Meu Recomeço.

Capítulo 55

Cobra 🐍

Mari: Muita criança.- Falou se abanando e eu ri vendo isso.

Cobra: O que eu falei? - Ela me encarou.

Mari: Ajuda nego.- Falou manhosa.

Cobra: Ou moí de pirraí.- Falei alto e firme, eles pararam de bagunçar e olharam, menos a Luna que continua brincando com uma mini cara de deboche.- Senta todo mundo aí.

Eles sentaram me olhando com medo e curiosos.

Mari: Tá surda Luna? - Colocou as mãos na cintura.

Luna: Tô com fome.- Falou passando a mão na barriga.

Mari: Senta aí, filha.- Pediu e ela sentou no sofá, longe dos meninos.

Encarei ela que mandou língua e eu cerrei os olhos mandando dedo.

Colé.

Pirralha tem nem 3 anos.

Cobra: Cês percebeu que não tão em casa né? Bora respeitar aí, seus maluco. Quero um por um dizendo o nome e a idade, educadamente.

Michael: Michael, 6 anos.- Levantou a mãozinha.

Douglas: Douglas, 6 anos.

Wendel: Wendel, 4 anos.

Caio: Caio, 7 anos.

Paulo: Paulinho, 3 aninhos.- Mais amostrado.

Joaquim: Joaquim, 10 anos.

( Obs: Vão ser só 6 porque eu não vou conseguir lembrar os nomes e eles vão ser importantes mais pra frente.)

Caique: Caique, 7 anos.

Cobra: Os meus filhos pivete, tu não. Ela já te conhece.- Bati na cabeça dele.

Mari: Tá, não decorei.- Rolei os olhos.

Cobra: Com o tempo vai, relaxa.

Michael: Ela é sua namorada, pai? - Metido do caralho.

Cobra: É pô, eu apresento vocês a qualquer um?

Wendel: Mas e o tio Gaspar? - Eu ri, escutei passos e virei vendo o fantasma.

Gaspar: Pirralho ingrato, eu deveria te jogar no lixo.- Mandou dedo.

Mari: Tá, tudo bem. O que vocês querem fazer? - Sentou no sofá.

A maioria falou brincar.

Luna: Quero ficar com a senhora.- Falou toda embolada e baixinho só pra Mari ouvir.

Gaspar: Quer ir ver a Bia comigo, Luninha? - Se agachou na frente dela.

Ela pulou no colo dele e isso foi um sim, fiquei com a Mari cuidando dos menor.

Eu dormia, ela cuidava.

***

Bia chegou e sentou na sala, com o Gaspar e Luna do lado.

Cobra: Calor da porra desse, mulher.- Beijei a cabeça dela.

Bia: Tô bem.- Neguei com a cabeça.

Segurei a mão dela e puxei ela pra varanda.

Cobra: Isso é medo não é? - Ela olhou pra baixo.- Eu sei que é difícil pra tu, mas eu tô aqui, do teu lado! Posso ser aquele tio maravilhoso tá ligado? Tanto faz pô, mas eu posso ser teu amigo também. Eu, o Gaspar, teu irmão e uma pá de gente, não vai deixar nada te acontecer, nunca mais!

Bia: Toda vez que eu fecho os olhos...- Me olhou com os olhos cheios de lágrimas.

Cobra: Por mais que doa pra caralho em tu, todo mal já passou. Pode fechar os olhos, confia em nós, jaé piveta? -  Ela assentiu e eu beijei a testa dela.

Fiquei conversando mais com ela até ela se sentir segura, no possível.

Cobra: Achei essa bruxa na varanda, alguém quer ela de presente? - Entrei com ela do meu lado.

Gaspar: A bruxinha mais linda da minha vida.- Fiz uma careta e ele veio pra cima dela.

Bia: Mais linda e única.

Gaspar: Sim pô.- Beijou a cabeça dela.

Revirei os olhos, quero só ver as idéias do Gaspar.