Dez.

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Dou um longo gole na minha vodka, minha garganta grita, pegando fogo.

— Gatinha, sabe nosso trato? Vou cobrar minha part...—bbstar encara Dico, que entende o recado e volta ao trabalho. — Como eu ia dizendo, vou cobrar minha parte agora.

Em minha mente eu pedia, suplicava a Deus para que não fosse o que eu estava pensando.

— É? Com quem? — Pergunto desanimada. — Mais uma, Dico. — Peço.

— Tá vendo aquele bofe bem ali — Aponto sutilmente para o maníaco, que agora estava a beber.

— Não dá para ser outro? Sério, qualquer um.

— Vai me dizer que não gostou?! Ele parece ter uma neca enorme —Ri, provavelmente imaginando. — Vai ser ele.

— Um monte de homens pedem meu corpo a você, por que junto ele? — indago.

— Por que não ele? — Retrucou. Viro o líquido ardente que estava em meu copo. — E para de se embriagar, aqui é seu local de trabalho.

Porque ele me dá medo.

Bbstar puxa o copo vazio de minha mão.

Não acredito que vou fazer isso por um menina que eu nem conheço direito. Se esse homem tentar alguma coisa eu juro que mato ele.

Me levantei do banquinho esticando meu corpo. Encaro o homem do outro lado do salão, ele está com um sorriso sorrateiro.

Junto o pouco de coragem que me resta e vou até o mesmo. Parecia que a merda toda estava em câmera lenta, eu só conseguia enxergar aquele ser. Ao notar que eu me aproximava, ele se levantou.

— Você joga sujo — Digo.

Talvez ele não tenha ouvido, a música alta voltou a ecoar.

— Tu brinca muito. — Ele diz — Tu tinha que ter ficado de salto, não gosto de mulher baixa. — Diz em um tom burlesco.

— Que pena! Mas há muitas mulheres altas por aqui, pra que ficar com uma baixinha, hun?

Eu tinha esperança de que ele desistisse.

— Não, prefiro a baixinha mau encarada. Você não tinha que me levar pra li? — Ele encara o local onde as meninas entravam com os homens.

Respiro fundo e faço sinal para ele me seguir.

Juro, eu poderia sentir seu olhar queimando sob mim.

Passo pelo extenso corredor. Era constrangedor ouvir os gemidos das meninas, gemidos muitas vezes fingidos.

Passo a mão pela maçaneta fria, meu coração acelera a cada passo, minhas pernas tremiam feito vara.

— Lugar frio da porra. — Ele murmura.

Não estou nem um pouco confortável —  Sussurro para mim mesma.

— Vem cá. — Ele chama.

Me aproximei lentamente, o maníaco me puxa me fazendo ficar colada a seu corpo. Sua mão vai até minha bunda onde ele aperta sem dó.

Que nojo.

Com agilidade suas mãos me viram bruscamente. Seus olhos penetrantes encaram meu rosto e logo meu pescoço onde ele chupa. O afasto bruscamente.

— Deita aí — Peço afim de terminar logo com essa merda.

Ele abre um sorriso safado, tira sua camisa me permitindo ver sua pistola.

— Tá com medo? Relaxa — Disse notando meu nervosismo.

Neurótico uma paixão obsessiva (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora