Juliana 🐲
Sorri ao me ver com dúvida entre os nomes do bebê.
Heitor: Se for menino pode ser Henrique pô.- Comentou alisando minha barriga.
Ju: E menina? - Olhei pra ele.- Eu gosto de Luara, iria combinar, Luan, Lorena e Luara.
Heitor: Um nome diferente.- Sorriu.- Pode ser, Luara ou Henrique.
Ju: Tomara que seja menina pra você pagar todos teus pecados.- Murmurei me ajeitando no sofá.
Heitor: Ah, cala a boca. Vai ser um menino, meu pivete.- Falou todo bobão.
Revirei os olhos.
Eu estava de dois meses, minha barriga nem era muito visível ainda.
Mas já era um dengo.
Ju: Tá, você já pode ir pra casa.- Comentei olhando a hora.
Heitor: Colfoi? Tá esperando alguém por acaso? - Assenti.
Ju: Alex.- Ele me encarou como se fosse a coisa mais anormal do mundo.
Estamos em paz pelo bebê.
Eu ainda tenho vontade de atirar na cara dele.
O Alex é um boy maravilhoso, trabalha em um lava jato aqui do morro.
Não é envolvido e é engraçado demais!
Heitor: Tu não vai cara, não vai.- Fez menção de segurar meu braço, mas antes dei dois tapinhas na mão dele.
Ju: Tá, vou ficar aqui olhando você ficar andando pra cima e pra baixo com piranha.- Ele deu um sorrisinho.
Heitor: Caô, faz mais de uma semana que eu não saio com ninguém.- Deu um beijinho no meu ombro.- Vai Ju, fica aqui comigo.
Ju: Eu não.- Tava quase aceitando.
Heitor: Ô, eu desligo o celular, o raidinho e coloco tudo lá no quarto, pode ser? - Balanço ambos.
Aí Juliana, lembra que ele teve diversas oportunidades.
Ju: Porque quando eu te pedia pra fazer isso, tu antigamente negava até a morte? Agora que perdeu quer voltar atrás.
Heitor: É isso mermo ué, não dizem que tem que perder pá dá valor? Tô errado em querer voltar atrás dos meus erros? - Me levantei.
Ju: Sim cara, quantas chances eu já te dei? Porra..- Ele segurou minha mão e me puxou.
Cai no colo dele e ele me beijou.
Resiste Juliana.
Resiste....
Ah mas tá tão bom.
Envolvi minhas mãos no pescoço dele e aprofundei o beijo.
Heitor: Fica aqui comigo pô.- Acariciou meu cabelo.
Ju: Com o Alex.- Lembrei.
Posso jurar que por um momento, ele me olhou triste.
Qual é?
Tanto que eu pensei nos outros, tô precisando mais de mim ultimamente.
Ele me tirou do colo dele e saiu.
...
Alex: E aí gatinha.- Me deu um selinho.
Ju: Oi Alê.- Sorri e ele me ajudou a subir na moto.
Ele tava todo arrumando, calça jeans, blusinha da lascoste azul marinho...
Enquanto eu tava de short jeans, um cropped estrelado e meu cabelo em ondinhas.
Ju: Vamo pra onde? Cê tá todo gatão.- Comentei rindo.
Antes de ligar a moto ele me olhou.
Alex: Vou te levar pro restaurante da sul, na praia.- Sorri.
Caralho, eu amo lá.
Mas é muito caro.
Uma água, quase dez reais.
Ju: Não bê, vamo comer em um lugar que tenha os preços mais leves, não precisa gastar todo teu dinheiro comigo.- Ele negou.
Revirei os olhos e coloquei o capacete, ele colocou o dele e deu partida quase que voando me fazendo agarrar a cintura dele.
Paramos na praia e eu desci toda descabelada, entreguei o capacete a ele e ajeitei meu cabelo.
Alex: Continua mó linda.- Desceu da moto jogando a chave no pescoço,
Ju: Ata.- Fiz careta e ele segurou minha mão.
Alex: Caralho, custa quando só pra entrar? - Falou vendo o restaurante e eu ri.
Ju: Por isso que vamos comer naquela barraquinha ali, vem.- Sai puxando ele.
Alex: Não Ju, juntei o dinheiro pá nós.- Neguei.
Ju: Aqui a comida é mil vezes melhor, sério! Ali tudo é só caô, a comida nem é boa comparada a uma bela coxinha. Cê sabe que não importa o lugar quando a companhia é maravilhosa, né?
Alex: Tu é foda.- Me abraçou por trás.
Pedimos pastel e caldo de cana.
Tem algo melhor?
Alex Marques, 19 anos.
É o último capítulo do dia, tenho prova de matemática amanhã, S O C O R RO
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Recomeço.
Teen FictionNo Vidigal ||| "E quando tudo for escuridão, serei a sua luz..."