Neurótico uma paixão obsessiva (Concluída)

Fim - All Of Me.

Gustavo me olha sem entender nada. Desvio meu olhar para minhas pernas cobertas até a coxa. Foi um salto e tanto conseguir uma uma roupa assim.
- Caralho, Luara. Não diga besteiras, vai ouvir o que não quer. - Disse sem paciência.

- Ah amor, não precisa dizer que você não sente atração por mim.

A conversa havia tomado um rumo completamente diferente.

- Qual o homem na face da terra que não sente atração por você? Lua, se você tivesse noção de quantas vezes tive que bater a porra de uma punheta só por pensar em você. O fato é que eu tento não pensar em você desta forma porque sei que não esta preparada - Guto passa a mão pelo rosto. - Te vi vestida dessa forma e me deu uma vontade de te foder de todas as formas possíveis. Eu estou a dois anos sem saber o que é sexo, então por favor, não se sinta mal quando eu olhar para mulheres dançando. Não é por querer.

Dito isto ele suspira. Não senti vergonha, não senti culpa, não senti medo, não senti absolutamente nada. No fundo fiquei feliz por ele ter sido sincero. Desde que comecei neu tratamento venho pensando nisto, mas vezes quando ele me abraça pela madrugada eu fico excitada mas o bloqueio é ainda maior, o medo de Gustavo me machucar mesmo sabendo que ele não seria capaz. Ele fez um grande sacrifício por mim e talvez esteja na hora de eu fazer o mesmo, por nós dois.

- Eu te amo. - Olho para ele - Michael é gay, quando eu trabalhava na boate que te falei, ele me contratou para ser sua namorada

- Sempre desconfiei que ele é - Gustavo disse rindo.

- Ele é uma pessoa muito legal, impossível acreditar que é irmão da Rose.

- Desculpe ter dado aquele ataque de ciúmes, hun?

- Só se você fizer massagem nos meus pés.

Chegamos em casa, fui logo retirando minha maquiagem enquanto Gustavo se jogou na cama.

- Ou, levanta! Vai tomar banho. Agora.

Ele levanta bufando e entra no banheiro. Me sento na cama esperando que Guto saia para queveu entre e quando ele sai com a toalha enrolada na cintura, me vem a cabeça que eu nunca vi meu namorado nu. Sugiu um interesse, uma curiosidade.

Observei cada ação dele, sem dizer nada mas o despia mentalmente.

- Que foi? - Fui tirada de meus devaneios.

- Posso pedir uma coisa? - Tomo coragem. - Tire a toalha.

- É o que? - Perguntou assustado.

- Posso te ver por completo? - Meu coração batia tão rápido.

- Você tem certeza disso? - Sua voz era calma.

- Sim.

Gustavo desenrola a toalha da cintura e puxa de uma vez. Sinto meu rosto pegae fogo, desvio meu olhar para o guarda roupas mas logo torno a contornar seu corpo com os olhos. Os negros são realmente avantajados.

Ele abaixou pegando a toalha novamente mas antes que ele pudesse cobrir sua intimidade eu me levanto o impedindo.

- Não mandei você cobrir - Disse olhando em seus olhos.

- Lua... - Ele tentou.

Sem pensar em absolutamente nada, eu o beijei. Pela força do hábito, suas mãos foram até meus cabelos mas as agarrei e posicionei em meu bumbum. Ele entendeu o convite e apertou.

Naquele momento, enquanto estávamos deitados na cama e ela tirava o meu vestido, eu entendi que o que me aprisionou durante esses anos está morto e que não era justo eu viver amedrontada e correr o risco de perder quem realmente me ama.