Cinco.

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Luara Oliveira

- Vamo tomar alguma coisa - Gabriela diz enquanto retoca o batom.

- Sabe que se o bbstar nos ver no bar vai cair matando, né? Principalmente com você. - Ela riu.

Na cabeça dessa bicha as meninas só tinham que trabalhar e no final, casa!
Mas ele se ferra legal com Gabriela e eu.

Termino de por minhas roupas e fico na espera de Gabriela que atende seu último cliente. Cansada de esperar a transa demorada eu vou até o bar sozinha. Vi o cara tatuado me seguir com os olhos, foi difícil achá-lo em meio a tantos marmanjos me olhando como leões famintos, mas sua cara de garoto problema chama atenção.

- Fala, Dico - Bato na bancada.

- Loira. Mandou bem hoje, tava inspirada - Disse enquanto servia alguém. - Só acho que seu show deveria durar mais, ou ser o único da noite.

- Eles iriam enjoar rápido demais. Me dá um martini com vodca.

Me sento no banco empinando bem minha bela bunda, eu sabia de alguma forma que o garoto problema estava olhando.

- Não eu, nunca. - Dico aproximou seu rosto do meu enquanto dizia.

- Bom saber - Dei uma piscadela. - Por sua conta. - Bebi os líquidos que ele acabará de servir para mim.

Tem que saber jogar.

- Vai fazer o que hoje? - Pergunta malicioso.

Viro meu pescoço lentamente para trás e vejo ele me encarando. Seus olhos estavam fixos em mim, sua mandíbula parecia estar submetendo seus dentes a uma enorme pressão, de tanto que travava o maxilar. Dei um breve sorriso mas ele pareceu sério.

Ih, gente louca. Já vi que é doido.

- Dormir, tô cansada. - Sorri.

- Ah, que isso...tem coisa melhor para se fazer.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa senti alguém segurar minha cintura. Um cheiro forte de perfume invadiu minhas narinas.

212

- Me dá outro - Digo para Dico que não gostou muito da aproximação do tatuado. Ele não diz nada, apenas volta a me servir.

- Me dá o mesmo. - Ele diz. A voz é rouca, dá pra imaginar várias ousadias.

- Você costuma chegar assim nas mulheres? Tocando nelas logo de primeira? - Pergunto esboçando um sorriso.

- Não, só com as que eu pretendo ter. - Disse sem me encarar.

- Ter? Muito forte para uma pessoa que só me viu dançar. - Ele se vira para mim, endireita seu boné e ri.

Safado do caralho.

- Para, eu sei que tu quer. Empinou essa bunda toda pra mim, não resisti. Agora não vem pagar de santa - Minha cara foi no chão.

- Você é atrevido, garoto problema. - Digo rindo.

- Qual é o teu nome, loira?

Neurótico uma paixão obsessiva (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora