Vinte e quatro

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      Cintia olhava para Alisson sem saber o que dizer ou fazer, olhava o jeito como o pai enlaça a cintura dela, a forma possessiva como parecia de um certo modo se apropriar de Alisson, nunca viu ele com a mãe assim. Alisson por seu lado evitava olhar para Cintia, mantinha a cabeça baixa, não soube disser se Alisson a tinha reconhecido ou não.

     Passaram alguns segundos de silêncio que pareceram eternos, até Francisco dizer.

___Não vai cumprimentar ela?

___Estou cansada, vou subir para meu quarto. Ainda tenho um ou sua esposa redecorou a casa?

___Você não muda, sempre mau educada.

      Francisco saiu da sala e voltou para seu jantar, Cintia pegou a mala e subiu as escadas, quando estava no topo pode ver que Alisson ainda estava lá parada olhando para ela.

      Chegou até seu antigo quarto e abriu a porta, acendeu a luz e tudo continuava como antes, sua cama, seus livros, seu armario, apesar do ambiente conhecido, dentro dela era como se tudo fosse estranho, o quarto de uma outra Cintia que ela já era.

     Que destino estranho, tanto tempo pensando e procurando por Alisson e ela agora estava ali, sob o mesmo, no quarto quase ao lado do seu, casada com seu pai, sua madrasta. Falou isso baixinho varias vezes para tentar se convencer.

___Minha madrasta, minha madrasta, Alisson é minha madrasta.

      Alisson tinha praticamente sua idade, claro que havia casado por interesse ou será que não? isso fez a raiva dentro de Cintia borbulhar, ia tornar a vida dos dois um inferno.

     Deitou e custou a dormir, mas por fim apagou.

Depois Daquele BeijoOnde histórias criam vida. Descubra agora