AMOR DE LOBO : Vol 1

CAPÍTULO 20

POV: JULIETTE

Mesmo tendo acabado de sair do café, entrei de volta. Não acredito que encontrei meu companheiro.

- chamo - me Sebastian Rudy _disse assim que sentamos em uma mesa.

Ele tem um jeito de garoto problema, não que isso seja um problema! Eu não quero um garoto certinho ou coisa parecida, as vezes precisamos de aventura.

- Juliette Russell _me apresentei. - está em wolves fallen a passeio? _não que alguém gostaria de vir parar em uma cidade chuvosa,nublada e fria, com poucos dias de sol.

Ele olha para trás através da vidraça, volta os olhos pro vasinho na mesa e ergue os olhos para mim com a cabeça ainda baixa. Um sorriso perigoso brincando em seus lábios.

- não _fica ereto. - vim visitar o meu tio.  _diz.

- o que vão querer? 

- um café preto, por favor!  _responde o garoto que se aproximou de nossa mesa para anotar os pedidos.

- eu só um chá com biscoito de gengibre.  _digo o meu pedido. -café preto?  _pergunto quando o garoto já estava longe.

- sim _responde se curvando sobre a mesa. - pode não ser o que transmito, mas, eu sou um cara sério.  _diz com um sorriso malicioso nos lábios, tão lindo!

- notei _respondo com o mesmo sorriso.

- terá uma festa hoje à noite na floresta. Sabe? Os alunos...

Os alunos do ensino médio da cidade sempre fazem festas na floresta, é tipo um ritual.

- conheço um dos estudantes, ele me convidou, então, eu meio que... Você quer ir comigo? _o sorriso não deixava os seus lábios por mais de segundos.

- com prazer. Que horas me pega? _seu sorriso aumentou se tornando quase infantil.

Está bem, está bem! Eu posso estar louca de sair com um cara que acabei de conhecer e só sei o nome, mas... Não se trata de um simples cara,e sim do meu companheiro.

POV: MARCO

Joana está deitada ao meu lado, nós meio que não conseguimos ficar um longe do outro, em certas formas...

- planejou à festa?  _perguntou tentando controlar a respiração descompassada.  - há para as crianças de Ann e will?

- sim _respondo me virando para ela. Seus cabelos soltos sobre o travesseiro, a faz parecer um anjo.  - será daqui um mês, precisamos resolver uns problemas antes.

- que problemas?  _se apóia em um dos cotovelos para me fitar melhor.

- há caçadores na cidade, não sabemos o que querem, más é bem provável que seja nos atacar.  _respondo.

- devo me preocupar?  _volta a deitar de lado. Passo um dos braços em sua cintura trazendo - a mais para mim.

- não _respondo tomando seus lábios. Ainda está cedo, não precisamos levantar da cama até o entardecer. Eu acho!

POV: SEBASTIAN

- Tenho boas novidades _digo ao entrar na casa em que estou morando junto ao meu tio James e sua namorada Anelise, ela é bastante legal.

- que novidades?  _em casa só se encontra tio James.

- vou sair com uma das lobinhas, melhor! Ela é parente do alfa Russell _não  acredito que à tolinha  aceitou sair comigo.

- Sebastian _tio James pronúncia com firmeza - eu já disse que não o quero metido nos assuntos dos caçadores, muito menos que engane uma garota para os ajudar.

Tio James deixou de ser caçador a seis anos atrás, justamente na data em que eu comecei minha iniciação na irmandade dos caçadores.

São um grupo de pessoas sem diferenciar os gêneros, que destroem os monstros sobrenaturais do mundo. Esses monstros sem alma e coração, que mata por diversão.

A nove anos minha mãe foi morta por uma besta sanguinária que atormentava nossa cidade, desde do dia em que ela partiu, eu prometi matar todo tipo de monstros. Eu tinha 11anos quando tudo aconteceu.

- nem todos são monstros, Sebastian _tio James disse como se lesse meus pensamentos.

Minha mãe era sua única irma e a única família que ele tinha, agora só resta nós dois. Ah, e a senhora Anelise, ele é como uma mãe para mim.

Eu posso ser rebelde, desobediente, teimoso e irresponsável as vezes. Mas, dou valor as pessoas certas!

- desculpa tio _peço.  - mas você sabe que a besta sanguinária que matou minha mãe saiu dessa alcatéia. 

- faça o que você pensa ser melhor. _suspira derrotado sentando - se em um dos sofás.

Eu não posso deixar impune a alcatéia criadora da besta que destroçou minha mãe, destruí minha vida. Não posso! Mas o que me incômoda é o cheiro de girassóis, que invadem minhas narinas ao estar perto daquela garota.

E faz o meu estômago girar. Me trazendo sensações e sentimentos jamais sentidos por mim antes. Que eu cuido de afastar para longe.