Capítulo 86

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Provavelmente o livro irá acabar no capítulo 90.

Gaspar 👻

Joguei o álcool pelo corpo dele fazendo ele gritar de dor.

Saulo: Para...foi mal, irmão...é meu trabalho.- Empurrei a faca que tava na perna dele mais pra dentro.

Gaspar: Também trabalho com a merma coisa, mas nem por isso saio estuprando a mina dos outros.- Peguei o isqueiro e o álcool.- Ainda mais, a minha mina.

Saulo: Eu..eu tenho família.- Falou todo embolado.

Gaspar: Tu agradece por eu não matar ela na tua frente.- Ele me encarou negando.- Mas diferente de tu, eu sou sujeito homem, não preciso envolver gente inocente pra cobrar erro dos outros.

Cobra: Bora cara, agiliza.- Tomou o galão de gasolina da minha mão e jogou nele.

Ele gritava pedindo pra que parasse, eu tava pique coringa.

Liguei o isqueiro e joguei no corpo dele vendo o fogo subir e meu sorriso ficar maior ainda.

Não vai mudar o que aconteceu mas foi vingado!

Gaspar: Cadê o outro? - Perguntei pro cobra que olhava o corpo pegando fogo.

Cobra: Matei.

Gaspar: Qual é cara? Eles eram meu, porra!

Cobra: Tu é maluco cara, lembra da Bia, quando tu começa tu não consegue mais parar, fica suave, não quero tu machucando ela, nem ninguém que não tenho vacilado.

Passei a mão no cabelo.

Eu tava bolado mas sabia que era verdade.

Agora eu não viva só por mim.

Pela Bia e meu irmão também.

Mermo que matar seja um bagulho prazeroso pra caralho, eu não posso sair da linha.

Não posso machucar ninguém.

Ninguém inocente no bagulho, claro!

...

Bia: Mô, pega água lá.- Pediu e eu soltei o celular.

Gaspar: Pra que?

Bia: Jogar na tua cara, Renan.- Me levantei.

Gaspar: Grossa! - Ela mandou dedo e eu sair do nosso quarto.

Peguei água pra ela e um pacote de treloso pra mim.

Bia: Preciso de outra cartela.- Murmurou tirando o comprimido do negócio lá.

Gaspar: Isso é o que? - Me joguei na cama ligando Netflix.

Bia: Anticoncepcional.- Colocou o copo na bancada e se jogou do meu lado.

Gaspar: Tu toma pra que? Deixa fluir, se for pra vim pivete vem, se não, não vem, ué.- Ela colocou a cabeça no meu peito.

Bia: Não quero filhos, não agora. Eu vejo minhas amigas tudo de barriga, dá até vontade, mas vejo também que a elas vão perder boa parte da vida, quando tiver rolê, nenhuma vai, vai ficar cuidando do filho. Isso não é pra mim, temho 19 anos ainda, a gente tem muita coisa pra viver.- Sorri.

Gaspar: É foda quando tu me coloca nos teus planos, bagulho lindo! - Ela riu.

Bia: Mas né não? Poxa, quero que a gente case, more juntos, uma pá de coisas, a maioria dos meus planos tem você junto.

Gaspar: Se tu não é o amor da minha vida, ninguém mais é.- Mordi a orelha dela.

Bia: Te amo, viu!? - Me olhou.

Gaspar: Então vem morar comigo.- Pedi de novo.

Bia: Porque tu não vai morar comigo?

Gaspar: Por que eu não quero largar o tráfico daqui, pô.

Bia: Não largaria nem por mim?

Gaspar: Aí Bea, por tu eu largo qualquer coisa, com tu do meu lado, eu topo fugir pra em longe e começar do zero, mermo sabendo que a gente nunca vai ter paz e tal.

Bia: Se você se entregasse, quantos anos mais o menos?

Gaspar: Até minha morte, tá achando que eu sou bagulho bom é? 244, 155, 157, 153, 147, 144 e mais uma pá de coisas nas costas pô.

Bia: Que coisa.-Murmurou.- Mas eu nunca te pediria pra largar o tráfico, no máximo, se afastar por um tempo, não ir peitar todas as missões e essas coisas, sei que quando a pessoa entra no tráfico, ele se torna uma coisa permanente na vida da pessoa e tal.

Gaspar: Por isso que tu é minha mulher, entende direitinho!

Ela sorriu e eu beijei ela.

Ela colocou um filme e nós foi passar a noite assistindo vários bagulhos aí.

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