Capítulo 26 - De Volta para o Lar.

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. SABRINA .

O som das chaves em suas mãos e a porta se batendo, fez com que Brendon e eu nos virássemos e olhasse quem entrava dizendo "olha, o que temos sim aqui."

- Maya? Boa Noite. - Eu disse.
- Boa Noite, quem é seu amigo? Não o conheço. - Ela disse se aproximando.

- Esse é o Brendon, ele é meu irmão.
- Irmão? Acredito então que tenha recuperado a sua memória?
- Ele está me ajudando em relação a isso.
- Entendi ... então vou deixar os "irmãos" conversarem em paz. Você sabe onde está a Karol?
- Não! Deve está na gravadora.
- Tudo bem ... Boa noite.

Brendon não dizia nada, apenas a encarava e depois desviava os olhos pra mim.

Maya saiu dando alguns sorrisinhos e cantarolando, seguindo em direção ao banheiro.

- Essa sua amiga ... ela é ...
- Ela mudou um pouco, mas é gente boa.
- NÃO! Sabrina, ela não é humana.
- Do que você está falando? Se ela fosse como a gente, eu saberia.
- Pelo o jeito não sabe não!
- Se ela é um Alien também, ela sabe de você, Brendon.
- Acredito que seria meio impossível, essa casca é bastante ... diferente, ainda mais por ser de outro planeta, mas enfim ... precisamos tomar cuidado.
- Mas quem é ela então?
- Certamente um dos soldados que estão atrás de você.

Brendon tentava me alertar e eu até acreditava, mas confesso que não estava preocupada, pois eu saberia também, se caso ela fosse um Alien.

Eu conseguia ver por debaixo da sua casca, mas o que eu enxergava era apenas a Maya e mais nada.

O telefone de Brendon tocou e ele pediu licença indo até o corredor do prédio, era Tenaya.
Eu continuei quieta e apenas pensando na razão pela a qual que eu não conseguia ver o tal Alien que havia no corpo da Maya. Se o Brendon a viu, então certamente existia alguma coisa.

Quando ele voltou, ele foi guardando o telefone no grande casaco e ficou calado.

- Algum problema? - Perguntei.
- Terei que ir, Tenaya precisa de mim, ela descobriu alguma coisa e requer a minha atenção.
- Entendi ... eu vou com você.
- Não precisa, Sabrina! No momento eu preciso te proteger e te manter segura, para voltarmos a Cuyng.
- Tudo bem e Brendon ... só mais fica mais tranquilo, você está muito formal. Os humanos não seguem todas essa formalidade ao pé da letra. Só um dica.
- Compreendo.
- Estou vendo mesmo, como "compreende"

Eu o levei a porta e me despedi sorrindo, voltando a ficar dentro do apartamento sozinha com a Maya, ou eu pelo menos pensava que ela ainda poderia ser a Maya.

Voltei a cozinha para pegar as xícaras sujas para lavá-las, então, escutei algo bater na vidro da janela da sala e batia insistentemente.

Coloquei a xícaras na pia e caminhei curiosa, porém apreensiva.

O barulho se tornava cada vez mais alto, então fui me aproximando lentamente até a grande janela, de onde o barulho vinha.

A cada passo, o barulho aumentava mais, parecia um tambor ecoando na minha cabeça.

Levei minhas mãos até o cortina calmamente e tomei ar, a abrindo de uma vez e dando de cara com o Jonas, batendo queixo de frio e olhando diretamente nos meus olhos.

Levantei a janela e disse preocupada.

- Jonas? O que você está fazendo aqui? E ainda por cima pela a janela.
- Precisamos conversar, eu iria pelo o corredor, mas imaginei que o Brendon poderia estar fazendo sua guarda e então preferi vir por aqui.
- Você subiu como até aqui?
- Pela a escada de emergência.
- Vem pra dentro, você está congelando.

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