Capítulo 18

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Mari 🌻

Virei meu copo sentindo minha garganta arder e minha visão ficar turva.

Loiro: Bora parar de beber, Mariana.- Tomou o copo da minha mão.

Mari: Eu...me dá balinha, maconha, uma pedra, lsd, qualquer coisa que me faça ver ele.- Pedi chorando.

Um pouco mais de bebida e a saudades bateu.

Bateu não, espancou.

Meu irmão que tava cuidando de mim.

Loiro: Meu amor, não é assim.- Falou compreensivo, coisa que era muito difícil.- Vamos pra casa, vem.

Mari: Eu quero meu marido Yan.- Cobra chegou e me olhou com pena.

Cobra: Deixa eu levar ela pra casa.- Pediu pro loiro.

Loiro: Nem dá, só eu sei cuidar dela assim.

Cobra: Pode ser pô, mas eu já vivi isso! Eu sei como é perder alguém, eu vou cuidar dela, qualquer coisa eu aciono você, confie.

Escutei loiro suspirar e me entregar pro Cobra após me dar um beijo na testa.

{...}

Depois dele me ajudar a tomar banho, aguentar minhas crises de choro, eu tava deitada com uma blusa do Luan e ele sentado do meu lado fazendo carinho no meu cabelo.

Mari: Eu quero o meu Luan.- Ele suspirou.

Cobra: Vou te contar um baguí aí.- Se ajeitou na cama.- Faz uma cota já, eu tinha uma fiel, quer dizer, eu sempre fui aberto pro povo e tal, se eu gostava na novinha, eu chegava junto. Eu tinha várias fiéis, por semana pô, sem caô! Mas teve uma que eu passei mais de dois dias com ela.- Eu ri baixinho.- Enfim, eu comecei a curtir ela mesmo pô, mas ela morreu no confronto.

Mari: Você fala isso de uma forma tão...- Ele riu me interrompendo.

Cobra: Fria? Não pô, isso foi o mesmo confronto que eu perdi meu morro, eu chorei, fui contra, fiquei muito mal, namoral! Mas aí, a vida não para cara, tu acha que o falecido Lima ia querer te ver assim? Ele quer ter ver feliz, sorrindo, mostrando que você é mais forte que isso, que você vai vencer isso!

Eu fiquei calada enquanto as lágrimas desciam.

Vi os olhos dele brilharem, várias lágrimas se juntarem.

Ele passou a mão no rosto e eu suspirei.

Mari: Liga o ar, desliga a luz e deita aqui.- Pedi baixinho.

Cobra: Nós vai acabar confundindo as coisas.- Neguei com a cabeça fechando meus olhos.

Ele respirou fundo e fez o que eu pedi, deitei a cabeça no peito dele e ele começou a fazer carinho.

Mari: Obrigada.

Cobra: Nunca mais bebe, tu fica mó insuportável.- Eu sorri.

Por um ato impulsivo.

Ou por querer.

Eu passei a mão pelo rosto de dele levantando a cabeça pra olhar pra ele.

Ele segurou minha nuca e ficou fazendo carinho com o polegar.

Aproximei nossas bocas e ficamos roçando ela por um tempo, ele tomou a iniciativa do beijo fazendo nossas línguas se encontrarem em um beijo calmo.

Cobra: Mari...-  Sussurrou separando nossas bocas, dei um selinho demorado nele.

Mari: Amanhã não iremos lembrar de nada, só dorme.-Me abracei o corpo dele.

Cobra: Você pode não lembrar, mas eu sim.- Falou baixinho e beijou minha cabeça.

Ótima frase pra confundir minha mente.

Meus olhos pesaram e a última coisa que eu me lembro foi dele me abraçando fortemente.

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Querem narração de quem?

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