ROOM 316 • JIKOOK

1/24. She wants you back, Jimin.

Talvez, a partir daquele momento, as coisas começaram a dar errado.

Jimin não estava em lugar nenhum, literalmente. Sempre que eu ia o ver em seu quarto ele não estava, não o encontrava pelos corredores, muito menos em sua sala, o que era bem contraditório para alguém que ama estudar, ele não respondia minhas mensagens, muito menos as visualizava. Ok, poderia ser coisa da minha cabeça, talvez ele apenas queira tempo para entender tudo o que aconteceu, mas isso já se estendeu por uma semana. Uma tediosa semana sem meu loirinho.

Eu estava sim começando a ficar preocupado e com medo de que qualquer coisa tenha acontecido com ele, ele não aparecia, nem em seu quarto ele estava a tarde, muito menos me ajudou na aula de reforço, e de certo modo, eu me culpei por isso.

Fui precipitado demais em ter tocado Jimin tão cedo, provavelmente a gente precisava de um tempo para nós dois, nos conhecermos melhor, quem sabe eu tentar explicar sobre aquela aposta de merda que ficava martelando na minha cabeça, se conhecer, mas não, eu não consegui me controlar quando observei aqueles olhinhos curiosos e perdidos, o modo em que ele suplicava com o olhar, ele queria aquilo tanto quando eu; me lembrar dos gemidos do Jimin, do modo em que ele me apertava tentando extravasar todo o tesão que estava dentro dele, o modo em que me beijava, suspirava ou então quando ele revirava aqueles olhos que me deixavam perdidos, mostrando o quanto ele estava gostando de tudo aquilo. Não sou louco de não reconhecer que foi um dos melhores momentos da minha vida, era apenas eu e ele ali, eu tocando ele do jeito mais pecaminoso possível, mas que talvez para ele tivesse algum ''significado'', enquanto ele se entregava de um modo tão intenso e incompreensível, foi fora do normal, e eu precisava repetir, se esse loirinho aparecesse.

Infelizmente eu tive que me aliviar sozinho no meu quarto, com tudo que tinha acontecido ainda muito fresco na minha memoria, me dando assim o estimulo que eu precisava. Eu não poderia cobrar de Jimin alguma coisa, até porque muito provavelmente nem ele tenha entendido o que aconteceu, eu quero que ele tenha iniciativa, que ele queira por si só me tocar como eu o toquei.

Mas o fato dele não estar em canto nenhum reforçava a ideia de que talvez ele não tenha gostado, não do momento em si, até porque foi o primeiro orgasmo que ele teve na vida, sendo assim foi muito intenso para ele, mas toda a situação que ocasionou esse acontecimento. Ele poderia não estar pronto para lidar com a situação no outro dia, sabendo que eramos ''amigos''.

Eu passei essa semana inteira pensando, não só no que fizemos em meu quarto, mas sim na grande merda que eu tinha me enfiado. Aquela aposta. Yoongi estava muito distante de tudo aquilo, ele poderia estar planejando alguma coisa, tentando conhecer Jimin aos poucos e conseguir confiança, enquanto eu já estava beijando e masturbando o garoto, e isso me deixava um pouco chateado. Jimin não merecia passar por tudo isso, reconheço, sendo assim, e com esse pensamento, eu decidi que iria ir com mais calma dessa vez, tentar conhecer mais dele, das coisas que ele gostava, enfim, desvendar tudo o que Jimin era, eu precisava disso, não só porque tenho que ''ganhar'' de Yoongi, mas porque eu gosto desse loirinho e não quero ser um cuzão dessa vez, pelo menos dessa vez.

Decidi também que não iria falar para Yoongi sobre o que aconteceu, o que fizemos. Era algo tão íntimo e nosso, e só de pensar que eu falaria que toquei meu loirinho para alguém como Yoongi eu já me senti angustiado, Jimin não merecia esse tipo de exposição, ele foi tão comportado e carinhoso, de um jeito que talvez ninguém nunca será comigo. Parecia que ele queria aprender enquanto conhecia as reações do seu próprio corpo, foi engraçadado de certo modo, mas extremamente sexy, e talvez eu esteja mordendo os lábios nesse momento. Eu precisava achar esse menino, eu de fato estou enlouquecendo por estar tanto tempo longe dele, daquela boca macia e cheinha, daquele corpo modelado e pequeno, daquela pessoa que me deixava tão perdidamente confuso, de um jeito muito bom claro.