Heitor 🔪
Aí eu via ela, a única coisa que passava na minha mente é que eu tinha perdido ela.
Eu sou um fraco.
Puta que pariu, porque eu não larguei a Juliana quando ela pediu?
Mina é só atraso.
Eu não aguentava mais ter ela tão perto e ao mesmo tempo tão longe de mim.
Mas pelo menos ela tá feliz.
Juliana: Branquinho, precisamos conversar.- Apareceu na laje.
Heitor: Manda o papo.
Ju: Eu tô grávida.- Continuei olhando pro movimento do morro.- Não vai falar nada? Eu não posso criar ele sozinha, eu não tenho condições.
Heitor: Aí garota, papinhi torto do caralho! - Olhei pra ela que abriu mó olhão.- A última vez que eu te comi foi há uns 5 meses atrás, mas cê é burra ein! Sabe nem Inventar os bagulho.
Ju: Não...mas..no dia...- Falou toda embolada.
Heitor: Mano, sai dá minha casa.- Me levantei da cadeira, ela ia falar mas eu cortei.- Só digo isso, se eu voltar e tu ainda tiver aqui, vai ficar carequinha,
Ju: Como eu vou levar minhas coisas?
Heitor: Suas? - Debochei.- Tu tirou 1 real do bolso pra comprar? Se quando eu voltar, tiver de bom humor, eu jogo uns bagulho no teu barraco.
Ju: Você não pode fazer isso comigo...
Deixei ela falando sozinha e desci da laje indo pra rua.
Já era de noite já.
Fui caminhando sem rumo, quando cheguei perto da casa principal, vi uma morena sentada na calçada de frente, chorando.
Heitor: Bia? - Cheguei perto dela e ela me olhou.
Bia: Quem tá com a chave? - Apontou pra casa.
Heitor: Tá na salinha, mas tem uma porta aberta, tu quer entrar? - Agachei na frente dela.
Bia: Eu quero...eu não sei.- Estendi a mão pra ela.
Heitor: Eu vou com você.- Ela me olhou se levantando.
Nesses momentos assim da Bia, ela não precisa de muito.
Só um abraço que diga que vai ficar tudo bem.
E eu sempre fui isso dela, esse abraço.
Os vapor olharam tudo curioso, abri o portão principal e na hora que ela viu o jardim começou a soluçar.
Heitor: Você não precisa fazer isso.- Ela negou.
Bia: Eu preciso.- Sussurrou.
Suspirei e entrelacei nossos dedos.
Neste momento eu não pensei em outra coisa a não ser, ver ela bem.
Fui caminhando com ela até a porta da cozinha que tava aberta, assim que entramos ela caiu de joelhos e começou a chorar.
Heitor: Calma pô.- Me baixei do lado dela passando a mão no rosto.- Eu sei que você quer superar isso, mas esse não é o momento.
Bia: Eu sei, mas eu tô com tantas saudades.- Desabafou.
Heitor: Vamos, eu vou te levar pra tomar um sorvete e você vai se acalmar, você só volta aqui quando se sentir pronta, jaé? - Ela assentiu fungando.
Levantei ela junto comigo e ela me abraçou de lado colocando a cabeça no meu peito.
Que saudades disso.
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Meu Recomeço.
Teen FictionNo Vidigal ||| "E quando tudo for escuridão, serei a sua luz..."