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- Thiago Narrando -

Tomar no cu! Vou ter que ficar maior tempão com a porra da perna e do ombro enfaixado. Esse bagulho de repouso não dá pra mim não, tenho que agilizar as paradas do morro, me resolver com o Zebra e o viado do Marcelinho, como é que faz isso com o ombro e a perna enfaixada? Não dá.

Pelo menos já sai daquele posto, odeio hospital e essas paradas! Melissa voltou pra casa, pelo menos pra uma coisa essa porra serviu.

- Qual foi Bicha - Menor chegou na sala dando um tapa na minha perna, a que ta enfaixada

- Vai tomar no cu, vou te da um murro - ele riu

- Tá fudido em - dei dedo pra ele - Mas qual foi, que que tu vai fazer?

- Sobre?

- O bagulho do Zebra, é pra apagar? O cara tá lá no quartinho do abate

Vou ficar nessa um tempo ainda - apontei pra minha perna - apaga logo esse viado, mas deixa o Marcelinho vivo, esse eu mesmo quero apagar

- Vai sair do morro quando?

- Vou só resolver o que falta e já vou meter o pé - ele assentiu

- É foda deixar a favela, nós cresceu aqui, porra, lembra das merdas que nós fazia? - riu e eu ri junto

- Nossa infância acabou muito rápido, aproveitamos nada

- Consequência do que a gente escolheu - concordei

- Tenho que ir embora mesmo, cada dia que passa eu tô tendo mais prova de que se eu continuar aqui, eu não vou durar muito tempo e nem você

- Eu tô ligado

- Agiliza logo as tuas coisas, o tempo passa rápido

- Jae gessinho - deu outro tapa na minha perna e levantou

- Caralho moleque, mete o pé antes que eu te mate aqui, papo é reto - ele riu

- Vou partir - fiz toque com ele e o viado deu um tapa no meu ombro e saiu correndo

- FILHO DA PUTA

- Também te amo bebê - gritou antes de sair



Capítulo pequeno, sorry!
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A mulher do dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora