Wake Me Up

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Agora que todo desejo tinha se consumido e tudo tinha acabado Clarke se sentia extremamente arrependida

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Agora que todo desejo tinha se consumido e tudo tinha acabado Clarke se sentia extremamente arrependida. Ela tinha acabado de fazer sexo, com a mulher que jurara nunca mais nem pensar. E agora ela estava lhe pedindo perdão, como poderia perdoar a dor de anos de abandono e desconfiança. Era uma pergunta que loira não sabia e nem queria responder naquele momento.

— Eu ainda não posso Lexa Não me peça isso não agora. – Clarke murmurou. Lexa deu dois passos para trás libertando Clarke de seu abraço e começando ajeitar a roupa. Clarke se apoiou contra a mesa, e os olhos firmemente ainda fechados, a respiração quase inexistente.

— Dio. – Lexa dizia a si mesma quando viu que seus dedos tremiam, ela caminhou ate o banheiro que tinha em sua sala.

Estava digerindo as palavras de Clarke, ela não podia perdoa-la, talvez no futuro. As palavras não agora haviam sido ditas e talvez fosse á esperança de que ao menos elas pudessem conversar e se entender sem, trocar farpas. Alguns minutos se passaram a empresaria lavou o rosto e tentou se recompor. Não deveria ter feito aquilo. Com que diabos, achava que estava brincando? Clarke era pra lá de complicada e mesmo assim Lexa estava se envolvendo com ela novamente. Abotoando a camisa de seda branca, sentiu-se corar quando viu no espelho as marcas em seu pescoço. Essa era uma bela definição de Clarke, selvagem e peculiar ao mesmo tempo.

 Lexa pensava irritada. E quando ela finalmente deixou o banheiro, Clarke estava do lado das roupas caídas de costas para ela, tentando se arrumar seu sutiã de volta nos seios com dedos ainda trêmulos. E agora? Lexa se perguntava sem saber a resposta. Com um suspiro pesado Lexa passou a mão pelos cabelos e encostou-se à parede enquanto via Clarke vestir o sutiã. A saia tinha voltado ao lugar, mas Lexa não conseguia pensar se a calcinha tinha tido o mesmo destino. Lembrou-se das peças de renda. Sua boca se curvou em sorriso sacana, enquanto observava Clarke se abaixar para pegar seu blazer, os belos cachos loiros ainda estavam presos e apenas alguns fios caiam sobre os ombros dela. Os dedos da morena se contorciam e Lexa se segura para não ir ate ela e soltar aqueles cabelos lindos.

Mais para surpresa dela Clarke mesmo os soltou com naturalidade que fez a empresaria se retrair. O silencio dentro daquela sala era tão intenso que mal se podia respirar. A bolsa de Clarke estava caída ao lado da cadeira com todos os conteúdos espalhados. Clarke tinha se esquecido de fecha-la quando tinha saído do banheiro feminino e indo para sala de Lexa. Clarke vagamente pensava se poderia se abaixar para recolher tudo e não vomitaria tudo ali mesmo, já que seu estomago se revirava com tamanha intensidade que provavelmente seria isso que aconteceria.

Como podia ter chegado tão longe e ter transando com Lexa? Como podia ter permitido que aquela mulher lhe tocasse novamente? Com olhar vago, ela notou que Lexa tinha andado ate a cadeira e tinha, pego sua bolsa imitação de marca famosa, a morena começou a juntar as coisas e logo ambos os dedos se tocaram... Ambas respiraram fundo, parecendo que tinham se afogado e finalmente recuperaram o ar. Não ouve mais uma troca de palavras, apenas cabeças baixas.

 Logo Lexa pegou um objeto que lhe chamou atenção, uma Ferrari miniatura vermelha. O carrinho era de Aiden. O brinquedo de seu filho. Sentiu-se mal, ela possuía diversos carros incluindo Ferrari, em sua maioria peça de colecionadores, mas em tamanho real. E seu filho tão pouco.

— Quer me dizer algo mais Clarke? – A empresaria disse entre os dentes.

— Não. Já te disse não tenho nada dizer. – Clarke respondeu tremula, o que indicava que estava prestes a chorar.

