Capítulo 36

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Rayanne 👸

Pela primeira vez me vi chorando.

São hormônios, não me julguem.

Antônio: Para com isso.- Falou baixinho me abraçando.- Tu vai morrer na dúvida? Vamo voltar mãe, por favor...

Ray: Não me confunde menino, eu vi eles saindo juntos...

Antônio: Rolou beijo? Eu tava lá também e não vi nada disso... eu te amo, mas também amo meu pai e meus irmãos.

Ray: Que irmãos? Um tá aqui e lá só tem outro.

Antônio: Pedro, Heitor, Bia, Gaspar, Luna e uma pá de gente.- Sorri passando a mão no rosto.

Nessas 3 semanas, ficamos no apartamento do Vale.

Na primeira semana sozinhos, depois ela voltou com o Biel e ficamos nós 4.

Segurei na mão do pivete que eu amo e fui puxando ele pra fora do aeroporto.

É Orlando, não é hoje que você vai ter a minha presença maravilhosa aí,

***

Gaspar 👻

Cobra: Quer dizer que tu ainda não contou do Caique? - Balancei a cabeça e ele deu um tapa na minha cabeça.

Gaspar: Você não contou das tuas crias por aí pra Mari. O Caique é meu irmão pô, geral sabe que se pegar ele, atinge nós dois, vou sair cotando pra quem perguntar?

Cobra: Meu lance com a Mari é diferente, a gente não tem nada sério.

Gaspar: Mas se tu quer a confiança dela, tem que ser purão com ela pô. Tá ligado que eu gosto mermo da Bia, eu nunca que vou levantar a mão pra ela, eu posso até brincar e apertar ela um pouco e pá, mas se machucar, ela vai tá na razão de revidar.

Gaspar: Tipo hoje pô, fiquei puto com a história do branquinho, apertei ela um pouco e a filha da porra lascou o tapão em mim.- Ele riu.- Eu não tive vontade nenhuma de revidar, papo reto. Eu ia era fazer cócegas naquele projeto de gente.

Cobra: Eu sei que tu não ia machucar ela, tu gosta dela de uma forma que eu nunca vi, fica todo lombrado com ela e pá. Mas papo de futuro, só espero que tu não machuque ela, nem fisicamente quanto emocionalmente.

Gaspar: Se fosse pra fazer merda eu já tinha feito, ela fecha comigo e eu tô fechando com ela também.- Ele sorriu me abraçando.

***

Caique: Irmão.- Largou os brinquedos e veio pro meu colo.

Sorri abraçando ele.

Caique é o meu moleque.

Os lixo que ele chamava de pais, abandonaram ele na minha mão.

Com 2 anos de idade.

Agora me fala pô, eu, subdono do tráfico do chapadão, ia ter condições de criar?

Não, mas mermo assim não larguei de mão.

Arrumei uma tia pra cuidar dele e até hoje tá aqui comigo.

Não conto pra ninguém dele, só quem sabe é o Filipe.

E quem vai saber é a Bia.

Por isso que quando ela falou que tava grávida, eu falei "mais um"

Eu não tenho cria pela favela não.

Meter sem o piru tá encapado, dá errado.

Mas ia ser mais uma cria que eu teria que esconder.

Geral quer me atingir e atingir o cobra.

Sabe que se mexerem em qualquer coisa de algum de nós dois, mexe com os dois.

Gaspar: Diz, brodi.- Fiz toque com ele.

Hoje em dia moleque tá com 7 anos, firmeza que só ele.

Caique: Me falaram que você tá de fiel.- Fiz uma careta.

Gaspar: Ainda não é oficial, mas eu tô! Ela é a mulher da minha vida, tá ligado? - Ele sorriu mostrando a banguela.

Caique: Como ela é? Ela é legal? Eu quero conhecer ela.- Revirei os olhos.

Gaspar: Um proceder de cada vez, jaé? - Coloquei ele no chão.- Ela é linda, a mulher mais linda que tu vai ver na tua vida, ela é mó legal, ela te abraça e te enche de beijo, até mermo quando tu não quer.

Gaspar: É um mulherão, aquelas mulher que qualquer deseja ter, tá ligado? Mas só tu tem! - Ele sorriu.

Caique: Você tá apaixonado.- Falou baixinho.

Gaspar: É pô, tô mermo vacilão.- Taquei um urso nele.- Mas fala tu, amanhã tu vai conhecer ela.

Caique: Tá certo, mas você vai dormir comigo hoje, não é? - Joguei minha língua pra fora deitando no sofá.- Por favor, faz tempo que você não fica comigo.

Gaspar: Mentira moleque, nem 2 semanas.

Caique: Muito tempo ue, eu só tenho você, então você tem que ficar sempre do meu lado.

Gaspar: Tu fala pra porra né? - Ele fez legal com a mão.

Chamei a mulher que cuida dele e pedi pra ela organizar as comidas pra nós.

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