Thirty five

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Dayane Lima poin't view.

Eu consigo me lembrar muito bem de como eu conheci o Dreicon e de como ele me ajudou a lidar com meus problemas com o meu pai me abandonando, preferindo a minha irmã. Foi ele e a família dele que me ajudou a não morrer de fome, que me ajudou a terminar os meus estudos, pensar na possibilidade dele estar fazendo todas essas coisas com a pessoa que eu já deixei bem claro que amo, não entra na minha cabeça. Ele sempre me apoiou em tudo o que eu decidi fazer, desde algo completamente estúpido, até algo que no final poderia nós causa algum tipo de problema. Ele sempre ficou ao meu lado. Sempre foi como um irmão mais velho para mim. E agora alguém chega e me fala que ele sequestrou a garota por quem sou completamente apaixonada, só porque ele é apaixonado por mim e não quer que ninguém mais fique comigo além dele, é loucura. É loucura acreditar que ele faria uma coisa dessas, mas agora eu sabia que era verdade, agora eu entendo a implicância que a Carol tinha com ele, ela tinha motivos para isso.

E essas mensagens que ele mandou para o Bruno, falando sobre mim, as palavras que ele usou para me definir, as palavras que ele usou para definir o que ele sente por mim, as ameaças que ele fez ao Bruno e a irmã ele, as coisas que ele falou sobre a Carol não é algo que uma pessoa normal, ciente das suas faculdades mentais, falaria sobre alguém. Ele é um completo psicopata e precisa ser detido de imediato, porque senão ele fará algo muito ruim com a Carol, sinto que ele pode até mesmo matá-la se não o acharmos agora, mas eu não faço a menor ideia de por onde começar a procurar.

- Day, você está bem? – Bruno perguntou, sentando-se ao meu lado no sofá. Eu sabia que fazia algum tempo já que eu estava sentada naquele sofá, mas eu precisava colocar a minha cabeça no lugar, eu precisava entender o que estava acontecendo e como eu deixei que isso acontecesse.

- Eu... – me levantei olhando para cada um que estava naquela sala. – Nós precisamos encontrar a Carol. – falei. Eu não queria responder a pergunta de Bruno, pois eu não estava bem, eu não estava nem um pouco bem, e eu não queria mentir para eles, então apenas disse o que nós realmente deveria estar fazendo naquele momento.

- Você tem certeza que está pronta para isso? – Kau perguntou, colocando a mão no meu ombro, me fazendo olhá-la. Eu apenas confirmei com a cabeça, saindo do apartamento.

Ficar parada naquele apartamento não faria com que a Carol aparecesse, apenas faria o tempo passar e quanto mais tempo nós ficássemos parados, mas tempo o Dreicon ganhava para matá-la e eu não podia deixar isso acontecer.

Se ele queria tanto me ter, ele teria, mas não do jeito que ele espera.

Eu saí do prédio, deixando todos para trás, eu precisava fazer aquilo sozinha e eu conhecia pessoas que poderiam me ajudar. Dei graças a Deus que havia vindo de carro, senão eu teria que andar muito. Eu só espero que eles ainda sejam boas pessoas e possam me ajudar nisso.

- Day, espera! – ouvi Luana gritar. – Aonde você vai? – abri a porta do carro, mas não entrei, resolvi olhá-la primeiro.

- Eu preciso fazer uma coisa, mas preciso fazer sozinha. – disse, respirando fundo em seguida. Eu estava com medo de já ser tarde demais. – Liguem para a mãe da Carol e avisem o que está acontecendo, falem a história toda. Falem sobre mim, sobre o Dreicon, sobre a divida, sobre a Ana e o Bruno, falem sobre tudo. – pedi, e Luana assentiu. Bruno apareceu atrás dela, me olhando espantado.

- A mãe dela vai nos odiar. – falou. Eu podia ver o medo em seus olhos.

- Eu não ligo. Nunca liguei para a opinião de ninguém. – respirei fundo mais uma vez. – Na verdade, eu só ligo para a opinião de uma pessoa e essa pessoas pode estar morta nas próximas horas se eu continuar parada dentro daquela merda de apartamento. – terminei de falar entrando dentro do carro e dando partida, não dando a mínima chance para que eles dissessem mais alguma coisa.

O Amor Entre Duas Elas (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora