Quatro

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     Depois de saírem do centro, Cintia deu o endereço de onde morava, foram mais alguns quilômetros percorridos até chegarem.

     O bairro dos Jardins era zona sul da cidade, um dos mais ricos, com grandes mansões, seguranças rondando por aqui e ali e várias pracinhas arborizadas, bairro típico da elite, um moto táxi andando por ali era tão estranho como um ET passeando pela cidade.

     A moto para em frente de casa e Cintia desce, meio cambaleante pela dor na cabeça.

___Cê tá bem moça?

___Estou, vou pegar o dinheiro para te pagar, quanto é?

___ É R$35,00, mas aceito gorjeta. Disse o rapaz dando uma piscadinha.

      Entrou tão rápido quanto pode em casa, subiu as escadas e pegou o dinheiro no seu quarto, quando ia saindo deu de cara com Berenice, a empregada.

___Cintia, o que aconteceu com seu rosto?

___ Agora não Bere, já falo com você.

      Saiu para pagar o rapaz que estava esperando  enquanto mexia no celular. Fez menção de entregar o dinheiro mais parou no meio do movimento.

___Quero saber sobre aquela moça que me ajudou e te ligou para me trazer até aqui.

____Ah! eu não posso ficar falando sobre as pessoas assim né?!

___Eu pago R$100,00 pela corrida.

     A duvida do moto taxista passou como mágica.

___ O que quer saber?

___ Qual o nome dela?

___ Alisson

___Alisson de que?

___Eu só sei o primeiro nome.

___Onde ela mora?

___Eu não sei.

___Cara assim você não ajuda em nada.

___Juro que não sei, eu pego ela ali no centro as vezes e levo para hospital onde acho que ela trabalha, já faz um tempo que não levo, mas ela me indica pra alguns colegas, ajuda bastante.

      Então Cintia lembrou que Alisson tinha dito que era enfermeira.

___ Qual hospital?

___ O Madre Amparo, lá pros lados do Roge.

      Pagou o rapaz que saiu com a moto a toda velocidade. Conhecia de nome esse hospital, era onde o pai trabalhava, mas não se lembrava do endereço certo ou como chegar lá, iria pesquisar na internet e se desse sorte encontraria rapidamente Alisson, se era mesmo esse seu nome, queria agradecer tudo que ela havia feito, mas também uma parte sua queria poder ver aquele lindos olhos verdes outra vez.

     Uma pena que sorte não era uma das coisas que Cintia costumava ter.


Depois Daquele BeijoOnde histórias criam vida. Descubra agora