Heitor 💣
Roubei um selinho dela fazendo ela revirar os olhos.
Heitor: Tu tá acabada.- Comentei e ela me empurrou pra fora colocando o óculos.
Bia: Sério? Vai tomar no cu.
Heitor: Não vou deixar tu se acabar, muito menos por macho.- Abracei ela de lado.
Bia: Cadê a moto? - Neguei com a cabeça.
Heitor: Bora andando.
Ela bufou e amarrou o cabelo em um coque.
Por onde a gente passava, geral falava.
Ela ignorava.
Entramos no mercadinho, peguei o carrinho e fui seguindo ela.
Bia: Primeiro os doces.- Assenti.
Ela colocava todo tipo de doce no carrinho.
Heitor: Ela tá grávida, não pode comer isso tudo.- Ela me olhou.
Bia: Ela não, mas eu posso.- Continuou jogando as besteiras.
Depois fomos pra sessão de bebidas.
Heitor: Ela...- Ela me interrompeu.
Bia: Ela não pode beber, mas adivinha? - Colocou vodka, cerveja, whisky e uma pá de coisas.
Na hora de pagar, eu paguei e fomos carregando as sacolas.
Filó: Lanterninha, o Gaspar tá aí querendo falar contigo.- Ela olhou pro outro lado.
Bia: Avisa que eu tô ocupada, se ele quiser, me procura de noite.
O cara assentiu e saiu, levei tudo pra casa dela.
Heitor: Como vai ser o bagulho? - Perguntei olhando ela guardar o que eu comprei pra ela.
Bia: Você vai tá lá na casa dela esperando ela chegar, com isso, as flores e o resto das coisas, daí é só você falar o que sente por ela.- Abriu um pacote de chocolate.
Heitor: Vou comprar os bagulhos contigo.
Bia: Tô nem aí se tu for preso.- Eu ri.
Essa menina tá insuportável.
Eu amo.
Ela foi se arrumar e eu fiquei tomando a cerveja.
...
Ela voltou com os cabelos lisos, um short jeans e uma blusa masculino preta pólo.
Um tênis branco no pé e mó cheirosa.
Heitor: Agora sim, boto fé.- Brinquei.
Bia: Se você fizesse alguma gracinha...- Levantou a blusa mostrando a oitão.
Heitor: Ou maluca, deixa isso.
Bia: Se os bota chegar na gente, não vou deixar você sozinho e muito menos ser preso.- Sorri negando.
Maluca é ela.
Ela pegou a chave da moto e saímos, eu fui levando enquanto ela tava deitada nas minhas costas e o cabelo dela voava.
Eram umas 10h29 da manhã, geral na rua da quebrada.
Tinha pegado meu dia de folga pra finalmente me juntar de vez com a Juliana.
Outra maluca.
Tinha medo do que ela podia fazer se encontrasse com a Melinda e tivesse com essa arma.
Compramos vários bagulhos na rua, coisas pro pivete e coisas que a Ju gostava.
Bia: Uma bela terça-feira só começa bem com um belo tiroteio.- Falou olhando pra trás.
Olhei pro carro da polícia que mandava parar.
Beatriz boca de praga.
Heitor: Fica quieta, pode ferir inocente.- Acelerei.
Bia: Sou boa de mira.- Tirou a arma da cintura.
Nesse momento os polícias se alertaram, ela deu um tiro no pneu que fez o carro virar enquanto ela ria.
Heitor: MALUCA.- Gritei entrando num beco pra chegar no morro.
Bia: Tava com saudades de quando eu fazia os corres.- Neguei.
Gg: Vocês escutaram? - Perguntou um dos vapores da barreira assim que nós encostou.
Heitor: Foi a lanterninha, sem caô.- Enquanto ela ria, geral olhava pra ela.
Parei na casa dela e ela desceu, primeira vez que ela sorri assim em dois dias.
Bia: Valeu.- Beijou minha bochecha.- Vê se não magoa a Ju.
Heitor: Capaz dela me magoar.- Ela colocou a moto pra dentro e eu sai carregando as sacolas.
A surpresa seria só de noite, então já fui organizando.
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Meu Recomeço.
Teen FictionNo Vidigal ||| "E quando tudo for escuridão, serei a sua luz..."