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- Melissa narrando -

Playboy odeia que eu vá na Rocinha, ODEIA. Como eu já comentei, ele não suporta o dono de lá, e agora ele sabe que fui lá ontem. To fudida.

- Eu só fui me encontrar com as meninas, a Clara mora lá, não tem nada demais cara - falei tentando amenizar a situação

To com o cu na mão, a cara dele não tá nada boa e depois de ontem tenho medo até da respiração dele, última coisa que quero é apanhar.

- Tá de sacanagem com a minha cara? Sabe que não tolero o cabeça daquela merda de favela - falou gesticulando

- E o que que eu tenho a ver com isso? Quem não gosta dele é você, eu só fui curtir o baile - Aí cara eu não tenho paciência com esses pensamentos sem sentido dele

- Só foi curtir o baile? Tirando fotinha com aquela roupa curta no camarote, tenho certeza que deu pra ele

- Tá pensando que sou você? Que saio pra fuder com meio mundo? Eu fui pra me divertir - ele riu

Otário

- Mas, quer saber? devia ter dado mesmo, devia ter fudido com vontade, pelo menos eu ia gostar

Me arrependi do que falei assim que senti ele agarrando meu cabelo

- Ah tu quer fuder com vontade? Então vem cá - me arrastou até a mesa

Ele colou meu peito na mesa, segurando minhas mãos pra trás e fazendo eu ficar de costas pra ele.
Meu coração acelerou, eu já sabia o que ele ia fazer

- Playboy para, me solta - gritei tentando me soltar, mas ele é bem mais forte que eu

- Tuas gracinhas acabam hoje, agora tu vai ver vê o que é bom - disse e abaixou meu short junto com a minha calcinha

Tentei a todo momento me soltar, não aguentava mais pedir pra ele parar, mas não adiantou.
Playboy tá fazendo coisas que ele nunca fez, meu Deus o que tá acontecendo com esse homem? Por que ele tá fazendo isso comigo?

Ele gemia de prazer enquanto eu gemia de dor, eu não tinha nem mais forças pra tentar tirar ele de dentro de mim, só sabia chorar.

Foram minutos que pareciam horas, quando ele finalmente gozou, ele parou

- Foi bom pra você? Gostou? - perguntou ofegante

Ele saiu de dentro de mim e subiu as escadas. Ainda fiquei ali do mesmo jeito que ele me colocou uns minutos, tentando assimilar o que tinha acontecido.

Criei forças e fui pro banheiro, entrei pro chuveiro e me permiti chorar como nunca, eu chorava feito uma criança. Eu odeio o Playboy e me odeio por ter me permitido passar por isso

Fiquei sei lá quanto tempo ali me lavando, na esperança da água que caia levar junto as lembranças do que tinha acontecido e a sensação horrível que eu to sentindo.
Não entendo porque to passando por isso, o que que eu fiz pra merecer tanto sofrimento?

Escutei a porta da sala bater e sai do banheiro, a casa tava vazia. Graças a Deus. Coloquei qualquer roupa e me tranquei no quarto de hóspedes, deitei na cama e voltei a chorar, chorei até pegar no sono.

A mulher do dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora