Capítulo 32 - Mais Uma Noite No Apartamento de Liam.

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. LYRA .

Por fim cheguei a terra. Foi uma viagem cansativa e a nave era muito apertada. Aliás, cabia apenas uma única pessoa.

Quando cruzei o céu, pude ver como todo o planeta estava debaixo de neve, assim como Cuyng era antigamente.

As coordenadas que Veno havia colocado, me levou direto a um lugar afastado, um lugar de tratamento de esgoto. Tudo muito escuro e úmido.

Pela a velocidade em que eu estava, a nave começou a quicar pelo o chão, quebrando boa parte do seu exterior, naquele momento eu pensei que não sairia dali viva. Até que tudo parou e eu abri meus olhos assustada, observando a porta do prisma se abrir lentamente.

As luzes de dentro se apagaram e o contato dos dois oxigênio fez com que uma fumaça densa e branca começava-se a envolver a nave e o chão.

Escutei um grunhido, então me despluguei da nave e me pus em pé, dando meu primeiro passo.

Pisei naquele chão frio. Eu não conseguia enxergar nada, a luz era pouca. Então, o grunhido ficou mais alto e próximo de mim.

Me virei de uma vez e senti um frio vir em minhas mãos. Um frio diferente, algo que nunca senti.

Então esfreguei uma mão na outra e mais uma vez o grunhido se fez, só que dessa vez no teto. Então olhei pra cima e algo caiu na minha frente. Algo bastante grande, o que fez jogar água para todo lado.

Dei um passo pra trás e me encostei na parede de tijolos velhos. Ele se pois de pé e pude observar que ele era enorme, pela a sombra de sua silhueta.

A luz da minha nave piscou, o que fez o rosto dele se iluminar rapidamente.

Nessa hora, vi seus dentes babando, seu rosto desfigurado e o grunhido mais alto. Ele estava pronto pra dar o bote, foi quando eu disse seu nome.

- Will?

Ele se afastou e virou o pescoço, onde pude escutar os seus ossos estalando.

- Lyra? - Ele perguntou.
- Sim! O que aconteceu com você!? - Eu perguntei.

Ele começou a caminhar pra trás e subindo em cima da nave, em sua forma de lagarto. Sua cauda balançava de um lado para o outro.

- A explosão! - Ele respondeu.
- Que explosão?! - Perguntei.
- Da câmara. - Ele respondeu com a voz bastante pesada.

Com cuidado, caminhei lentamente até ele.

Fui me aproximando apreensiva e levei minha mão até sua cauda.

Ao toca-la, ele gritou e rugiu de dor e correu para a parede, subindo ao teto e ficando lá de cima me olhando com os olhos laranjas.

Seus olhos sangravam e pingavam na palma de minha mão.

- Eu trouxe sua casca. - Eu disse, mas ele ficou em silêncio.

Ele esticou o corpo lentamente e seu pescoço desceu, ficando próximo ao meu rosto.

Com a pouca luz, eu pude ver como seu rosto estava machucado.

- Você está me vendo? - Perguntei.
- Muito pouco. - Ele respondeu ainda com a voz pesada.

Levei minha mão até o meu bolso e segurei o chip, ativando sua lâmina.

- Isso vai doer um pouco, mas você vai se sentir melhor. - Eu disse e ele grunhiu novamente.

Levei minha mão até o seu pescoço e enfiei a lâmina, ativando assim o chip.

Ele gritou de dor e caiu ao chão em minha frente.

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