Capítulo 76

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Heitor 💣

Roubei um selinho dela fazendo ela revirar os olhos.

Heitor: Tu tá acabada.- Comentei e ela me empurrou pra fora colocando o óculos.

Bia: Sério? Vai tomar no cu.

Heitor: Não vou deixar tu se acabar, muito menos por macho.- Abracei ela de lado.

Bia: Cadê a moto? - Neguei com a cabeça.

Heitor: Bora andando.

Ela bufou e amarrou o cabelo em um coque.

Por onde a gente passava, geral falava.

Ela ignorava.

Entramos no mercadinho, peguei o carrinho e fui seguindo ela.

Bia: Primeiro os doces.- Assenti.

Ela colocava todo tipo de doce no carrinho.

Heitor: Ela tá grávida, não pode comer isso tudo.- Ela me olhou.

Bia: Ela não, mas eu posso.- Continuou jogando as besteiras.

Depois fomos pra sessão de bebidas.

Heitor: Ela...- Ela me interrompeu.

Bia: Ela não pode beber, mas adivinha? - Colocou vodka, cerveja, whisky e uma pá de coisas.

Na hora de pagar, eu paguei e fomos carregando as sacolas.

Filó: Lanterninha, o Gaspar tá aí querendo falar contigo.- Ela olhou pro outro lado.

Bia: Avisa que eu tô ocupada, se ele quiser, me procura de noite.

O cara assentiu e saiu, levei tudo pra casa dela.

Heitor: Como vai ser o bagulho? - Perguntei olhando ela guardar o que eu comprei pra ela.

Bia: Você vai tá lá na casa dela esperando ela chegar, com isso, as flores e o resto das coisas, daí é só você falar o que sente por ela.- Abriu um pacote de chocolate.

Heitor: Vou comprar os bagulhos contigo.

Bia: Tô nem aí se tu for preso.- Eu ri.

Essa menina tá insuportável.

Eu amo.

Ela foi se arrumar e eu fiquei tomando a cerveja.

...

Ela voltou com os cabelos lisos, um short jeans e uma blusa masculino preta pólo.

Um tênis branco no pé e mó cheirosa.

Heitor: Agora sim, boto fé.- Brinquei.

Bia: Se você fizesse alguma gracinha...- Levantou a blusa mostrando a oitão.

Heitor: Ou maluca, deixa isso.

Bia: Se os bota chegar na gente, não vou deixar você sozinho e muito menos ser preso.- Sorri negando.

Maluca é ela.

Ela pegou a chave da moto e saímos, eu fui levando enquanto ela tava deitada nas minhas costas e o cabelo dela voava.

Eram umas 10h29 da manhã, geral na rua da quebrada.

Tinha pegado meu dia de folga pra finalmente me juntar de vez com a Juliana.

Outra maluca.

Tinha medo do que ela podia fazer se encontrasse com a Melinda e tivesse com essa arma.

Compramos vários bagulhos na rua, coisas pro pivete e coisas que a Ju gostava.

Bia: Uma bela terça-feira só começa bem com um belo tiroteio.- Falou olhando pra trás.

Olhei pro carro da polícia que mandava parar.

Beatriz boca de praga.

Heitor: Fica quieta, pode ferir inocente.- Acelerei.

Bia: Sou boa de mira.- Tirou a arma da cintura.

Nesse momento os polícias se alertaram, ela deu um tiro no pneu que fez o carro virar enquanto ela ria.

Heitor: MALUCA.- Gritei entrando num beco pra chegar no morro.

Bia: Tava com saudades de quando eu fazia os corres.- Neguei.

Gg: Vocês escutaram? - Perguntou um dos vapores da barreira assim que nós encostou.

Heitor: Foi a lanterninha, sem caô.- Enquanto ela ria, geral olhava pra ela.

Parei na casa dela e ela desceu, primeira vez que ela sorri assim em dois dias.

Bia: Valeu.- Beijou minha bochecha.- Vê se não magoa a Ju.

Heitor: Capaz dela me magoar.- Ela colocou a moto pra dentro e eu sai carregando as sacolas.

A surpresa seria só de noite, então já fui organizando.

Meu Recomeço. Onde histórias criam vida. Descubra agora