Capítulo 16. Alex?

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Aimée Bowen.

Deixe como estar. Tudo está bem, já esteve pior. Mostre seu melhor sorriso, seu olhar mais sedutor, apague as lembranças de sua memória por uma noite. Deixe ser, e se permita sentir. Não existirá mentiras, nem falsidades. Tudo é real, tudo é sincero, pois é de verdade cada segundo aqui.

- Okay, quantos idiomas você fala? Por que pelos meu cálculos já foram três. - Spencer perguntava rindo. Optamos ir em um restaurante italiano, minha paixão, não nego. Spencer estava disposto a fazer o máximo de perguntas possíveis, e eu respondia com a maior sinceridade.

- Oito! Além do inglês, ah falo português, espanhol, italiano claro, latim, russo, alemão, francês e arrisco no japonês, mas só um pouco.- respondo convencida.

- Uou, oito? Temos aqui uma hiperpoliglota. Sabia que o ideal é aprender outras línguas quando criança, por exemplo ao passar pela puberdade, os hormônios dificultam a reprodução de um sotaque mais autêntica. Várias pessoa que aprender idiomas mais velhos, por mais fluentes que sejam ainda carregam um sotaque, o mínimo possível mas estará presente. Isso ocorre porque, com o tempo, o cérebro parece "endurecer". Conforme crescemos, ele forma estruturas neurais confiáveis para orientar as ações que tomamos. É uma base de conhecimento que guia as experiências e responde às situações do dia a dia. À medida que mais estruturas neurais se formam, o cérebro perde flexibilidade. E ela é importante para aprender coisas complexas, como falar uma língua. Pesquisadores acreditam que os hiperpoliglotas conseguem prolongar essa plasticidade.

- É realmente, eu aprendi bem cedo era uma exigência deles, então..

- Deles? Seus pais eram rígidos quando a Isso? - Ao dizer isso, paro de sorrir e encaro o prato a minha frente. Não era um assunto que eu queria entrar.

- Desculpa, eu disse algo que não devia?

- Tudo bem, é só que... Meus pais morreram quando eu era bem pequena, não me recordo tinha 3 anos. Cresci em uma espécie de orfanato.. é quase isso. Se não se importa não quero falar sobre Isso.

- Não, está bem, desculpa eu não devia ter falado dos seus pais. Mas de qualquer forma tudo te trouxe até aqui, não? Porque agente? - Reid tenta amenizar a situação mas continua em um assunto desconfortante.

- Porque é a única coisa que eu sei fazer. Esquece você não entenderia.

- Poderia me fazer entender.

- E você porque agente?. - desconverso

- Acho que para usar oque eu sei de maneira que eu possa ajudar outras pessoas. Eu não sei essa pergunta é difícil.

- Viu? Um verdadeiro herói. O que seria se não fosse agente??

- Nem chego perto de ser um herói. Olha, tipo o que eu queria ser quando criança? - concordo - Não, acho que eu queria ser um astrofísico.

- Quando criança? Pelos céus, um completo Nerd. Acho que seria mais comum dizer "astronauta"

- E você?

- Eu teria uma floricultura.

- Essa já estava na ponta da língua né? Mas floricultura? Porque? É tão aleatório.

- Claro que não, adoro flores. O modo como representam felicidade e a perca. Flores são vida e morte. Ao mesmo tempo que cheiram a poemas de Fernando Pessoa cheiram a contos de Allan Poe. "As plantas não falam, não andam nem pensam, mas expressam a beleza natural que não há em nós!"

- Realmente é algo que eu jamais imaginaria.

- Acho que de todo turbilhão que já foi minha vida, eu só quero um pouco de tranquilidade. Aposto que sabe o significado de cada uma.

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