Capítulo 6 - Interrogatório

1K 60 2
                                    

Aimée Bowen

Quando a vida te dá uma nova chance pode decidir por aproveita-la ou simplesmente joga-la fora. A sua nova oportunidade pode ser entendida como seu amanhã. Um novo dia, logo uma nova chance ao nascer do sol. Mas seria correto dizer que a chegada da luz seja seu recomeço, estabelecendo que ao escurecer seu ciclo de novas chances acabe? É como se dissessem: "Recolham suas esperanças e energias, ao amanhecer recomeçamos" E em uma tentativa falha de restaurar aquilo que se foi perdido, todos se recolhem decepcionados com vida, tentando reconstruir aquilo que já foi perdido.

Ou pode entender como um aproveitamento geral sob qualquer circunstância, ao dia ou à noite, não terá fim. O recomeço será único e você só terá a possibilidade de seguir em frente com o que já foi construído. E Eu não costumo voltar para trás.

Caminho as presas pelos corredores do prédio, me a esquivando de Winters. Rolston havia me informado que Parker já havia chegado ao prédio. Entro no subsala de interrogatório, onde estão Rolston, Reid e Smith observando Parker através do espelho -Alguma novidade? - pergunto.

- Eu e Swarbrick fomos falar com ele, mas não fala nada, dês que chegou. – diz Rolston

- Claro que não, desgraçado. Mas irá falar. - murmuro

- Se me permitir posso falar com ele – Me pede Smith.

Céus, nem se eu estivesse louca.

- Não – ela abaixa a cabeça assentindo, tão sentimental – Eu entrarei sozinha.

- Swarbrick?- Questiono.

- Foi com a Carol verificar os arquivos encontrados com Parker.

- Rolston recolha os depoimentos dos homens de Parker.

O mesmo concorda saindo da sala e o acompanho, seguindo para o fim do corredor, já eu entro na sala ao lado me deparando com Parker com um curativo na nariz, sentado algemado a mesa. Ele quando me vê abre um sorriso irônico, observando eu me sentar.

- E então, Sra...

-Acho que não fomos devidamente apresentados, Jonas Parker.

- Viu? Tem vantagem sobre mim, sabe meu nome mas eu não sei o seu.

- Isso muda em alguma coisa?

- Não tenho costume de conversar com pessoas sem nome.

- Essa será a primeira vez então. Sabe o que eu quero não? Onde está Phelps?

- Desculpa, mas esse nome eu desconheço. - Sínico desgraçado.

- Vamos Parker sem enrolação, sabemos tudo sobre você.

- Mas parecem não saber sobre esse tal de. Como é... Ah Phelps. 

- Gosta de joguinhos. Sabe, eu também gosto, diria até que sou uma boa jogadora – ele vibra com falsa empolgação. – Mas digamos que hoje eu esteja com um pouco de mal humor.. – falo me levantando

- Mas que pena, deveria ter um pouco mais de humor na vida.

- Você acha? – coloco a mão em seu ombro

Find MeOnde histórias criam vida. Descubra agora