Wrecking Ball

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Clarke ergueu o queixo e ela chegou à conclusão que não desejar Lexa era impossível

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Clarke ergueu o queixo e ela chegou à conclusão que não desejar Lexa era impossível. A empresária notou aquela movimentação, sentindo-se desafiada e o gesto a atingiu profundamente, como se a loira tivesse rindo dela. Lexa continuou a observa-la disparando ondas de medo e de desafio em doses iguais, como se fosse uma funcionaria indisciplinada que fora levada ate o patrão por causa de alguma infração no trabalho. Era uma piada de mau gosto Lexa pensava enquanto olhava as bochechas claras e macias de Clarke levemente avermelhadas e o brilho dos olhos azuis como o mar.

 Ela sabia que pela ficha da loira, ela era supereficiente em seu trabalho. Nunca chegava atrasada, jamais ficava doente e nem saia um minuto antes do que devia ou saia antes do horário. Nunca reclamava do ambiente de trabalho mesmo sendo ruim, não reclamava da ocupação tediosa que exercia. E nunca pedira aumento na Honey há mais de dois anos, e jamais recebeu um sequer. E Lexa se perguntava o por quê? E pelas roupas que Clarke vestia tinha certeza que ela mal tinha dinheiro para sobreviver. Via mesmo de onde estava o nó que Clarke dava no cabelo para disfarçar os cabelos que precisavam de cuidados. Ela lembrava que amava aqueles cabelos loiros com cachos nas pontas e que chegavam ate a cintura.

Mas o peculiar que Lexa lembrava que o filho da loira estava bem vestido, os cabelos negros e cacheados, bem cortados. E os seus sapatos pareciam bem melhores que da mãe, que pareciam já estarem velhos demais e terem sido comprados em uma loja de artigos usados. Mas Clarke era inteligente, ela agora trabalhava como arquivista sem importância, escondida nos recônditos do prédio, enquanto o garotinho passava todo o dia no terceiro andar, em creche que superava muitos colégios infantis. O espaço era grande e variedade de brinquedos encantava qualquer criança, além é claro de longa equipe para cuidar do menino se precisasse. O menino parecia ser incontrolável, mas era nítido o quanto amava a mãe e sempre a obedecia quando ela lhe chamava atenção. Aiden apesar de deixar todos na creche malucos, aparentemente conseguia fazer todos caírem na gargalhada quando estava prestes a querer mata-lo por aprontar mais uma vez. Em outras palavras o menino tinha um grande senso de humor.

E como Gutus dissera, o menino tinha herdado isso de Lexa, que mesmo quando enlouquecia a todos assim conseguia tirar sorrisos a todos a sua volta. E Aiden sempre conseguia fugir no ultimo segundo graças a sua habilidade de se transformar de uma criança insuportável em verdadeiro cômico. E todos que conviviam com Clarke sabiam o quanto ela amava ao filho. Todos sabiam também que ela fazia de tudo para ser a melhor mãe do mundo. Aiden nunca precisara sentir falta da ausência de ai. Ele tinha Bellamy, mas Lexa se questionava se a atitude de Clarke esconder a existência do menino dela seria mesmo um gesto de uma mãe amorosa.

— Sente-se Clarke. —Lexa lhe ordenou com frieza.

— Não obrigado eu prefiro ficar de pé. — Clarke recusou.

— Sente-se agora e não discuta comigo. — Lexa insistiu e sentiu o sangue começar a ferver por todo o seu corpo enquanto aguardava uma nova recusa de Clarke.

Photograph - ClexaOnde histórias criam vida. Descubra agora