+18.
"Baby, você tem algo especial
Seu corpo é uma obra de arte mas temos um pequeno problema,
Eu sinto seu peito
Mas não consigo encontrar seu coração" - Maggie.Luara Oliveira
Caio estava me tratando como se nada tivesse acontecido, como se o jantar onde nos estranhamos, nunca tivesse acontecido.
— E então, está se sentindo melhor? — Pergunta após desligar o rádio.
— Estou. — Afirmo.
— Da pra parar de me tratar assim? — Desvio meu olhar para a janela, fechada por conta do ar condicionado. — Lua, já passou, quero me desculpar pelo que falei a você.
— Sem problemas, só estou cansada.
— Tudo bem, então. — Ele para no sinal.
O silêncio se instalou. Não demorou muito para seu carro entrar no estacionamento do condomínio. Através da janela vi o porteiro olhando descaradamente para o carro.
— Obrigada pelo almoço e por ter ido me buscar.
— Nada a ver você agradecer, sabe que sempre irei fazer se você pedir. — Caio se aproxima mais de mim, inclinando seu corpo.
— Perdi o emprego mas ganhei um motorista particular. — Brinco.
— Você é linda, Luara. — Não me neguei, eu queria beijá-lo, então fiz. Eu o beijei.
Paramos o beijo após alguns segundos, minha respiração estava ofegante. O beijo poderia nos levar para algo a mais, entretanto, não estou com cabeça.
— Tinha me esquecido do quão você beija bem. — Digo e ele fica sem jeito.
Olho através do retrovisor, meu batom borrado. Não há problema, já estou com um pé em casa.
— Luara, se quiser posso arrumar um emprego para você, na minha empresa. Bom, você não vai ganhar o suficiente para manter esse apartamento mas será o suficiente para se manter.
— Conversamos sobre isso amanhã, pode ser? Afinal, o patrão é meu amigo — Dou uma leve risada e abro a porta do carro.
Sai do carro, Caio me deu um breve aceno e logo deu partida. O porteiro me encarava com uma cara estranha, indiferente. Nunca se quer dei confiança pra ele.
Vou em direção ao elevador mas antes o vejo balançar a cabeça negativamente como se eu tivesse feito algo de errado.
— Que foi? — Pergunto ríspida. Antes que ele pudesse responder o elevador abre suas portas. Entro e continuo o encarando.
Era só o que me faltava, o homem nem me conhece. Tô cansada desses homens machistas do caramba.
Paro em frente a porta do meu apartamento, busco pela chave no fundo de minha bolsa, com tantas coisas que eu carregava era difícil achar. Até lixo tem dentro da minha bolsa de grife; papel de bala, caixa de pastilha, cartões com número de telefone —, nada que uma boa limpeza não resolva.
Finalmente encontro as terríveis chaves. Quando abro a porta não ouço nenhum barulho, nenhuma música, normalmente a faxineira gosta de ouvir música. Encaro o relógio na parede e vejo que já havia passado do horário dela ir embora.
Jogo minha bolsa no sofá, junto com as chaves. Olho para o chão e vejo alguns produtos de limpeza jogados ali.
Ninguém merece.
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Neurótico uma paixão obsessiva (Concluída)
Novela JuvenilPROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS. Até onde vai a obsessão de um homem? O ser humano é capaz de coisas terríveis, apenas para ter o que anseia. Ela é dançarina de boate. Bem resolvida, ela não dá chance para malandro fazer seu coração de playground...