Capítulo 27. Demônios.

379 31 4
                                    

"Quando os dias estão frios
E as cartas já foram lançadas
E os santos que vemos
São todos feitos de ouro
...
Quando todos os sonhos fracassam
E aqueles que aclamamos
São os piores de todos
E o sangue para de correr
...
Eu quero esconder a verdade
Eu quero abrigar você
Mas com a fera dentro
Não há onde nos escondermos
...
Não importa o que fazemos
Ainda somos feitos de ganância
Este é o meu destino
Este é o meu destino."

Aimée Bowen.

Na maioria das vezes o mal está presente sob nossos olhos. Não o vemos, e quase não sentimos sua presença. Atua como um parasita que se alimenta de nossa felicidade. Que cresce em nós e nos consome lentamente. E quando menos esperamos ele ataca, desta vez como algo maior e por fim levando todo e qualquer oportunidade de restauração.

Quando estamos na linha de frente de uma grande destruição de nós mesmos. O que fazemos, recuamos ou atacamos? Será que estamos prontos para enfrentar o que está por fim? Novamente aconselho, ouça e veja atentamente. A verdade e todo o resto se esconde junto ao parasita. Em casos específicos nossa mente atua como o próprio parasita nos levando para o lado menos esplendoroso de nosso subconsciência. Entregue completamente à nossa própria loucura de autodestruição.

Acordo com um som irritante próximo a mim. Abro os olhos mas os fecho rapidamente por causa da claridade. Minha cabeça doía assim como meu braço, tento me mexer mas percebo que estou pressa. Estou sentada e meus braços estão para trás, provavelmente presa a própria cadeira. Abro os olhos lentamente. A minha frente não tinha nada a não ser uma escada que levava para cima.  Droga, minha cabeça doía demais.

- Olha só quem acordou. – escuto uma voz masculina atrás de mim. Tento virar a cabeça, mas ainda dói.

- Aimée, Aimée. Senti sua falta, sabia? – ele fala e passa os dedos pelo meu braço, e então reconheço a voz.

- Maldito! Me solta! – grito.

- Calminha. Ei. – ele fica de frente para mim. – Eu te avisei, Aimée. Você ainda iria cair. E veja só, caiu em meus braços. – fala rindo e pegando uma cadeira, colocando de frente a mim.

- Anthony... – sussurro seu nome e sinto uma raiva me invadir. – Você que matou Peter? Seu cretino! Maldito!

- Não, não matou não. – outro alguém responde e vejo uma silhueta feminina descer as escadas. – Francamente, Anthony Winters é incapaz de tomar alguma atitude. Eu o matei. – ela se aproxima de mim e posso ver seu rosto. Ela....

- Lena..

- Fico feliz que tenha me reconhecido. – ela alarga o sorriso e se abaixa ao meu lado. – Você está bem? Ainda está sangrando. Anthony, pega a caixa de primeiros socorros. – ela pede enquanto examinava minha cabeça. Winters se levando indo para algum canto do recinto.

Eu tentava assimilar tudo. Ela havia morrido. Helena está morta! Se isso é verdade como ela pode estar aqui na minha frente agora? Ela estava por trás disso? Sim, afinal acabou de afirmar que matou Peter. Pelos céus, Helena matou Peter mas por que?

- Você o matou.....- falo enquanto ela fazia um curativo em minha cabeça, já que estava ferida pelo apunhalada que levei mais cedo, me fazendo perder a consciência.

-  Eu te protegi. Te salvei daquele homem. – ela se irrita.

- Me proteger do que? Ser salva? Eu não precisava ser salva dele!

- Não seja estúpida. Aimée. – Anthony se intrometer e Lena se levanta.

- Me deixe a sós com ela.

- Não me dê ordens garota.

- Aguardei muitos anos por este momento, e quero tê-lo sozinha com ela.

Find MeOnde histórias criam vida. Descubra agora