Capítulo 11 - Emoções saltitantes

942 62 5
                                    

Spencer Reid

Estou sentado no chão respirando freneticamente enquanto Swarbrick vem em minha direção. No início da manhã ele havia me dito que pegaria leve no começo, porém não considero leve uma longa série de abdominais e flexões, e uma extensa corrida cronometrada, qual eu levei mais de 40 minutos para completar, por isso me encontro exausto no chão. tudo isso segundo ele, era o aquecimento para a luta corporal que tivemos a seguir, o que me levou todo restante de folego.

- Você se saiu bem, Reid. – Swarbrick diz em pé me estendendo a mão para me ajudar a levantar.

- Tenho certeza que não.

- É realmente, mas com meu treinamento você irá melhorar, doutor. Três vezes na semana até obter resultado. – fala me entregando uma garrafa de isotônico.

- Não irei beber isso. Isotônicos são apenas...

- Está bem, relaxa tem agua ali.– ele me corta- Acho melhor se trocar. Te vejo lá encima

Quando James se vira indo embora me jogo novamente no chão. Acho que não sinto minhas pernas.

- E Reid... – Swarbrick se vira novamente e me levanto apressado – A noite vamos nos reunir em um bar, sabe como é, sexta dia de aproveitar. Você deveria ir.

- Ah não, obrigado – Bar para mim é sinônimo de música alta, aglomeração de pessoas e álcool. Realmente não estou afim

- Qual é, vai ser legal. Todos vão até Aimée que nunca aparece disse que ia. Vai ser divertido

- Talvez eu vá.

- Certeza? - ele sorri.

- Eu disse talvez.

_______________________

Quando subi nenhum de meus colegas estavam em suas mesas. Meus colegas, era surpreendente como me acostumei rápido a chama-los assim. Elisabeth e Rolston ainda não chegaram. Me sento e percebo que havia um embrulho sobre a mesa. Eu não havia esquecido nada ontem. Abri e me deparo com um livro " A narrativa de John Smith, de Arthur Conan Doyle. Abro e encontro um bilhete com uma bela caligrafia.

" Sinto pela perda do seu livro naquela noite. Já sabia tanto sobre aquele, achei melhor te dar outro espero que goste desse."

Aimée Bowen.

Sorrio involuntariamente enquanto leio, fico encarando o livro em minha frente e me assusto quando Smith chega me chamando.

Já se passaram dois dias desde que Bowen esteve em meu apartamento. Mal a vi depois disso. Passei esse dois dias fugindo das ligações de Garcia. Sei muito bem o que ela queria conversar comigo. Garcia sempre fantasiosa, logo supôs que Aimée fosse minha namorada. Já deveria ter espalhado isso para os outros. Na verdade o que eu mais fiz desde que comecei a trabalhar aqui foi evitar as ligações de meus amigos, escapando de suas perguntas sobre a falsa pesquisa que eu estava fazendo.

Ao chegar em casa recebi uma ligação de Dave, por mais que eu quisesse recusar a chamada, acabo por atendê-lo. O que eu não devia ter feito, já que estava me convidando, não, na verdade me intimando para passar um final de semana com todos como anúncio oficial de seu noivado. Sim, David Rossi estava prestes a se casar, novamente. Se fosse só isso. Se Garcia não tivesse espalhado a todos que estou namorando somente por uma outra suposição mal feita, eu não me encontraria nesse situação. Dave achou uma brilhante ideia de levar a minha namorada tão comentada por Penélope.

Eu poderia ter negado tudo, explicado que não existia namorada alguma. Eu devia ter feito isso, mas não o fiz. Apenas permaneci imóvel ao telefone confirmando tudo. Não sei ao certo o que se passava pela minha cabeça. Mas a ideia deles pensarem que eu encontrei alguém aqui, que eu estava feliz seria mais reconfortante. Só depois analisei a situação, percebendo o erro que eu havia cometido. Confirmei que a moça que Garcia viu em meu apartamento era minha namorada. Mulher qual na verdades é minha chefe que nenhum deles sabiam já que não têm conhecimento da verdade de eu estar em Washington. Eu menti dizendo que minha chefe é minha namorada! Eu assinei a minha sentença e agora não sei como reverter a situação.

Find MeOnde histórias criam vida. Descubra agora