada?" Que louca!
- Está bem Garcia, tchau – Spencer diz apressado e desliga a chamada, ele estava muito vermelho.
- Atrapalhei?
- Não, não. Só uma amiga, com saudades.
- Onde coloco isso? – pergunto estendendo a roupa.
- Ah sim, vou colocar na secadora, pode sentar, já volto. – entrego para ele e observo o local. Os armários eram pretos, e somente o armário de cima da pia era de um tom verde claro. Havia algumas plantas suculentas no balcão da pia, e sobre a mesa redonda amarela no centro da cozinha, em volta havia quatro cadeiras de madeira. Acima da mesa caia uma luminária de teto com lâmpadas em formato de bolinhas. Pelo o que eu conhecia de Reid, aquela cozinha, na verdade o apartamento inteiro não tinha nada a ver com ele. Nem um pouco.
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- Pronto, só esperar um tempinho. – diz Reid adentrando o lugar. – Café? – pergunta já colocando uma xícara em minha frente, e a enchendo.
- Obrigada. Estou surpresa pela sua decoração. – início uma conversa.
