Trinta

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    Cintia sentia se ansiosa enquanto a semana parecia se arrastar com uma lentidão tartaruguesca, durante esse tempo ainda manteve sua estratégia de evitar contato com Alisson e seu pai, as vezes acabavam tendo um contato visual rápido quando ela não consiga ouvir se estavam em casa ou não, mas no geral mal via eles.

     Então no domingo acordou bem cedo, Berenice ainda nem estava de pé, preparou um café solúvel, pegou um fruta e saiu com  o carro estacionando a uma quadra de casa e esperou que Alisson saísse.

    Já eram quase 11:00hrs e nada dela sair, estava com sono e mau humor, e pelo jeito havia perdido a manhã ali, foi quando finalmente viu que ela estava saindo, parada no portão esperando algo. Um Uber chega, hora da ação, Cintia liga o carro e vai seguindo o Uber onde Alisson esta.

     Dentro do bairro foi fácil, já que não havia muito movimento ai, ainda mais num domingo. Quando mudaram de bairro e pegaram uma avenida movimentada, quase que Cintia os perde de vista por três vezes. O carro continua seguindo até que para em  uma casa não muito distante de onde moravam.

      Alisson desce do carro e toca uma campainha, o cara alto, e de porte atlético, com cabelo bem escuro que batia na altura dos ombros abre um portão e os dois entram.

     Cintia desce do carro e examina a casa ou que da pra ver dela. Não parecia uma casa muito grande, mas tinha um bom quintal e um jardim bem cuidado, era toda cercada com um muro alto de tijolos pintados de amarelo clarinho e um portão branco de ferro que deixava ver parte do pátio e jardim.

     Ficou ali parada do lado de fora matutando sobre o que faria. Podia pular o portão e entrar de surpresa e pegar Alisson e o fortão no flagra, ou podia tocar o campainha e ver a cara deles quando desse de cara com ela, mas não teve coragem de fazer nenhuma dessas duas coisas, só voltou para seu carro e ficou esperando até ela sair de novo.

     A barriga de Cintia roncava de fome e a maçã que havia comido já tinha feito digestão e devia estar lá no dedão a essa hora, eram quase mais de 14:00hrs quando Alisson finalmente saiu. Esse era hora que estava esperando, saiu correndo do carro assim que o portão foi fechado atrás das constas de Alisson e então chegou bem perto.

___Oi Alisson.

     Alisson mexia no celular e levou um susto com a voz de Cintia.

___O que você esta fazendo aqui?

___Eu estava passando de carro e olha que coincidência te vi saindo daqui.

___Você me seguiu, Cintia?

___Segui e comprovei o que eu imaginava, você é só uma interesseira mesmo. Tanto que tem um amante, não faz nem um ano de casada ainda.

___Tá falando bobagem.

___ Ah, tô? Vamos ver se meu pai vai achar bobagem quando eu contar.

___Você não vai contar nada.

___Por que eu não contaria.

___Porque eu estou avisando que é melhor você não contar.

      As duas se encaram por um tempo. Então Cintia se afasta para voltar ao carro.

___Vai vendo se não vou contar.

___É serio Cintia, você vai se arrepender se contar.

___Não tenho medo de você, Alisson.

      Cintia entrou no carro com o coração aos saltos, precisava se acalmar antes de falar com seu pai, mas ao menos faria ele ver com que tipo de pessoa havia casado e se ele sofresse, melhor ainda.

Depois Daquele BeijoOnde histórias criam vida. Descubra agora