Ela se sentia suja tinha se comportado com prostituta e seu filho estava sendo cuidado a seis andares abaixo. Mas ela e o menino não tinham o direito se estar naquele prédio, pois Lexa a tinha demitido. Aquela impiedosa e sedutora de mulheres fragilizadas. Uma mulher... Não teve tempo de concluir a pensamento, pois alguém batia na porta. Clarke ficou quase histérica, teve a súbita sensação de alguém da segurança tinha chegado para coloca-la para fora da empresa. Lexa se levantou rapidamente e jogou a bolsa de Clarke sobre a mesa...

— Espera. – Lexa ordenou sucintamente para quem batia a porta.

Pegou seu blazer e vestiu. Linda, morena e extremamente sexy, nem parecia que estivera tão perdida minutos atrás pelas sensações que tinham vivido. Não havia um fio de cabelo fora do lugar, ou uma única dobra em sua roupa. Será que suas pernas ainda estavam bambas, feito as delas? Clarke se perguntava. Ou se também sentia vergonha e algo que a sufocava por toda aquela situação. Lexa se voltou para olhar ela. Não era exatamente para olha-la, mas para examina-la com aquele par de olhos verdes intensos, seu rosto lívido e seu terninho desalinhado. Em toda sua vida Clarke nunca teve lutar tanto contra as lagrimas que temiam em querer cair.

Ela tinha se conter, naquele momento, não podia dar o prazer a Lexa de vê-la chorar. Seu celular começou a tocar. Forçando suas pernas para permanecer de pé e continuar a caminhar, Clarke andou em direção a Lexa esperando que ela fizesse ao menos a delicadeza de se afastar para que ela pudesse pegar sua bolsa sem ter que toca-la novamente.

 – Esqueça esses detalhes Griffin. – A empresaria disse com rapidez. Clarke ficou entre a cadeira e Lexa.

— Eu não posso. – Clarke meneou. O celular continua a tocar sem parar e ela sabia que isso era sinal de emergência.

— Por favor, Clarke, se acalme não precisa entrar em pânico. Eu não vou te atacar. Esqueça tudo o que eu disse, tentarei fazer as coisas de outra forma. Depois disso Lexa passou a bolsa para loira que finalmente conseguiu pegar o aparelho para atender a chamada.

— Clarke eu preciso que fique calma e me escute. – Liza a gerente da creche avisou rapidamente. – Aiden caiu e se machucou. Ela estava se exibindo para o aquele homem que fica aqui vigiando...

 A mulher não teve chance de continuar, pois a linha ficou muda. Clarke já tinha largado o telefone e corria em direção à porta.

— Madre de Dio mulher. O que houve? – Lexa perguntou para ela já gritando.

Mas Clarke mal deu atenção ela já estava abrindo a porta. O assistente de Lexa já estava parado perto da porta, segurando uma caixa de papelão e bloqueando a passagem da loira. E reconheceu suas coisas dentro da caixa entulhadas, e com gemido que não tinha qualquer relação com fato de se lembra de que Lexa a tinha demitido, mas a urgência de passar pelo homem parado a porta era maior. Clarke o empurrou para fora de seu caminho sem a maior cerimônia e correu para os elevadores com os cabelos esvoaçando e sem nenhum sapato no pé. Sem sapatos! Lexa notou quando ia atrás de Clarke. Onde diabos essa mulher deixou os sapatos?

— Saia da minha frente Lucas. – Lexa disse entre os dentes para seu assistente, que se recuperava do forte empurrão que Clarke havia lhe dado.

E dessa vez Lucas conseguiu se afastar para que sua chefe não o derrubasse, ele ficou olhando para Lexa enquanto ela corria atrás de Clarke. Na verdade, Lexa não estava correndo, ela caminhava a passos largos batendo seus saltos no assoalho com sua elegância arrogante. Ela não nunca fora mulher que corresse atrás de alguém e sim todos corriam atrás dela. Talvez as coisas estivessem mesmo mudando. Mas Lexa não era nenhuma idiota. Concluirá que o motivo de Clarke sair de sua sala, feito uma louca era algo relacionado ao filho delas. O filho delas! Aquelas palavra ressoavam em sua cabeça repetidas vezes. E pela primeira vez sentiu o significado delas. Sentiu suas entranhas pesaram feito ferro congelado. Chegou aos elevadores instantes em que as portas com Clarke dentro.


Photograph - ClexaOnde histórias criam vida. Descubra agora