CAPÍTULO 21

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POV: MANUELA

APÓS a visita há minha tia Derek me levou de volta para casa. Para casa. Minha casa. Penso que deva ser melhor eu começar à aceitar a realidade que me rodeia, Derek não pretende me deixar sumir. Tia Anelise não questionou nada, simplesmente, aceitou tudo que ouviu.

Talvez seja melhor eu aprender à aceita - lo, a te - lo por perto.

Passei a tarde toda pensando em uma forma de ficar ao seu lado, de começar a nos aproximar como... Como... Um casal?

Pela hierarquia de lobos, acho que quando um lobo encontra sua companheira eles automaticamente se tornam um casal. Sendo assim, tentarei me aproximar dele.

Seus olhos revelam sentimentos para mim.

Olho as horas no despertador vendo que preciso me arrumar para jantar na casa de minha tia. Não faço ideia do que Derek irá dizer à minha tia. Pego um conjunto de saia e blusa, um saltinho baixo, brincos pequenos. Depois do banho fiz uma maquiagem simples básica, e deixei os cabelos soltos.

Fui para a sala onde encontrei Derek conversando com sua mãe muito baixo, não consegui ouvir o que eles conversavam já que ao me verem se ergueram para eu me aproximar.

- são quase setes horas _Raquel disse.  - vocês devem ir agora.

- sim _Derek respondeu.

O mais esquisito é o fato de Raquel não está me fitando com nojo, nem repulsa. Parece normal... E calma.

- vamos _digo deixando para lá.

Saio da casa sem o esperar, a visto o carro na beira da estrada. Entro e o espero observando minhas próprias unhas, grandes e limpas. Perfeitas!

- porque não me esperou?

- não à motivo _respondo.

O vejo ligar o carro.

- coloque o cinto de segurança, por favor!   _me pede. O faço de boa vontade.  - quando chegarmos lá, concorde comigo em tudo. Eles não podem saber que eu sou um lobo, nem todo mundo reagiria como você.

Não respondo, apenas continuo fitando a estrada à frente.
Ele arranca com o carro e em poucos minutos estamos na cidade, parados na frente da casa de tia Anelise.

Respiro fundo antes de descer do carro e rumar para a porta, onde aperto à campanhia. A porta é aberta por um rapaz de roupas pretas com um casaco de capuz sobre a cabeça, ele parece confuso mais depois sorri maliciosamente.

- se perdeu donzela? _ele esta me flertando?

Ouço os paços de Derek atrás de mim parar ao meu lado, o sorriso do rapaz diminuiu um pouco mais não some.

- boa noite _o rapaz pronúncia
Agora para nos dois.

Derek o responde com a voz em um tom mais rouco.

- vocês chegaram _tia Anelise apareceu a porta com um sorriso no rosto.  - entrem! _o rapaz dá espaço para nos entrarmos.

Observo a casa por dentro, é um lugar bastante confortável, bonito e minimalista.

- James _tia Anelise chama. Um homem alto com aparência um pouco desgastada, aparece na sala vestido em roupas sócias. - esses são Derek e a minha sobrinha que eu te falei.

- ah, sim. A garota que vinha morar conosco. _ele se aproximou para nos cumprimentar.

Conosco. Essa palavra começou a rodar em minha cabeça. Como assim? O advogado me disse que era somente minha tia.

- e esse é o Sebastian _a voz de tia Anelise me tira dos pensamentos.

Levo os olhos para o que tia Anelise se referia, vendo o rapaz que abriu a porta para nós, acenar.

- ele é o sobrinho de James _continua.  - mora mais nós.

- que maravilha, assim, à família fica toda reunida.  _disse recebendo a concordância dos outros.

- eu sei que o jantar está ótimo. Mas, eu preciso ir. _Sebastian diz recebendo à atenção de todos. - tenho um encontro _explica.

- está bem, querido! Divirta se com cuidado _diz minha tia.

- tenha um bom encontro _desejo. Ele assente e sai.

Tia Anelise me chama para arrumar à mesa enquanto os homens conversam.

- ele é muito bonito _diz assim que chegamos à cozinha.

- é sim _digo sendo sincera.

- como se conheceram? E porque foi para a casa dele ao invés de vir primeiro para cá? _começou a me encher de perguntas.

- nós conhecemos p-pela internet, quando contei o nome d-da cidade ao qual me m-mudaria ele disse m-morar... _começo a inventar uma história coerente.
- nela. E foi isso.

- ah, tá. _sua resposta foi um pouco desconfiada. Mas preferiu ficar calada. - ponha os pratos na mesa, por favor! _fiz o que ela pediu.

A sala de refeição fica bem próxima da sala, o que me permite ouvir coisas desconexas da conversa dos homens na sala.

- o que eles querem aqui? _é a voz de Derek

- destruir... _a partir dai ficou incompreensível o resto.

- já está posta? _minha tia apareceu com uma travessa de frango assado nas mãos.

Fiz que sim, e fui colocar a comida na mesa. Depois de tudo pronto os homens se juntaram à nós em um ótimo jantar, com trocas de olhares entre James e Derek.

Minha tia começou a falar sobre a sua vida, trabalho, fazendo perguntas à Derek sobre sua vida. as vezes recebia respostas vagas, outras não.

E foi dese jeito que terminamos o jantar; Derek disse a minha tia que eu estou morando com ele, sua mãe e sua prima. O que é verdade!

Contou também sobre ser dono de uma rede de restaurantes na França, afirmou minha história sobre como nos conhecemos. As vezes esqueço sobre a super audição de lobisomem.

Ao fim do jantar, nos despedimos de James e minha tia. E rumamos para o carro, enquanto Derek dirigia eu observava a vista através da janela do carro.

Quando o carro parou no meio da estrada com árvores ao redor, me assustei.

- Derek _chamei em forma de pergunta.

- preciso te contar algumas coisas. _disse. 

- o que?

- os caçadores querem destruir à alcatéia, estou pensando em atacar. Mas para isso, preciso que me prometa não sair de casa até eu resolver tudo.  _pede me fitando nos olhos.

Estamos sentados somente com a cabeça virada uma para a outra, seus olhos estão preocupados.

- OK. Não é como se eu andasse saindo toda hora, né? _tentei soar divertida. O que arrancou um sorriso dele.

- está bem _disse de volta.

- espera _peço antes que ele possa ligar o carro. - obrigada, por hoje! _agradeço de verdade fitando os seus olhos verdes acinzentados.

Por um segundo ficamos preços em uma bolha de trocas de olhares, sinto a sua cabeça vim em direção a minha, sua respiração começar a bater em meu rosto. Ele; não! Antes que seus lábios cheguem aos meus, desvio o rosto para o outro lado fazendo - o beijar minha bochecha.

Sinto o meu rosto esquentar, ele tosse passando a mão nos cabelos antes de falar descontraido.

- não tem do que. tudo por sua felicidade. _disse ligando o carro. Eu me permito sorrir para ele que me olha de volta sorrindo.

É; talvez eu possa o amar, também!

Arranca com o carro para casa. Minha mais nova casa!

AMOR DE LOBO : Vol 1Onde histórias criam vida. Descubra agora