Lembro-me de quando eu era pequena, na minha rua morava um senhor e ele aliciava crianças. Mamãe não me deixava brincar na rua por conta disto, até que um terrível dia, uma de minhas amiguinhas foi estuprada por ele. Tudo o que lembro era dos carros de polícia parado em frente a casa do nojento, e dele entrando no camburao após ter sido espancado por meu pai e uma par de moradores.
Em toda a minha vida nunca imaginei que isto pudesse me acontecer, aliás, nunca acreditamos que possa nos acontecer algo de ruim... Até acontecer.
Meu corpo estava imóvel sobre a cama, minha pele se arrepiava pelo vento gélido. Até o cheiro de seu cigarro me deu ânsia de vômito.
— Seu batom estava borrado — Ouço ele afirmar.
Ignoro.
Ele volta a fumar em silêncio. Alguns minutos se passaram, não sei quantos mas me pareceu uma eternidade.
— Eu não quero você envolvida com mais ninguém. — Ele se levanta, vem até a mim, puxa meu corpo mole e se senta na cama, em seguida põe minha cabeça em seu colo.
— O que você quer de mim? — Sussurro.
— Você, eu quero você. Você é a minha mulher maravilha.
— Eu tenho nojo de você. — Digo transbordando ódio. Ele alerta meu rosto em seguida me da um soco ao lado da cabeça.
— Você me ama, só não tá ligada ainda.
Minha cabeça começou a doer por conta do soco.
...
A música alta ecoava, mas, ainda sim as batidas do meu coração era perceptível. Talvez eu tenha ficado deitada naquela cama, completamente nua, por uma hora e meia até me levantar.
Olho minhas roupas pelo chão, irei ter que queimá-las, sem dúvidas. Em meu guarda roupas busco por um vestido simples, jogo sob meu corpo e me dirijo até a sala onde o homem asqueroso se encontrava, sentado no sofá comendo torrada.
Minhas torradas.
— Você precisa ir embora.
Ele se vira, sorridente. Se esse ser tivesse a noção do quão eu tenho asco dele, se quer olharia para mim.
— Já está me expulsando, loira?
— Você não deveria se quer ter entrado — Digo rude.
Ele se levanta bufando.
Nem o tempo pode apagar
Tudo aquilo que a gente viveu
Você e eu, você e eu, você e euA música tocava, minha vontade era de desligar o som. Ele pegou sua camisa em cima do sofá e a vestiu, cobrindo a maioria de duas tatuagens — aproximou-se, eu me afastei. Riu debochado, eu quis chorar.
— Luara... - Balbuciou.
Foi então que minha ficha caiu, como a maioria das mulheres eu se quer sei o nome do estuprador.
Sua mão se posicionou atrás de minha nuca me puxando para selar nossos lábios.
Nojento.
— Doente — Respiro fundo tentando conter o ódio que me dominava. — Onde ela está?
— hum? — Se fez de desentendido.
— Onde está Vivian? — Ele se afasta, pega um molho com três chaves que estava em cima do sofá, o mesmo que estava repleto de farelo.
Silêncio.
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Neurótico uma paixão obsessiva (Concluída)
Roman pour AdolescentsPROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS. Até onde vai a obsessão de um homem? O ser humano é capaz de coisas terríveis, apenas para ter o que anseia. Ela é dançarina de boate. Bem resolvida, ela não dá chance para malandro fazer seu coração de playground...