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- Quer dar um banho na sua afilhada? - Clara apareceu com a Sophia no colo mordendo um brinquedo - Aí você já vai treinando

Sorri e levantei pegando a Sophia do colo dela

- Depois que eu dar um banho nela vamos lá na minha mãe? - perguntei e ela assentiu

- Vou aproveitar pra tomar um banho também e chamar as meninas

- Tá bom, não fala que eu tô aqui, vou fazer uma surpresinha

- Pode deixar, as coisas dela tá lá no quarto, vamos lá

Peguei as coisinhas dela e fui dar banho nela enquanto a Clara tomava o banho dela

- Você é a coisa mais linda desse mundo sabia? - falei com ela enquanto tirava sua roupinha - Você vai brincar com o Miguel? - perguntei e ela riu - Vai amor? Seu padrinho vai ser um babão com vocês dois - falei e ela riu de novo

Que sorriso lindo

Lavei o cabelo dela enquanto conversava com a mesma, ela não parava de rir pra mim, a coisa mais linda! Quando acabei o banho coloquei ela em cima da cama e passei a pomada nela, depois o talco, coloquei a fralda e um boddy que eu comprei pra ela quando a Clara estava lá em casa, ele é rosa bebê escrito "bebê da dinda", coloquei uma calça rosa nela e um sapatinho branco, coloquei uma tiara branca e passei o perfume mamãe e bebê que eu sou apaixonada.

- Você tá a coisa mais linda desse mundo - disse e dei um cheiro nela - tinha que ser minha afilhada né - ela riu

- Já começou a se gabar com a minha filha - Clara entrou no quarto rindo

- Ela é muito linda amiga, benza a Deus, ri à toa

- É menina, não pode dar confiança que ela já se abre toda, né filha - mexeu com a Sophia que já estendeu os bracinhos pra ir pro colo da mãe

- Nada disso, deixa sua mãe se arrumar, tu vai ficar com a dinda hoje - falei e deitei na cama com ela

- Olha isso, já fica sentadinha - falei e Clara assentiu - Eu tô apaixonada - falei brincando com a Sophia

- Daqui a pouco vai ser o seu amiga - disse rindo e eu concordei

Clara terminou de se arrumar e a gente foi pra minha mãe, quando cheguei lá as meninas já estavam na cozinha bebendo com a minha mãe, ficaram todas surpresas quando me viram

- Já sabem que tu tá aí? - Julia perguntou

- Não, não é pra ninguém saber - Clara disse

- Vai embora quando? - Natália perguntou

- Acabei de chegar e já quer me expulsar?! - falei e ela riu

- Nada dissooo, por mim você não volta nunca mais - riu

- Vou embora hoje mesmo

- Não acredito - Minha mãe falou

- Não posso dar bobeira por aqui não mãe

- Só espero Melissa, que você traga o meu afilhado pra eu ver - Natália disse

- Vou trazer ninguém, você não é madrinha? Você que vai lá ver ele - falei e ela deu língua - vocês duas - falei apontando pra Julia e Natália

- Minha filha, primeira dorzinha que você sentir eu já tô lá esperando esse garoto sair da sua xereca - Julia disse e todo mundo riu - Aí amiga, tu vai ficar arrombada que nem a Clara, tadinha de você

- Eu não sou arrombada Julia, cismou com isso cara - Clara disse rindo

Fiquei o dia todo conversando com elas e quando foi umas 23h o menino bateu no portão da minha mãe pra eu poder ir embora

- Assim que você fizer 8 meses eu tô indo pra lá - minha mãe disse enquanto me despedia dela

- Tá bom - dei um beijo nela

- Tchau amiga - abracei a Clara - cuida da minha afilhada em

- Tchau amiga, pode deixar. Vai com Deus

- Tcahu suas piranhas - me despedi da Julia e da Natália

- Tchau seu feioso - abracei o Menor - tô de olho em você com Clara em vacilão

- Ih, qual foi Melissa? - riu

-Qual foi, foi ontem - ri - tchau princesa da madrinha - dei um beijo na bochecha da Sophia que estava no colo do Menor - Quando a Clara estiver na tpm não deixa a Sophia muito com ela não, pra não correr o risco dela bater na minha afilhada - falei e ele riu

- Vai trabalhar comigo nesses dias - disse rindo e eu neguei rindo

Entrei no carro e o menino dirigiu pra Angra. Conectei meu celular no som e soltei umas músicas aleatórias

Fui o caminho todo acordada pensando no Thiago, no Miguel, em tudo.

Olhei pela janela e vi um carro atrás da gente, por um segundo achei que ele tava seguindo a gente, mas deve ser coisa da minha cabeça. Paramos em um posto pra abastecer e o carro de trás parou também, ele ficou no acostamento, ninguém desceu, não abastecerem, só ficaram ali parado. Quando terminamos de abastecer o carro voltou a seguir a gente, meu coração acelerou

- Ou - chamei o menino e ele me olhou pelo retrovisor - tem um carro seguindo a gente

- Ele olhou pra trás pelo retrovisor e franziu a testa

- Seguindo a gente? - perguntou e eu assenti

- Desde quando a gente saiu do morro, paramos no posto e ele parou também, esse carro tá seguindo a gente, eu tenho certeza - falei e ele mexeu no celular que estava no suporte do gps ligando pro Menor

- Passa a visão Luan - ouvi a voz do Menor ecoar pelo celular no viva voz

- Prisma preto, placa KPY-7190

- Não é nosso, puta que pariu, não para Luan, segue pra casa e fica na atividade no bagulho - eu ouvia barulhos de tiros no fundo

- Qual foi aí? - o menino perguntou

- Os cana brotou - meu coração acelerou - atividade Luan, atividade em caralho

-Que merda - o menino sussurrou

- Invadiram o morro? - ele me olhou pelo retrovisor e assentiu

Encostei minha cabeça na janela e fiquei pensando em todo mundo no morro, coração apertou. O menino começou a ir mais rápido com o carro e conforme ele acelerava o carro de trás acelerava também. Chegamos em Angra e entramos no condomínio, a entrada é permitida só pra moradores e o carro parou um pouco antes da entrada. Que bom que Thiago comprou essa casa dentro do condomínio

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A mulher do dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora