Capítulo 34 - O Sol de Cuygn.

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. SABRINA .

Senti um calor intenso. Algo que eu não estava acostumada.

Levei minha mão pra frente e senti terra pelo os meus dedos.

Abri os olhos lentamente e com muita dificuldade.

Aquilo parecia um deserto. Ainda fraca tentei me levantar, mas caí novamente ao chão.

Eu usava a mesma roupa branca que estava usando no quarto com as câmeras.

Minha roupa estava suja e rasgada.

Na minha frente, só enxergava vapor subindo pela as rochas e o céu extremamente vermelho.

Esfreguei meus dedos trêmulos um no outro e tentei fazer gelo, mas o calor era forte demais e antes mesmo que os cristais se formassem, eles derretiam.

Juntei as mãos e as esfreguei juntando um pouco d'água na palma da mão e jogava em meu rosto suado.

Ainda deitada, me virei no chão seco e olhei novamente pro céu, vendo uma grande esfera bem próxima a atmosfera.

Parecia que eu estava fritando naquele chão, meu corpo estava bastante suado e machucado.

Meus olhos começaram a se fechar pela a exaustão, mas rapidamente eu os abri novamente, quando ao fundo escutei uma tosse.

Buscando forças de onde eu já não tinha, levantei meu tronco e ainda continuei sentada ao chão, buscando a minha volta de onde vinha esse som.

Um pouco longe de mim, próximo a outra rocha, consegui ver algo deitado, em meio aos vapores.

Mesmo com dor, comecei a engatinhar e ir me aproximando, enquanto fincava minhas mãos na areia cheia de pequenas pedras.

Parei algumas vezes no meio do caminho e tomei ar. Eu já não estava mais suportando esse calor, mas mesmo assim voltei a engatinhar e ir até próximo aquele que tossia.

Quando me aproximei, consegui ver bem o seu rosto e era Maya.

O que ela estava fazendo ali? Na verdade onde nós estávamos? Que lugar era esse? Será que ainda era parte daquela tortura ou pesadelo que eu estava vivendo?

Quando me aproximei de Maya, coloquei a mão em seu rosto e comecei a chamar por seu nome.

- Maya ... acorda! Fala comigo.

Ela mexia a cabeça de um lado para o outro e parecia que estava delirando.
Seu corpo estava muito machucado, com queimaduras para todos os lados. Certamente causada por esse calor.

Esfreguei minhas mãos tentando buscar novamente gelo, mas foi inútil.

Eu estava começando a entrar em desespero, não havia mais nada a minha volta.

Ninguém! Nem mesmo algum sinal de vida.

- Maya ... você consegue me escutar? - Perguntei.

Não obtive nenhuma resposta a não ser ainda seu delírio.

Engoli seco e não sabia muito o que fazer. Então, por fim esfreguei novamente as mãos e vi um pouco d'água se formar na palma de minha mão.

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