Olá pessoinhas.
Eu amei os feedbacks que vocês me deram do primeiro capítulo, sério, muito obrigada por me apoiarem nesse meu novo projeto.
Espero que gostem desse capítulo!
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Eram duas horas da manhã e eu estava dentro do carro com Rafael ao meu lado. Pegamos um avião de São Paulo até Curitiba e agora estávamos indo de carro até Campo Mourão. Quando ele chegou no meu apartamento, eram 21hs e eu estava deitada no sofá chorando. Eu não tinha conseguido parar de chorar desde que soube do que havia acontecido. Meu pai sempre foi a pessoa que mais acreditou em mim, que mais falou para eu seguir meus sonhos mesmo que eles demorassem para se realizar, foi o que mais me confortou e o que mais me ajudou a achar o meu caminho. Quando eu estava confusa sobre mim e sobre o que eu queria, ele foi a pessoa que me ajudou a entender o que estava acontecendo e como eu poderia me entender melhor. Ele era o meu porto seguro e agora ele tinha ido embora. Eu não poderei mais ligar de madrugada para ele, apenas parar jogar conversa fora, como amávamos fazer todos os sabádos, não irei mais poder pedir conselhos para ele sobre o amor e sobre a menina da lanchonete, sim, ele sabia sobre ela e estava me ajudando a criar coragem para falar com ela diretamente e agora eu não sentia mais vontade, nem mesmo de voltar para São Paulo ou de terminar minha faculdade.
- Você sabe como aconteceu o acidente? - Perguntei para Rafael. Nós não tínhamos trocado quase nenhuma palavra desde que ele havia chegado no meu apartamento.
- Aparentemente um motorista de caminhão bateu no carro do papai. - Ele suspirou. - Não entendemos direito o que aconteceu, parece que o motorista estava bêbado. Ele fugiu do local logo após o acidente. - Explicou e eu assenti. Eu estava com muita raiva desse motorista, mas ainda sim estava ainda mais triste, porque não foi culpa do meu pai, alguém havia tirado a vida dele. - Você vai querer ficar quanto tempo aqui em Campo Mourão? - Perguntou, tentando puxar assunto.
- Eu não sei ainda, Rafa. - Respondi com a maior sinceridade do mundo, porque eu realmente não fazia ideia de quanto tempo eu suportaria ficar em casa sem a presença do meu pai lá. - Vai ser difícil pra mim entrar naquela casa e não ver o papai, todo sorridente me esperando para saber se eu já arrumei uma namorada. - Sorri lembrando da cena que se repedia todas as vezes que eu vinha para casa.
- Ele realmente estava empenhado em te ajudar a arrumar uma namorada. - Ele sorriu. - Ele começou a fazer a mesma coisa comigo. - Eu o olhei intrigada.
- Ele queria te arrumar uma namorada? - Perguntei sorrindo divertida.
- Não, um namorado. - Sorriu me olhando brevemente. - Eu contei para ele mês passado que sou gay. - Dei um gritinho de alegria. Eu sabia o quanto era difícil para o Rafael se assumir gay, porque ele sempre demostrou ser e sofria muito com isso, embora a nossa família fosse totalmente a favor do amor e sem preconceitos, ele ainda sim tinha um certo medo, que diminuiu quando eu me assumi lésbica, mas não totalmente.
- Eu estou muito feliz por você. - Sorri. - É libertador se assumir, né? - Perguntei, já sabendo a resposta.
- Muito! - Me olhou quando parou o carro no sinal vermelho. - Papai me disse que já sabia, porém só estava esperando que eu contasse para começar a me dar dicas de como arrumar um namorado. - Contou e eu gargalhei, aquilo era bem típico do meu pai.
- Isso é a cara do papai. - Ele concordou sorrindo.
- Eu vou sentir falta dele. - Falou deixando o sorriso sumir.
- Ele era um homem sensacional e um pai ainda mais sensacional, vai deixar muita saudades. - Suspirei me segurando para não chorar. - Mas como ele sempre me disse; "a vida acaba quando tem que acabar. Quando o legado de alguém na Terra acaba, sua vida também acaba, por isso eu me preocupo tanto em espalhar o amor, porque eu sei que meu legado é esse e que quando você finalmente encontrá-lo, ele terá terminado." - Citei o que meu pai havia me dito por ligação uma vez e acabei deixando uma lágrima escorrer.
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O Amor Entre Duas Elas (Dayrol)
Fanfiction"Você precisa se preocupar em achar uma garota, mas uma garota que te faça feliz. Eu sei que a nossa felicidade não pode ser taxada apenas por um relacionamento amoroso, mas é importante termos amor. E o amor mais bonito que se pode escolher para a...